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Um dos maiores nomes da TV brasileira, Jô Soares morre em São Paulo aos 84 anos


Apresentador, escritor e humorista estava internado no hospital Sírio Libanês em São Paulo, e causa da morte não foi divulgada

Ator, humorista, diretor e escritor, o carioca Jô Soares, um dos principais nomes da TV brasileira, morreu hoje (05) aos 84 anos. A informação foi divulgada através de um comunicado nas redes sociais por sua ex-mulher Flavia Pedras. Jô estava internado desde o dia 28 de julho e a causa da morte não foi divulgada.

“Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados. O funeral será apenas para família e amigos próximos”, dizia a nota.

“Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida. A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor. Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo. Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores. Amor eterno, sua, Bitika”.

Jô, ou José Eugênio Soares, nasceu no Rio de Janeiro, em 16 de janeiro de 1938 e começou na TV em 1956, aos 18 anos, no programa “Praça da Alegria”. Estreou na Globo em 1971 no humorístico “Faça Humor, Não Faça Guerra”. Estrelou o programa solo “Viva o Gordo”, no ar de 1981 até o final de 1987. Começou como apresentador no SBT, “Jô Soares Onze e Meia” entre 1988 e 1999. Em 1990 voltou para a Globo e estreou o “Programa do Jô”, que ficou no ar por mais de 16 anos. Realizou centenas de entrevistas, com os principais nomes do país e várias atrações internacionais.

Escreveu os livros “O Astronauta Sem Regime” (1985), “Humor Nos Tempos do Collor” (1992), “A Copa Que Ninguém Viu e a Que Não Queremos Lembrar” (1994), “O Xangô de Baker Street” (1995), “O Homem que Matou Getúlio Vargas” (1998), “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” (2005) e “As Esganadas”(2011), além de uma autobiografia – “Livro De Jô – Uma Autobiografia Desautorizada”, lançada em 2021.

Também atuou no teatro e fez mais de 20 filmes. Sua última aparição pública aconteceu em fevereiro de 2021, ao tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19.


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