Está chegando a hora! Depois de atrair mais de 600 mil espectadores nos cinco anos em que foi realizado – quatro edições em São Paulo e uma em Florianópolis, o Festival de Luzes chega este ano pela primeira vez ao Rio de Janeiro.
O Festival, totalmente gratuito, transforma ruas, praças e marcos arquitetônicos em instalações artísticas, reunindo artistas, equipamentos de ponta e tecnologias como arte-mídia, video mapping, lasers e drones, para apresentar um espetáculo grandioso e único, que será visto pela primeira vez na capital carioca.
Patrocinado pela Eletrobras, o festival é mais uma realização da Visualfarm, com apoio institucional da Riotur, e chega ampliado ao Rio de Janeiro, onde o público poderá assistir às apresentações em diferentes pontos da cidade entre os dias 16 e 24 de junho.
Inspirado em festivais que acontecem em Lyon (França) e Sidney (Austrália), o Festival de Luzes é definido por seu criador, Alexis Anastasiou como “um diálogo entre a arte de rua e o video mapping, uma combinação de arte e tecnologia que promove a ocupação do espaço público e explora a milenar tradição humana de contar histórias”.
“Os seres humanos sempre usaram imagens para explicar alguns dos mistérios do nosso mundo. Antigamente, essas imagens eram riscadas na areia do chão ou pintadas em pedras. Atualmente, usamos projeções, lasers e drones voando no ar com a mesma função. Esse espetáculo procura ligar essas tradições, misturando imagens rupestres, discos voadores ou influências de filmes de ficção científica para criar um forte clima de mistério e maravilhamento”, conclui Anastasiou sobre a intervenção que será vista na praia do Leme dias dia 23 e 24 de Junho, ponto alto da programação.
Em sua primeira edição na Cidade Maravilhosa, o Festival de Luzes, que reúne o trabalho de mais de 50 profissionais, irá inserir arte em intervenções em espaços importantes da capital carioca, sempre ao ar livre e gratuitamente. A orla da Zona Sul e a comunidade da Rocinha serão os locais da cidade maravilhosa escolhidos nesta primeira edição.
Explorando as fronteiras entre arte, tecnologia e temas importantes para a sociedade, o Festival de Luzes busca criar experiências ao mesmo tempo significativas e acessíveis a toda a população.
O Festival de Luzes do Rio de Janeiro
A primeira edição do Festival de Luzes no Rio de Janeiro será lançada em esquema de “soft opening” no dia 13 de junho, quando uma unidade móvel – um veículo equipado com potentes projetores, percorrerá as ruas da cidade projetando imagens no espaço urbano, entre 19h e 21h.
Aos poucos a cidade começa a ser envolvida, e no dia 14, as estrelas serão os lasers. Projetados de um barco, que sairá da Baia da Guanabara e beira orla até as praias de Ipanema e Leblon, eles irão projetar, entre 19h e 21h, um espetáculo de cores e luzes no céu da cidade.
No dia 16, a partir das 19h, nos céus da zona portuária sobre a Baía da Guanabara, o público que estiver na Praça Mauá verá pela primeira vez o show de drones, idealizado por Alexis Anastasiou, um “esquenta” para dar uma amostra do que será visto nos dias 23 e 24 na Praia do Leme quando acontecerá o evento principal para o público da cidade. Haverá um primeiro voo entre 18h30 e 19h e um segundo voo entre 20h30 e 21h.
A comunidade da Rocinha foi a escolhida para primeiro assistir as intervenções artísticas do projeto. Felipe Bragança, Wark Rocinha e a fotógrafa Salem do projeto Fotogracria, artistas da comunidade, serão os criadores do conteúdo exibido pelo festival nos dias 17 e 18 de junho, entre 19h e 22h, quando toda a arte projetada no paredão rochoso será criada pelo coletivo reunido através da Casa de Cultura da comunidade.
Nos dias 20 e 21, o Festival ocupa o Mirante do Pedrão e, a partir das 19 horas até 22h, promove um show de lasers que vai iluminar diferentes pontos da cidade.
E o Grand Finale, para encerrar a versão carioca, será o maior evento do Festival com participação do público. No final da Praia do Leme, nos dias 23 e 24 de junho, entre 19h e 22h, próximo ao paredão ao lado do Forte Duque de Caxias, estarão reunidas todas as manifestações artísticas do projeto, que serão apresentadas em duas grandes festas que encerram o festival, na sexta com a participação da banda de e-Music Tropicall e, no sábado, com a participação do bloco Minha Luz é de Led.
O público presente na Praia do Leme irá assistir a um show surpreendente no céu. O espetáculo multimídia – com duração de cerca de 25 minutos e duas edições a cada noite, vai incluir projeções, laser de alta potência e 150 drones que formarão imagens tridimensionais em pleno ar. Os flyingbots utilizados nas intervenções artísticas são coordenados por softwares de alta precisão, com orientação de voo que combina wi-fi, sinal de rádio e sinais GPS a partir de satélites. As apresentações podem ser vistas em um raio de mais de 1km.
De acordo com Alexis Anastasiou – idealizador da intervenção e do festival, “nesse evento vamos unir passado e presente, combinando imagens rupestres, naves espaciais e outras influências de filmes de ficção científica para criar um espetáculo único de mistério e beleza para quem estiver por lá”.
.
Os Artistas do Festival de Luzes RJ
Três artistas foram escolhidos para representar a comunidade da Rocinha na primeira edição carioca do festival: Felipe Bragança, de 42 anos, um autodidata que atua desde os 17 anos, e que pinta, desenha, esculpe, e é ainda cantor e compositor, e cujo trabalho mais recente é a série de pinturas “Cabelo de Favela”; Wark Rocinha, pintor e grafiteiro, que, inspirado pela arte urbana e pelos desenhos animados, criou obras que hoje estão em exposição ou em coleções particulares nos EUA, Itália, Brasil, França e Canadá. Sua série de anjos é famosa e já ganhou um mural no Boulevard Olímpico, na Zona Portuária Carioca; e a fotógrafa Salem, que criou o projeto Fotogracria, que acumula hoje milhares de seguidores nas redes sociais e que retrata o dia a dia, o ambiente e o cotidiano da favela visto não pelo olhar de fora, mas pela lente e pela narrativa interna de seus moradores.
Já os shows de drones ficam a cargo de Alexis Anastasiou. Também criador do festival, Alexis começou sua carreira como VJ de festas na cena underground, no final da década de 90. Com a explosão da música eletrônica, a estética das projeções acabou sendo procurada para festas e eventos corporativos e Alexis abriu o estúdio Visualfarm em 2003, que reuniu uma equipe multidisciplinar e possibilitou o desenvolvimento de projeções mapeadas e dos Fulldomes no Brasil. Em 2010, Alexis inicia o projeto Vídeo Guerrilha, um festival de megaprojeções que ganhou prêmios e teve seis edições dentro e fora do País.
Desde então, a Visualfarm fez projeções em todos os principais marcos arquitetônicos no Brasil e em mais de 10 países, ganhando diversos prêmios internacionais de qualidade estética, técnica e de resultados de marketing. Em 2017, Alexis lançou o livro Mappingfesto, que aponta para uma nova era digital no urbanismo e na arquitetura. Em 2018, Alexis lançou a primeira edição do Festival de Luzes de São Paulo, e em 2019 recebeu o prêmio da Media Architecture Bienalle em Pequim. Sua assinatura esteve também na reabertura do Museu do Ipiranga, que marcou a comemoração dos 200 anos de Independência do Brasil.
O espetáculo que o público irá assistir no Leme, nos dias 23 e 24, leva a assinatura nas projeções de um dos mais importantes artistas visuais do país na atualidade, Batman Zavereze. Designer, diretor de arte, curador e artista multidisciplinar com atuação internacional, ele é o idealizador, diretor geral e curador do Festival Multiplicidade no Rio de Janeiro, uma das plataformas culturais mais importantes de arte e tecnologia do Brasil. Atualmente, Zavereze assina a direção e direção de arte do show de Marisa Monte, e seus créditos musicais incluem ainda nomes como Capital Inicial, Planet Hemp, Lulu Santos, Cidade Negra, Barão Vermelho, Legião Urbana, Silva, Paralamas do Sucesso e Roberto Carlos, entre muitos outros.
No teatro fez cenários tecnológicos para diversos diretores, como Christiane Jathay, Gerald Thomas, Enrique Diaz, Filipe Hirsch e Guel Arraes, entre outros. Zavarese também foi responsável pela direção de arte do encerramento das Olimpíadas 2016, com uma audiência de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo. Recentemente inaugurou a obra imersiva do novo Museu da Imagem do Som do Ceará e no dia 1º de janeiro de 2023, fez a direção artística da posse do Presidente Lula no Festival do Futuro.
O espetáculo dos lasers neste último fim de semana do projeto estará por conta do diretor de arte João Bueno. Com mais de 20 anos de atuação em diversos meios, como vídeo, projeções, pintura e fotografia, o artista é um dos mais requisitados diretores de arte de séries, filmes e shows.
Tropicall é a banda orgânica de música eletrônica que irá animar a festa no dia 23 na Praia do Leme. A banda foi fundada por Ariel Haller e Fabio PSK, DJs, músicos e produtores musicais, que fazem ao vivo a fusão da música brasileira e da música eletrônica, criando um som dançante e inovador, com suas composições mesclando o inglês e o português, com ritmos tradicionais brasileiros a batidas e efeitos da e-music.
Para encerrar o festival no sábado, o bloco Minha Luz é de LED, que tem como marca registrada a presença de fantasias e ornamentos eletrônicos que brilham e piscam com as fitas de LED, vai transformar a Praia do Leme em um grande baile de carnaval.
Visualfarm
Realizadora do Festival, a Visualfarm é um premiado estúdio criativo brasileiro que concebe e executa espaços narrativos nas fronteiras da arte, da tecnologia, do entretenimento e da robótica. Fundada em 2003, conta com uma equipe de designers, artistas, produtores de evento e técnicos capazes de executarem projetos próprios ou, neste caso, em conjunto com os artistas do Festival de Luzes, propiciando acesso a equipamentos que dificilmente são acessíveis fora do circuito comercial.
Para mais informações, acesse: www.instagram.com/visualfarm
Eletrobras
Com mais de seis décadas de existência, a Eletrobras é líder em geração e transmissão de energia elétrica no Brasil e a maior companhia do setor na América Latina, contribuindo para que a matriz energética nacional seja uma das mais limpas e renováveis do mundo. Com o propósito de colocar toda a sua energia para o desenvolvimento sustentável da sociedade, a Eletrobras valoriza, por meio de suas ações de patrocínio, a riqueza cultural nas mais variadas regiões do país, ampliando, desta forma, a democratização do acesso à cultura.
Programação Festival de Luzes – Rio de Janeiro
13 de junho – Soft Opening
Entre 19h e 21h, uma unidade móvel percorrerá as ruas da cidade projetando imagens no espaço urbano.
14 de junho – Soft Opening
Entre 19h e 21h, lasers projetados de um barco irão realizar um espetáculo de cores e luzes no céu da cidade.
16 de junho – Show de Drones
A partir das 19h, nos céus da zona portuária sobre a Baía da Guanabara, o público que estiver na Praça Mauá verá pela primeira vez o show de drones.
17 e 18 de junho – Arte na Rocinha
Entre 19h e 22h, toda a arte criada pelo coletivo reunido através da Casa de Cultura da comunidade será projetada no paredão rochoso.
20 e 21 de junho – Show de Lasers no Mirante do Pedrão
Entre 19 horas e 1h da madrugada, um show de lasers vai iluminar diferentes pontos da cidade.
23 e 24 de junho – “Grand Finale” na Praia do Leme
Entre 19h e 22h, próximo ao paredão ao lado do Forte Duque de Caxias, estarão reunidas todas as manifestações artísticas do projeto, em duas grandes festas que encerram o festival.
Acompanhe as redes do evento para mais informações: @festivalluzes