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Imperial Pilots se destaca na cena internacional com disco obscuro e pesado  


O trio de rock alternativo, Imperial Pilots, formado por Joey Manzano (Voz e Guitarra), Pedro Roquini (Baixo) e Alysson Bruno (Bateria), lançou em 2020 o seu primeiro álbum em todas as plataformas de streaming, o disco é homônimo ao nome do grupo.

Gravado no PSP Estúdio pelo produtor Paulo Pollon (Agnaldo Rayol, Luiza Possi), o disco traz a mistura da gritaria do punk, o som pesado do metal e do stoner com as melodias do space rock, em um trabalho obscuro e pesado.

O novo material teve como principais influências as sonoridades do Nirvana, Black Sabbath, Muse, Faith no more entre outros artistas que mesclam e influenciam o som da banda.

As letras e melodias criadas por Joey Manzano, possuem jogos de palavras, com temáticas de filmes de terror e ficção, tendo como base do álbum o medo em várias vertentes. Segundo Joey Manzano, líder e principal letrista da banda, “as músicas trazem uma interpretação, na linguagem do cotidiano, para assuntos da atualidade, assuntos como depressão, insegurança, formas de assédio, terror psicológico, distúrbios de personalidade e até mesmo a forma como os governos nos manipulam em sua sede pelo poder.

O álbum traz todas estas questões como um roteiro inspirado em um filme do Quentin Tarantino. Você se pega refletindo sobre questões polêmicas ao mesmo tempo em que se sente convidado a dançar com o ritmo das músicas”.

A arte do álbum ficou por conta da fotografia de Ray Barbosa. Observando a arte uma jovem criança albina com um gato da raça sphynx. Uma imagem forte e impressionante. A imagem foi produzida pela fotógrafa com conceito de explorar a beleza em diversidades fora do padrão. Ao mesmo tem que é uma bela fotografia, faz ficar em dúvida sobre se é a menina quem controla o gato ou vice-versa, dentro do contexto é uma imagem belíssima em sua beleza e ao mesmo tempo é intrigante.

A banda que ganhou destaque na cena metal internacional em 2020 com publicações na Europa e Estados Unidos, só tem a crescer e com certeza irá integrar a lista de melhores discos nacionais do ano.

Batemos um papo com a banda sobre influências musicais, processo de gravação e composição, trajetória, entre outras curiosidades. Confira!

De onde surgiu esse nome “Imperial Pilots”?   O que levou a banda a esse nome?
O nome Imperial Pilots é uma referência aos kamikazes japoneses que chegavam aos seus limites pelo que acreditavam. Sempre fui fã de aviões desde criança então, quando sai do Keps, minha antiga banda, eu resolvi entrar de cabeça para montar as primeiras músicas da IP e construir a sua imagem musical, e realmente mudou muita coisa para mim. Os primeiros dois anos a banda foi um Duo até que eu convidei o Pedro, que já tínhamos tocado em outros projetos juntos para trazer uma nova parada para a banda.

Como se deu o surgimento da banda?
Em 2016, o Keps tinha retornado depois de 5 anos separados por brigas e desavenças. Ficamos meses trabalhando em tocando mas ninguém mais se aguentava e eu estava ouvindo muita coisa nova na época: Muse, Royal Blood, Nothing But Thieves, ouvia essas coisas do mainstream europeu. Passei a adolescência ouvindo Nirvana e QOTSA e estava procurando coisas novas pra me jogar de cabeça. As influências do Stoner e do punk rock, mesclaram com coisas de músicas eletrônica e garage rock, e virou essa coisa chamada Imperial Pilots.

A banda relançou recentemente um disco via Electric Funeral Records. Como foi o processo de composição e gravação desse material?
Quando a gente compõe as músicas, sempre pensa em detalhes dos outros instrumentos na hora de apresentar para os amigos e você precisa dar detalhes. E o tema central desse álbum era o medo. O medo de ser stalkeado, o medo do Estado e da sociedade como em “Bringing revolutions”, o medo de se perder, o medo de sofrer e todos esses medos geram músicas com tons sarcásticos, letras com duplo sentido na escrita como em “Loosing this chance” e “Can´t you see it”. Em “You´re mine” é uma música que se coloca no ponto de vista de um agressor em um ponto de vista de relacionamento distorcido e insano. “Monster inside you” foi inspirada no surto do homem moderno perante o excesso da própria realidade, inspirada no filme “Um dia de Fúria”. Com essas idéias, a produção musical foi tomando forma gradativamente até que concluímos este álbum.  O disco lançado foi muito bem recebido no Brasil quanto em sites de música especializada fora do país.

Como a banda está vendo esse feedback tão positivo do material lançado?
É bem gratificante você receber mensagens de pessoas que você acha que não dão a mínima pra você e quando o álbum sai, elas dizem que o disco ficou muito bom. Rádios e Webrádios começaram a tocar a música do Norte ao Sul e foi bom pra tirar a tensão pós lançamento do disco. Para uma estréia oficial, esse resultado nos deixou bem feliz e abriram muitos espaços em meio a pandêmia, resultando em muito home office e Live mas que hoje precisamos manter esse espírito.

Suas Músicas demonstram intensidade e entrega por parte da banda. Existe alguma composição que seja mais especial para vocês?
Joey: Eu gosto de  You´re mine pelo caos e tensão da música. Dá abertura pra fazer e improvisar muita coisa e nos shows sempre leva a galera a loucura.
Pedro: Can´t you see it pois tem texturas diferentes, os altos e os baixos das cadências e a ambientação trazem um compilado de todo os disco. É possível identificar desde Loosing this chance até You´re min.
Alysson: Eu gusto de Monster inside you pela sua dinâmica crescente e também pela parte do solo, parece algo épico.

Quais as bandas e fontes artísticas que inspiram o som da banda? A sonoridade vem do Black Sabbath, Muse, Nirvana, QOTSA, Faith no more, Mudhoney, muita coisa com cara própria. Mas todos nós ouvimos diversos estilos de música que não necessariamente refletem no que tocamos.

Como que vocês estão lidando com a pandemia de covid 19? Que tipo de interação a banda está tendo com o público nesse momento de quarentena?
Como o lançamento do álbum estava agendado antes da pandemia, e já existia uma tour de 12 shows planejados entre abril e agosto, tudo foi cancelado e o melhor que pudermos fazer foi isolar por completo nos dois primeiros meses. Depois conseguimos fazer a Live do Single e posteriormente do álbum. A interação com público foi boa pois tivemos várias webrádios e rádios FM que abriram espaço e nos auxiliaram a nos conectar. Via internet, que apesar de ser foco, tivemos o apoio do projeto 1 banda por dia da Madame Mim e do Rodrigo Luminati, que foi bem divertido e colocou muitos músicos juntos trabalhando por um ideal. A pandemia realmente saturou muitas bandas que mal conseguiam produzir algo por falta de orçamento ou mesmo pela distância de seus integrantes, e foi ponto de decisão para mudanças que precisavam acontecer. Algumas vezes as coisas vão parando e se não mudar algo, você perde o brilho do trabalho. É um momento de tristeza para muitas famílias mas também temos que encarar que precisamos buscar nos renovar dentro de tudo o que está acontecendo.

Podemos esperar clipe ou material inédito em breve?
Sim, estamos trabalhando em um clipe que esperamos lançar em novembro ou dezembro se tudo der certo. Temos duas lives ainda neste segundo semestre, pois não tem sido fácil produzir as lives com a exigência sanitária adequada. Então nos limitamos bastante esse tipo de evento.

Quais os planos para 2020?
Desde a nova formação com a volta do Alysson, retornamos já trabalhando em material novo com intuito de gravar algo esse ano e já ter uma lançamento no início de 2021. Agora é continuar compondo material, se jogar em diversos temas. O próximo álbum abordará muita coisa pessoal da minha parte mas já vejo pelo que estamos no estúdio que será bem diversificado, tanto em gênero como na pegada do grupo junto, o qual tem sido satisfatório para nós. Acho que todos vão gostar do que está por vir.

Confira ‘Imperial Pilots’:

 


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