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Coldplay encanta Maracanã com show multicolorido e alto astral


Coldplay se despede do Brasil com mais um show deslumbrante e cheio de hits

Cerca de 66 mil pessoas foram ao estádio do Maracanã para conferir a espetaculosa – e visualmente obcecante – A Head Full Of a Dreams, nova turnê do Coldplay. Mesmo que o repertório passe longe da perfeição, a banda atinge o seu objetivo ao garantir um número totalmente ‘para cima’, apoiado em um formato multicolorido e cheio de efeitos pirotécnicos. Entre tantos atrativos visuais, o de maior destaque ficou com o público, que ajudou a enfeitar o anel do Maracanã ao utilizar pulseiras que brilhavam e mudavam de cor a cada canção.

O repertório foi baseado em seu último disco, o irregular A Head Full Of A Dreams, com sete canções no total. Dessas, a mais conhecida e cantada pelos fãs foi “Magic”, veiculada à exaustão pelas rádios brasileiras. No entanto, a banda botou o público para cantar forte logo no início com “Yellow” (com direito a balões amarelos) e “Every Teardrop Is A Waterfall”, que causou a primeira chuva de papéis picados da noite. Com um show dividido em módulos, o grupo parece ter colocado mais força em sua primeira parte, que ainda teve “The Scientist” (do consagrado A Rush Of Blood To The Head) e uma das preferidas da nova geração de fãs, “Paradise”. Já em um palco secundário, localizado no fim da passarela que dividia a pista Premium, o grupo apresentou mais três canções, incluindo a “novidade” da turnê: “Princess Of China”, com direito a uma participação virtual de Rihanna.

“Que alegria estar no Rio, essa cidade maravilhosa”, disse Chris Martin, que tentou interagir com o público várias vezes. Dos quatro, ele é também o que mais se entrega aos fãs. Ao ter sua sua voz abafada nos primeiros versos de “Clocks” por um Maracanã completamente lotado, ele ri orgulhoso e quase perde a concentração. Em “Hymn For The Weekend”, outra participação virtual, agora com Beyoncé. Entre um sucesso menos cultuado (“Fix You”) e um arrasa quarteirão (“Viva La Vida”), coube ainda a homenagem ao camaleão David Bowie em “Heroes”, desconhecida por quase todos os presentes. Já “Adventure Of A Lifetime”, reproduziu de forma fiel a nova fase do grupo e transformou o estádio do Maracanã na maior discoteca do mundo.

Foto: Adriana Vieira
Foto: Adriana Vieira

Para quem não conseguiu pagar mais caro e ficar na pista VIP, um terceiro palco, colocado próximo a uma arquibancada mais distante, fez a alegria de alguns fãs, que também puderam conferir de perto outra novidade da turnê: a música “Parachutes” – que não era tocada desde 2011. No telão, fãs anunciaram a próxima música: “A Message” – que foi escolhida pelo público em uma enquete promovida pela banda nas redes sociais (Instagram).

O grupo voltou ao palco principal com balada “Amazing Day”, mais uma de seu último disco, e criou um clima de romance em “A Sky Full of Stars”, repetindo o feito visto em São Paulo, com três casais chamados ao palco para pedidos de casamento e um abraço coletivo com o cantor. “Muito bem”, comemorou Chris Martin, antes de mais uma – quase interminável – chuva de papéis picados. A única coisa que não estava no roteiro, foi a invasão de um fã em “Up&Up”, rapidamente agarrado pelos seguranças. “Sejam legais, por favor”, repetia Chris.

De forma gentil (como de costume), o frontman agradeceu o público beijando o chão do palco e prometeu voltar. Lentamente, os fãs foram deixando o estádio, e o coro de “ô-ô-ôô”, do refrão chiclete de “Viva La Vida”, trouxe de volta alma ao anel do Maracanã – tão acostumado com cores e cantorias.

Por Rock On Board


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