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Nona edição do Rock In Rio chega ao fim, consagrando a diversidade musical


Festival teve sete dias, um público superior a 700 mil pessoas, e um total de 300 shows com artistas de todo o mundo

 

Foto: Coldplay / Roberto Filho-Brazil News

Mais uma edição do Rock In Rio, a nona a acontecer no país, chegou ao fim. Depois de sete dias de muita música – foram 300 shows com mais de 1.200 artistas envolvidos, o balanço não poderia ser mais positivo. Sem incidentes e com um público recorde de mais de 700 mil pessoas, o festival se consagra como um dos maiores eventos musicais do mundo e como uma celebração da diversidade musical – por seus palcos passaram artistas de todo o mundo e de todos os gêneros.

Na segunda semana a festa começou na quinta, com a banda banda brasileira CPM 22 abrindo os trabalhos no Palco Mundo, seguida pelos italianos do Maneskin, que apresentou um show de primeira, com uma geração do rock que está chegando e se estabelecendo com louvor. O  Guns N’ Roses também marcou presença, e apesar das críticas, mostrou que continua com seu público fiel. O dia teve ainda Duda Beat, Corinne Bailey, que fez um show intimista e romântico, Jessie J., que atraiu a atenção de quem não a conhecia pela voz poderosa, e Glória Groove.

A brasileira aliás, acabou saudada como uma das grande atrações do festival – um corpo de baile impressionante, coreografias caprichadas, os já vários hits criados pela artista e vários covers em homenagens a ídolos como Cássia Eller, Cazuza e Pitty. Em palcos não tão concorridas alguns artistas também chamaram a atenção, como Betta e os hits que marcaram época no rock no Palco Highway, e Izrra, que foi do samba ao axé no Espaço Favela.

A sexta-feira foi de muita euforia e surpresas deliciosas, começando pelo Capital Inicial que, mesmo sem inovações, agitou o público com sua simpatia e hits já conhecidos do público e amado. Teve Fall Out Boy, Billy Idol, mas o queridíssimo da noite foi, sem dúvida nenhuma, a banda Green Day, a estrela da noite num show impecável!  No Palco Sunset Avril Lavigne, Jão, que confirmou ser um dos nomes mais em alta na atualidade, Di Ferrero & Victor Kley e, como não podia deixar de mencionar, a homenagem de artistas que fizeram história no ano de 1985, como a Blitz. A mistura de ritmos e gerações que o Rock in Rio costuma trazer nas suas edições só reafirma que a cidade do rock é para todos.

O sábado foi o dia das expectativas – um frenesi dos fãs que aguardavam para assistir a  Coldplay, e ainda Camilla Cabello, que agradou aos fãs. Uma noite que ainda teve bons momentos com o Bastille, que agitou e colocou o público para pular, e o respeitado Djavan, pela primeira vez no palco principal, trazendo romantismo e muito talento.

Nem a chuva e nem o frio inesperados que castigaram a Cidade do Rock, foram capazes de acabar com o brilho do Coldplay, que fez uma apresentação maravilhosa, deixando o público em estado de êxtase com uma apresentação que é considerada, ao lado da do Green Day, a melhor deste ano e uma das melhores da história do festival. Uma apresentação inesquecível, que fez o próprio criador do festival compará-la à apresentação do Queen na primeira edição do Rock In Rio.

O domingo, último dia do festival, também levou uma multidão à Cidade do Rock, talvez a maior de todas, pelo fato de ser o dia de encerramento e contar com algumas queridinhas dos fãs, como Dua Lipa, Rita Ora, Megan Thee Stallion e a nossa queridíssima Ivete Sangalo, todas no Palco Mundo. Foi o chamado Dia das Mulheres, com uma programação quase que exclusivamente feminina. Ivete abriu o espetáculo e fez a festa, com seus muitos sucessos e o  filho Marcelo na bateria e teclado, em uma canção apenas com a mãe. Rita Ora trouxe ao palco Pabllo Vitar, dançou Anitta e dividiu a atenção do público com o Espaço Favela, onde se apresentava Lexa. Megan Thee Stalion fez o show considerado o pior do festival – pouca música e muito falação. Já Ludmila, no Palco Sunset, brilho e fez a multidão cantar e dançar seus hits. Dua Lipa subiu ao palco com 30 minutos de atraso, e transformou a Cidade do Rock numa grande pista de dança. O show que encerrou o festival teve muitos hits e a presença de Elton John no telão, na música “Cold Heart”.

No fim, o que se viu foi uma alegria imensa estampada nos rostos que chegavam à cidade do rock, em uma espécie de celebração à vida. Uma festa de reencontros e muita comemoração. Pessoas desfilando looks de todos os tipos e gostos, sem padrão algum estabelecido. Tudo era bem-vindo e positivo. Uma espera que valeu muito à pena, pois tudo foi maravilhoso e mágico, como somente o Rock in Rio é capaz de proporcionar. Não há como não ser feliz quando se está lá dentro da Cidade do Rock com todo essa magia. Um presente para, não apenas os cariocas, mas para o mundo, pois o público chegava de diversas partes do mundo. Agora é aguardar e se preparar para o próximo! Até 2024!

(Noemia Levy)


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