O ano de 2015 já está chegando ao fim e está na hora de renovar a sua coleção de discos em casa. Abaixo segue uma sugestão com dez discos imperdíveis lançados esse ano no mundo do rock internacional. Veja bem, isto não é bem uma lista de melhores do ano, e sim, uma lista de discos legais para incluir na estante – nem que seja para compartilhar com os amigos, colocar para tocar e dançar acompanhado(a) ou ouvir enquanto cumpre as obrigações do dia-a-dia.
Entre medalhões e nomes que estão surgindo no atual cenário, segue em ordem de preferência da casa, os discos que você precisa ter na sua prateleira o quanto antes.
1-FAITH NO MORE (Sol Invictus)
O primeiro disco do grupo, em dezoito anos, foi uma prova de que eles não mudaram tanto desde a sua última reunião em estúdio. Honesto e cheio de boas ideias, “Sol Invictus” consegue ser nostálgico (“Superhero“) e exótico (“Black Friday“) na medida. Mesmo sem o peso que marcou a carreira em álbuns consagrados, sobraram melodias particulares e habilidade vocal de Mike Patton.
2-GHOST (Meliora)
O título do disco vem do latim e significa “melhor”. Nada mais apropriado, já que o álbum está degraus acima de Opious Eponymous (2010) e Infestissumam (2013). Para os antigos fãs, há a manutenção da proposta e de algumas fórmulas. Só que “Meliora” traz músicas muito mais elaboradas. Uma delas é “Majesty”, um hard rock clássico 70’s com riffs e solos de arrepiar.
3-IRON MAIDEN (The Book Of Souls)
“The Book Of Souls” não está relegado apenas ao título de “disco mais longo da história do Iron Maiden”. O álbum pode ser visto de duas formas distintas, porém, ambas desaguam na mais pura e límpida fonte que existe dentro do heavy metal.
Para os fãs antigos, um resgate saudosista. Já para os mais jovens, uma inserção histórica! Ouça a épica “Empire Of The Clouds” e entenda.
4-MARILYN MANSON (The Pale Emperor)
Seguindo a tendência de seus últimos discos, há flertes eletrônicos, mas em uma quantidade bem menor. A temática de Manson nesse surpreendente trabalho é o blues, que vem sombrio, climático e cheio de levadas para cima. “The Pale Emperor” é Marilyn Manson revestido de rock sofisticado. É disco para se ouvir em becos enfumaçados e festas particulares.
5-EAGLES OF DEATH METAL (Zipper Down)
A fanfarronice não tem fim. E se vier acompanhada de música boa, melhor ainda. É mais ou menos esta ideia que move a dupla Josh Homme (Queens of the Stone Age) e o jornalista e músico californiano Jesse Hughes, que formaram o EODM. Aos desavisados, um aviso: não há nada de death metal em Zipper Down. É puro rock californiano, animado, sujinho e safadinho.
6-NOEL GALLAGHER’S (Chasing Yesterdays)
Levou quatro anos para que Noel lançasse um novo trabalho solo. Valeu a pena esperar! Chasing Yesterday não é uma ruptura de estilo, e sim uma continuação, mas ciente de que mudanças podem ser bem-vindas. Neste álbum, Noel supera seu primeiro disco e mostra ambição em músicas como “The Mexican” – com o seu riffs stoner-rock- e a guitarreira de “Lock All The Doors“.
7-BLUR (The Magic Whip)
Mesmo pouco preocupado em seguir o britpop, “The Magic Whip” traz a mesma pegada que marcou o som do Blur nos anos 90 – fato comprovado nas ótimas faixas “Go Out” e “Lonesome Street“. No entanto, o longo tempo sem gravar serviu para dar ao grupo confiança em experimentar novas influências, como ruídos e sintetizadores. Fugindo do pop fácil, eles acertaram em cheio com esse ótimo registro.
8-SLAYER (Repentless)
Despedida? Que nada! “Repentless” é uma pancada no ouvido! A capa até causa polêmica em alguns mais religiosos, mas nada perto do violento vídeo clipe da faixa-título. Embora Kerry King mostre palhetadas alternadas e melódicas em algumas passagens, Tom Araya continua uivando como um cão raivoso. Esse disco é a prova de que o trash metal melhora com a idade.
9-SLEATER-KINNEY (No Cities To love)
“No Cities To Love” traz a sonoridade característica do Sleater-Kinney – mesclando surf music, punk rock e new wave com letras engajadas. Muito mais enérgico e para cima do que seu antecessor, este disco desenvolve arranjos firmes e fortes em músicas como “Hey Darling“, “Price Tag“, “A New Wave” e a faixa título “No Cities To love”.
10-ROYAL THUNDER (Croocked Doors)
O segundo disco do Royal Thunder apresenta uma nova leitura do que foi o hard rock 70’s. Selvagem, sombrio e com alguns elementos mais modernos, “Croocked Doors” é um perfeito contraste do metal psicodélico com a voz marcante de Mlny Parsonz. A vocalista brilha em canções fortes como “Forget You” e “The Line“. Uma grata surpresa aos amantes do gênero.
Por Bruno Eduardo, Rock On Board