Na madrugada de hoje (27) todo o catálogo do cantor e compositor canadense Neil Young, considerado um dos maiores guitarristas do mundo e uma das lendas do rock mundial desde o final dos anos 60, foi retirado do Spotfy. A retirada vem como consequência da briga do artista com a plataforma, por ela manter no ar os podcasts de Joe Rogan, acusado de espalhar desinformação sobre a covid-19.
No começo da semana Young havia publicado uma carta aberta acusando a plataforma de streaming de “propagar informações falsas sobre vacinas, potencialmente causando a morte daqueles que acreditam”, ao disponibilizar os podcasts de Rogan para milhões de ouvintes. Ele afirmava ainda que apesar do Spotify gerar 60% de sua renda musical, ele acreditava que o boicote valia a pena: “Mentiras são vendidas por dinheiro. Percebi que não poderia continuar apoiando a desinformação do Spotify, que representa um risco à saúde entre os amantes da música.”
Young postou ainda uma mensagem em seu site, agradecendo à gravadora Reprise Records, por seu apoio. O artista acumulava no Spotfy cerca de 2,4 milhões de seguidores e mais de 6 milhões de ouvintes mensais.
Por outro lado Joe Rogan tem um contrato milionário com o Spotify, e muitos seguidores, mas tem recebido muitas críticas por seu podcast, considerado divulgador de teorias conspiratórias e fake news, principalmente sobre a pandemia. Negacionista, ele é contra a vacina, prega para que os jovens não recebam o insumo e ainda defende o uso de remédios como a Ivermectina.
Na manhã de hoje, a plataforma lamentou a decisão de Young, e disse que “todos queremos que todo o conteúdo de música e áudio do mundo esteja disponível para os usuários do Spotify. Com isso, vem a grande responsabilidade de equilibrar a segurança para os ouvintes e a liberdade para os criadores”. Eles informaram ainda que não colaboram com a disseminação de fake news e que já removeram mais de 20 mil episódios de podcast relacionados à covid desde o início da pandemia.