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Rita Lee, rainha e ícone do rock nacional, morre aos 75 anos


Cantora morreu na noite de segunda (08) em São Paulo. Ela vinha lutando contra um câncer de pulmão desde 2021

A cantora e compositora Rita Lee, um dos maiores e mais icônicos nomes da música brasileira, apelidada de “rainha do rock”, morreu na noite desta segunda-feira em São Paulo. A notícia foi confirmada pela família através de postagens nas redes sociais da cantora. Rita lutava contra um câncer de pulmão desde 2021 e tinha 75 anos.

Na nota divulgada pela família eles informam que a cantora morreu em sua residência, em São Paulo, “cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”. A nota também informa que o velório da cantora vai acontecer no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h, e será aberto ao público. Depois disso, Rita será cremada numa cerimônia fechada para os familiares.

Nascida em São Paulo, em 1947, Rita era filha de um dentista e uma pianista. Tinha apenas 16 anos quando começou na música, no grupo Teenage Singers.  Em 1964 passou a integrar o Six Sided Rockers, que em 66 se transformaria num dos mais importantes grupos da história da música no país, Os Mutantes. Formado por Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, o grupo foi fundamental no movimento tropicalista e se transformaria na banda nacional mais reconhecida e cultuada entre músicos de rock de todo o mundo.

Em 1970, ainda nos Mutantes, ela gravaria seu primeiro álbum solo. Em 72 o grupo se desfaz e Rita cria o Tutti Frutti, com quem gravaria cinco álbuns. Era o começo também de sua relação pessoal e profissional com Roberto de Carvalho. A partir daí Rita se transformaria num sucesso de crítica e comercial, emplacando dezenas de sucessos, que a transformaram num dos quatro artistas mais vendidos do país, marca que mantém até hoje.

Considerada uma revolucionária do rock e um ícone da criatividade e da independência feminina, Rita sempre foi moderna e esteve muito adiante de seu tempo. Ganhou o Grammy em 2001, recebeu mais cinco indicações para o prêmio e em 2022 receberia da Academia um prêmio de Excelência Musical pelo conjunto da obra.

Seu último disco inédito foi lançado em 2012.  Ao todo, Rita gravou seis álbuns com Os Mutantes e 34 em carreira solo. Também atuou como escritora tento lançado vários livros infantis e voltados para as causas animal e ambiental. Em 2016 lançou também uma autobiografia. Sua última passagem pelos palcos aconteceu em 2013, num show de aniversário de São Paulo. Um ano antes ela já havia anunciado sua decisão de parar de fazer shows, devido à sua fragilidade física. No ano passado Rita lançou seu último single, “Changes”, produzido pelo marido e em parceria com Gui Boratto.


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