O duo do The Chemical Brothers veio pela última vez ao Rio em 1999, então a expectativa por um show incrível era visível nos presentes. Mesmo que o Vivo Rio não estivesse lotado, a galera em bom número estava animada e calorosa e já vinha esquentando com a discotecagem que já alegrava antes do show.
Com a apresentação postergada em meia hora, um dos maiores nomes da música eletrônica mundial sobe ao palco pontualmente às 22h30 mostrando que aliado aos grandes hits da banda, teríamos muito o que ver e também sentir. O duo formado por Ed Simons e Tom Rowland começou o setlist com Hey Boy, Hey Girl dentro de uma pirâmide de neon verde, já colocando nossos sentidos no talo e abrindo a porta para uma catarse de música eletrônica no Vivo Rio.
Foram tocados sucessos como EML Ritual, Star Guitar e Believe, e tudo com muito bom gosto e técnica, pois o show do duo está longe de apertar play em pen drive. São usadas toda a sorte de pedais, pedal boards, teclados, sintetizadores e tudo o mais. Mas aliado ao bom gosto das pick-ups, o show conta com um maquinário cenográfico pesado. Projeções perfeitamente sincronizadas, efeitos psicodélicos, fumaça, laser à vontade e até robôs gigantes (também com lasers) compõem o espetáculo do grupo que, após uma hora e quarenta de show, encerra com Block Rockin’ Beats.
Após a apresentação, a discotecagem ainda continua e alguns presentes ainda permanecem na pista noite adentro. Mais de quinze anos depois, o The Chemical Brothers mostra que ainda sabe fazer um show incrível, majestoso, grandioso e com todos os elementos que uma apresentação do estilo necessita. Mas, além de tudo isso, o duo faz mais do que apenas um espetáculo de música, ele nos leva para uma viagem sensorial com uma trilha sonora de ótimo gosto.
por Luiz Mallet, do ZIMEL