No último domingo (04) aconteceu a edição 2018 do prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o popular Oscar. E como já era meio esperado – por conta do número de indicações que o filme recebeu, 13 ao total – “A Forma da Água” saiu como o grande vencedor: levou os prêmios de Filme, Direção, Trilha Sonora e Direção de Arte. Em um ano recheado de filmes excelentes, o longa dirigido pelo grande Guillermo Del Toro trouxe de volta a fantasia para a Academia, mesmo que com pitadas de realidade.

E de fato, “A Forma da Água” é um filme brilhante, dirigido com maestria e com atuações sensacionais. Listamos 5 motivos para que você pare o que você está fazendo e vá correndo apreciar o vencedor do 90° Oscar de Melhor Filme. A gente garante que você não vai se arrepender.

A MARCA DEL TORO

Todos que conhecem um pouco de cinema contemporâneo sabem quem é Guillermo del Toro. Diretor de grande carreira, dirigiu preciosidades como “Hellboy”, “Blade 2” e “A Espinha do Diabo”. Sua grande marca até aqui era “O Labirinto do Fauno”, considerado por muitos uma obra-prima. Em “A Forma da Água” ele encontra o seu auge como diretor, produtor e roteirista, misturando drama, comédia e fantasia com grande competência.

A POESIA E A FANTASIA

Mesmo com a história do longa se passando no período conhecido como Guerra Fria, o que vemos é uma fantasia lírica, poética como poucos filmes recentes conseguiram ser. A força da história reside em colocar dentro de situações que poderiam ser reais elementos fantásticos e que fazem belíssimas rimas visuais. Toda a história de Elisa é mágica, fantástica e surpreendente.

O ELENCO

O elenco todo está afinado. A caracterização de Sally Hawking interpretando Elisa — a faxineira muda em quem a história se centra — é espantosa, pois sem dizer uma palavra ela consegue demonstrar toda a emoção e a complexidade de sua personagem. Os coadjuvantes não ficam de fora: Richard Jenkins mereceu a indicação ao Oscar como o melhor amigo de Elisa, que sofre com seus próprios problemas em uma sociedade ainda marcada pelo preconceito, assim como a personagem de Octavia Spencer. Quem quase rouba a cena, mais uma vez, é Michael Shannon, como o grande “vilão” da história.

O VISUAL

A direção de arte, premiada com o Oscar no último domingo, é deslumbrante: como em todo filme de Del Toro, é caprichada em seu ar retrô e minimalista. A fotografia e o figurino seguem pelo mesmo caminho, optando pelos tons em verde-água para reforçar a mensagem que o filme quer passar.

A MENSAGEM

O filme não é apenas um filme de fantasia. A mensagem que ele carrega é brilhante e merece ser compartilhada, ainda mais em nossos tempos onde tudo parece tão dividido. Contar mais sobre isso pode estragar a experiência, mas quem assistir “A Forma da Água” com certeza será impactado não só pelo seu visual, mas também pela sua mensagem.

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“A Forma da Água” está em cartaz no Brasil desde o começo de fevereiro. Corra agora para o cinema e não perca a chance de assistir a produção em tela grande – a experiência será muito melhor, além de ter a chance de gravar na memória um dos melhores filmes dos últimos anos.

Por MAZE