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Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta Salomé, de Richard Strauss


Montagem de André Heller-Lopes marca 150 anos de nascimento do autor, com Eliane Coelho e Cristina Baggio no papel-título

Terceira ópera de Richard StraussSalome provocou escândalo proporcional ao enorme sucesso que a levou, em pouco tempo, a se tornar uma das obras do gênero mais encenadas no mundo, despertando o entusiasmo de artistas como o compositor Gustav Mahler, que a descreveu como “uma obra forte e genial, que definitivamente está entre as mais significativas que a nossa época criou”. A Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura (SEC), celebra os 150 anos de nascimento de Richard Strauss, levando ao palco a obra-prima do compositor alemão em montagem inédita a partir do dia 22 de agosto, criada pelo diretor brasileiro André Heller-Lopes, que também elaborou a cenografia. Ausente há 16 anos do Theatro Municipal, onde estreou no Brasil em 1910,Salome terá cinco apresentações até 29 de agosto, na temporada que integra a programação artística sob a responsabilidade do Maestro Isaac Karabtchevsky. Solista especialmente convidada, a soprano Eliane Coelho se reveza no papel-título com a soprano italiana Cristina Baggio, ao lado do tenor irlandês Paul McNamara (Herodes), o baixo-barítono Licio Bruno (Jochanaan), a mezzo-soprano Carolina Faria(Herodiades) e o tenor Ivan Jorgensen (Narraboth), entre outros. O Maestro Silvio Viegas, que assina ainda a Direção Musical do espetáculo, conduzirá a Orquestra Sinfônica do TMRJ.

“A música belíssima e a temática impactante fazem desta obra de Strauss um marco especial do gênero. Teremos ainda o privilégio de contar com grande elenco e a participação especialíssima de Eliane Coelho, papel no qual tem brilhado em mais de uma centena de récitas ao redor do mundo”, comentaCarla Camurati, presidente da Fundação TMRJ.

Salome é uma ópera em um ato, com libreto baseado na peça homônima do inglês Oscar Wilde, em tradução alemã de Hedwig Lachmann, e que, por sua vez, é inspirado em passagens dos Evangelhos de São Mateus e de São Marcos. O Rei Herodes Antipas, da Judeia, no banquete de seu aniversário, embriagado e apaixonado, pede à bela Salomé, sua sobrinha e enteada, que dance para ele, oferecendo o que ela quisesse como recompensa. Salomé, instada pela mãe, Herodíades, pede-lhe a cabeça do prisioneiro João Batista em uma bandeja. Salomé, que nutre uma paixão não correspondida pelo profeta, mostra então toda a sua sensualidade na conhecida “Dança dos Sete Véus”, selando assim o destino de João Batista.

Salome estreou no Brasil em 25 de julho de 1910 no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, cinco anos depois de sua triunfante estreia mundial, em 9 de dezembro de 1905, em Dresden. Mesmo provocando escândalo e sendo considerada indecente e blasfema, proibida em diversas cidades, a ópera teve fulminante carreira, com apresentações em 50 teatros de ópera pelo mundo em apenas dois anos.

Salome é uma partitura simplesmente perfeita do ponto de vista psicológico dos personagens. Strauss consegue transportar para a música exatamente o caráter, humor e momento vivido por cada um dos indivíduos que compõem este drama. Além de uma obra-prima orquestral, essa ópera é um exemplo da perfeita transposição de uma peça de teatro para a linguagem operística”, afirma o Maestro Silvio Viegas, diretor musical e regente da ópera.

Diretor cênico e autor dos cenários do espetáculo, André Heller-Lopes reverencia nesta produção a soprano brasileira Eliane Coelho, solista especialmente convidada: “A montagem foi criada em torno da Eliane, que é uma cantora-fetiche de muitos diretores de ópera, como eu. É uma homenagem a ela, especialista no papel”, destaca Heller. Para esta montagem, o diretor procurou entender e humanizar a personagem central: “Ela é uma adolescente descobrindo o desejo sexual, é instintiva, não uma ninfomaníaca”, acredita. O número três, recorrente em diversas passagens da ópera, se materializa na forma de um triângulo, figura central da cena: “Criei cenários a partir dos símbolos mais fortes da ópera, emoldurando o talento das duas Salomés, com centenas de lâmpadas árabes, metros e metros de véus e uma bandeja de prata como piso. Queria uma atmosfera exótica, de um oriente noturno e obsessivo, como imaginado por Oscar Wilde”, detalha. André já havia assinado cenários, com sucesso, em Montevidéu, Buenos Aires, Manaus, Lisboa e Salzburg, mas é sua primeira vez no Theatro Municipal do Rio.

Sucesso desde sua estreia em Aida, no ano passado, o projeto Falando de Ópera terá mais uma edição nesta temporada. São palestras grátis com uma hora de duração sobre o espetáculo a ser apresentado – aos moldes das opera talks realizadas em teatros europeus –, com início uma hora e meia antes do começo da sessão, no Salão Assyrio. As palestras serão apresentadas pelo Maestro Silvio Viegas, regente titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, que falará sobre a história de Salome e abordará também detalhes específicos desta montagem, da qual ele é também faz a direção musical e a regência.

Sinopse

Ato único

No terraço do palácio do tetrarca Herodes Antipas, na Galiléia, o capitão sírio da guarda, Narraboth, olha para a sala de banquetes, fascinado pela beleza da jovem Salomé, filha da segunda mulher de Herodes, Herodíades, de seu primeiro casamento. O pajem de Herodíades o adverte que algo de terrível pode acontecer se ele continuar olhando Salomé daquela forma. Dois soldados guardam a cisterna abaixo do terraço onde o profeta Jochanaan está preso por denunciar o casamento de Herodíades com o irmão de seu marido. Ouvem sua voz dizendo profecias. Salomé deixa o banquete para se livrar dos olhares lascivos do padrasto, das brigas religiosas dos judeus e dos romanos que ela odeia. Ouvindo a voz de Jochanaan, seduz o apaixonado  Narraboth a desafiar as ordens de Herodes, trazendo o profeta à sua presença.

Jochanaan lança insultos contra Herodes e sua mulher. Quando Salomé lhe revela de quem é filha, ele também a insulta, mas ela está fascinada pela sua voz e deseja tocar o seu corpo, seus cabelos e beijar-lhe a boca. Neste ponto Narraboth, horrorizado pela conduta de Salomé e por sua desobediência, suicida-se, fato que ela nem percebe. O profeta diz-lhe para procurar a salvação com o Filho do Homem e, voltando para a cisterna, a amaldiçoa.

Herodes, Herodíades e demais convidados sobem ao terraço. O tetrarca está perturbado , escorrega no sangue de Narraboth, manda recolher o cadáver e diz que está com frio. Sua mulher diz que ele está doente. Oferece frutas e vinho a Salomé, que recusa. Ouve-se a voz de Jochanaan, ao que Herodíades pede que ele seja entregue aos judeus. Herodes replica-lhe que ele é santo e viu Deus. Explode uma discussão  entre os judeus sobre poder ver, ou não, a Deus. Dois nazarenos contam a Herodes os milagres do Messias o que alarma o rei. Herodíades se queixa que Jochanaan a está insultando. “Ele não disse o teu nome” responde o tetrarca.

Herodes ordena que Salomé dance para ele. Ela se recusa, apesar dos presentes que lhe são prometidos, mas cede quando ele diz que ela poderá ter o que quiser. Terminada a dança cobra o seu preço: a cabeça de Jochanaan numa bandeja de prata. Herodíades exulta, mas Salomé diz que o quer por seu prazer e não pelo da mãe. Herodes tenta tudo para dissuadi-la, mas ela, obsessivamente, repete o pedido. Herodes cede e o carrasco desce e volta com o pedido executado da forma ordenada. Salomé se apossa da cabeça e, num longo monólogo, escarnece dele por estar impossibilitado de responder-lhe. Herodes, enojado, se recusa a ficar e, vendo Salomé perdida num êxtase enquanto beija a boca de Jochanaan, ordena aos soldados matá-la. Eles a esmagam debaixo de seus escudos.

Sobre os solistas

Eliane Coelho, soprano (Salomé)

Carioca, diplomou-se na Escola Superior de Música e Teatro de Hannover, seguindo depois uma brilhante carreira no exterior. De 1983 a 1991, esteve contratada pela Ópera de Frankfurt, Alemanha, e, a partir de setembro de 1991, pela Ópera de Viena, Áustria, na qual recebeu o título de Kammersängerin, em 1998. Neste prestigioso espaço vienense protagonizou numerosos papéis como Tosca, Butterfly, Maria Stuarda, Fedora (com Plácido Domingo), Madeleine (Andrea Chénier), Arabella, Salomé e Herodíade (com Plácido Domingo, Jose Carreras, Ferruccio Furlanetto), Margherita e Elena (Mefistófeles) e Electra (Idomeneo, regência de Sir Colin Davis). De Verdi, interpretou Macbeth (com Leo Nucci), Il TrovatoreAidaOtello (com Renato Bruson), Stiffelio (com Renato Bruson, Placido Domingo, Jose Carreras), I Vespri Siciliani (com Ferruccio Furlanetto, Renato Bruson), Don CarloErnaniNabucco (com Leo Nucci) e Jerusalem (com Jose Carreras, Ferruccio Furlanetto, Samuel Ramey, regência de Zubin Metha). Como convidada, apresentou-se em renomados teatros como o La Scala (Butterfly, com Maestro Riccardo Chailly), Bastille (Salome, com Maestro Donald Runnicles), Festival Aix-en-Provence, e em Estocolmo, Munique, Berlim, Dresden, Nice, Marseille, Copenhagen, Nápoles, Torino, Catania, Budapest, Sofia, Bucarest ,Praga, São Petersburgo, Valência, Zurique e Tóquio, entre outros. Dos papeis que já cantou, o que mais se destaca é Salome de Strauss, que a acompanha desde 1986, e em que atuou em cerca de 150 espetáculos por toda a Europa. Seu repertório, extenso – além dos citados, Don Giovanni, Turandot, Lulu, Maria Tudor, Simon Boccanegra, I Due Foscari, La Bohème etc –, continua se enriquecendo com novos personagens. Nos últimos anos participou de La Gioconda em São Paulo e Manaus, em que cantou ainda Lady Macbeth de Mtsenk, de Shostakovich, e sua primeira Isolda. Em 2012, estreou como Brünnhilde em O Crepúsculo dos Deuses em São Paulo.

Cristina Baggio, soprano (Salomé)

Nascida na Itália, Cristina Baggio é dona de uma voz extremamente versátil, com talento musical e dramático. Com grande temperamento teatral, foi a primeira soprano italiana a estrear Salome, exibida em rede nacional na Rai Radio 3 e premiada pela revista especializada alemã Opernwelt como o melhor espetáculo italiano de 2012. Premiada em sete concursos internacionais, foi a única finalista italiana no famoso Concurso Viñas, de Barcelona, em sua 54ª edição. Representou a Itália no Armel Opera Competition, concurso mundial que acontece em New York, Paris, Moscou e Budapest onde, entre 600 candidatos, foi eleita vencedora absoluta como “Best Female Performer 2010” por sua espetacular interpretação de Renata em O Anjo de Fogo, de Prokofiev. Atuou com regentes como Gelmetti, Dantone, Abel, Tate, Abbado, Noseda, Morandi, Andretta, Marcon e Tourniaire e diretores como Pizzi, Abbado, Martone, Purcarete, Martinoty e Reinhardt. Estreou como Elettra em Idomeneo, a que se seguiram mais seis títulos mozartianos, concomitantemente com obras do século XVIII de Vivaldi, Handel, Gluck. Sua vocalidade segue um caminho de contínuo progresso que a leva a papéis mais dramáticos como Tosca,Manon LescautFedora até Salome.  No campo da música moderna e contemporânea cantou compositores como Nino Rota (O Príncipe Porcaro), Menotti (O Cônsul), Zemlinsky (O Rei Kandaules). Aperfeiçoou-se com Renata Scotto, Lella Cuberli e Mirella Freni, na Academia de Salzburg, e na Academy of Vocal Arts de Filadélfia. Entre seus compromissos para 2014 estão Manon Lescaut e Fedora no Teatro Nacional de Bratislava, sua estreia como Vitellia de A Clemência de Tito em Malta, Donna Elvira do Don Giovanni na Bélgica e em Veneza e Salome em Nápoles.

Licio Bruno, baixo-barítono (Jochanaan)

O sucesso e amplidão da carreira de Licio Bruno notabilizam-se entre os cantores brasileiros por sua atuação em ópera, música sinfônica, de câmara, além do teatro, nos cenários nacional e estrangeiro, como cantor, diretor cênico e ainda como professor e consultor artístico. Aperfeiçoou-se na Academia Franz Liszt, em Budapeste, e foi Membro da Ópera Estatal Húngara (98/2000). Cantou na Itália, Espanha, Alemanha, Suíça e Colômbia. No Brasil, os teatros líricos  e as salas de concerto são sua casa. Com mais de 50 personagens em óperas de diferentes autores, períodos e estilos, o baixo-barítono é, até hoje, na história da ópera brasileira, o único cantor a ter enfrentado o Wotan / Wanderer da Tetralogia wagneriana. Teve a honra de ser dirigido por ícones do teatro brasileiro – Amir Haddad, José Possi Netto, Jorge Takla, Gianni Rato, Sérgio Britto – e estrangeiro – Werner Herzog, Hugo de Anna, Aidan Lang. Cantou com renomados maestros brasileiros e estrangeiros, entre os quais Lorin Maazel, das “Paixões” de Bach até Beethoven, Kodaly, Stravisnky, Britten, bem como ciclos de Schubert, Mahler, Ravel e Poulenc, entre outros. Detentor de mais de 10 primeiros prêmios em concursos nacionais e estrangeiros, recebeu em 2004 o Prêmio Carlos Gomes, como Melhor Cantor Erudito. Em 2013, celebrou seus 25 anos de carreira, apresentando-se em mais de 15 espetáculos operísticos, sinfônicos e de concertos. Destacam-se entre estes trabalhos as óperas Aida e A Valquíria, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e os papéis-títulos de Falstaff, no Teatro São Pedro, e O Holandês Errante, no Teatro Argentino de La Plata, Buenos Aires.

Paul McNamara, tenor (Herodes)

Nascido na Irlanda, Paul McNamara é pós-graduado em Música pela University College, de Cork, e formado pelo Royal College of Music de Londres. Ganhou destaque – como salientou a imprensa – em sua estreia na Deutsche Oper de Berlim nas Cenas da vida de Santa Joana, de Braunfels, e nos papéis principais em Tannhäuser e Parsifal no Teatro Mainfranken de Würzburg,  pelos quais a revista alemãOpernwelt o escolheu como ‘Cantor do Ano’. Apresentou-se nos teatros Wielki de Varsóvia, La Monnaie de Bruxelas, Stadttheater de Berna, Opera Ireland e Northern Ireland Opera, Ópera de Cape Town, Festival Janácek de Brno, Ópera Lesna de Sopot (Polônia) e com o Festival de Salzburg no Festival de Música de Beijing. Em dezembro de 1910, cantou Tannhäuser na Ópera Nacional de Almaty (Kazaquistão), primeira produção de uma ópera de Wagner na Ásia Central. Além dos wagnerianos, seu repertório inclui papéis de  Monteverdi, Mozart, Weber, Meyerbeer, Tchaikovsky, Leoncavallo, Dvorak, Strauss, Janácek, Zemlinsky, Berg e Britten. De forte personalidade como recitalista e concertista, atuou com a National Symphony Orchestra (Irlanda), RTE Concert Orchestra, Irish Chamber Orchestra, Deutsches Kammerorchester, Nordwestdeutsche Philarmonie, Neuebrandenburger Phliarmonie, SWR-Rundfunkorchester, Statskapelle Halle, Stravangar Symfonieorkester, Rundfunk-Sinfonieorchesters de Berlim e Netherlands Radio Philarmonic Ochestra. Recentemente cantou Erik em O Navio Fantasma(Belfast), Tannhäuser (Kassel), Tristão (Meiningen e Oldenburg), Loge em O Ouro do Reno, Herodes emSalome (Würzburg e Koblenz), o Barão de Laubaremont em Os demônios de Loudun de Pendereckis (Varsóvia). Seus planos futuros incluem estreias em NY (Carnegie Hall) e Amsterdam (Congertgebouw).

Carolina Faria, mezzo-soprano (Herodiade)

Reconhecida pela expressividade de suas interpretações e grande domínio do palco, Carolina tem ocupado espaço crescente na cena lírica brasileira. Reúne em seu repertório La Cenerentola, I Capuleti e i Montecchi, Hänsel und Gretel, Werther, Il Trovatore, e títulos contemporâneos como Phaedra de Britten,Savitri de Holst, O Menino Maluquinho de Ernani Aguiar, Domitila de J.G. Ripper, A Carta de Elomar Figueira Mello e Olga de Jorge Antunes. Participa constantemente em festivais de música colonial brasileira e de vanguarda. Trabalhou sob a regência de P. Rophé, G. Yared, Isaac Karabtchevsky, Luiz Fernando Malheiro, John Neschling, G. Mannis, José Maria Florêncio, Roberto Tibiriçá e Ricardo Rocha, entre outros, e atuou sob a direção de Sérgio Britto, Nelson Portella, André Heller-Lopes, William Pereira e Carla Camurati. Apresenta-se com as orquestras dos teatros de São Paulo e do Rio de Janeiro, como OSESP, ORSSE, OSB, Petrobras Sinfônica, OSMC, Quinteto Villa-Lobos, Conjunto Calíope, Cia Bachiana Brasileira. Em 2013 cantou Hérmia em Sonho de uma noite de verão (produção indicada ao International Opera Awards 2014) e a cantata solo Phaedra, de Benjamin Britten; El Amor Brujo de Manuel de Falla; Baba the Turk em A Rake’s Progress de Stravinski; Stabat Mater de Rossini junto à OSESP; e as estreias mundiais das obras Lux Aeterna de J.G. Ripper junto ao Quarteto Radamés Gnattali e Convite a Carolina, obra de Jorge Antunes dedicada à artista. Seus compromissos em 2014 incluem a Nona Sinfonia de Beethoven junto à OSESP sob regência de Roberto Tibiriçá e  junto à Sinfônica do Espírito Santo sob regência de Helder Trefzger; Sinfonia nº 3 de Mahler, com a Sinfônica Heliópolis e regência de Isaac Karabtchevsky; O Messias de Handel com a Petrobras Sinfônica e regência de Carlos Prazeres;Missa Pastoril para o dia de Natal de José Maurício com a OSB e regência de Luiz Fernando Malheiro;Canções Ruckert de Mahler em recital duplo com Priscila Bomfim e Alceu Reis na Sala Cecília Meireles, além da gravação de um programa dedicado a Richard Strauss para o programa Partituras da TVE – RJ.

Bacharel em canto pela Escola de Música da UFRJ, prossegue em seus estudos de voz e interpretação sob a orientação do tenor Eduardo Alvares.

Ivan Jorgensen, tenor (Narraboth)

Tenor carioca, integra o Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Aperfeiçoa-se em técnica vocal com Paulo Louzada. No Festival de Inverno de Petrópolis, protagonizou La Traviata (2004) e Die Zauberflöte(2005). Pela UFRJ, participou das óperas La Cambiale di Matrimonio (2005), Don Giovanni (2005), Il Maestro di Musica (2006) e da estreia de O Pagador de Promessas (2006). Com a Orquestra Petrobras Sinfônica participou da execução da Fantasia Coral de Beethoven (2007) e da montagem da óperaL’Amour des Trois Oranges (2011). Integrou o Conjunto Vocal Calíope, com o qual atuou como solista emO Pescador e sua Alma, de Marcos Lucas (2006/2007), e na Missa em Ré, de Castro Lobo (2006). Com a Cia. Lírica interpretou os protagonistas em La Traviata (2010 e 2011), La Bohème (2009), Madama Butterfly (2010 e 2011), Attila (2011), Faust (2011 e 2012) e Gianni Schicchi (2012). Em coproduções FINEP/Rádio MEC protagonizou, em 2011, Il Trovatore e Norma e, em 2012, Maria Tudor. Com a OSB Ópera & Repertório cantou Il Re PastoreAriadne auf Naxos e Il Pirata, em 2012, e O Rapto do Serralho, em 2013. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, atuou como solista em L’ Orfeo (2007), Magdalena(2010), Petite Messe Solenelle (2011) e Rigoletto (2012). Também integrou o elenco da montagem inédita da ópera Billy Budd, de Benjamin Britten (2013), no papel de Novato, e, em abril de 2014, interpretou o personagem Nemorino em O Elixir do Amor, de Gaetano Donizetti, título que marcou a estreia do projeto Ópera do Meio-Dia.

Sobre o diretor cênico e cenográfico

André Heller-Lopes

Destacado pela revista Época como um dos ‘100 Brasileiros mais Influentes de 2012’, André Heller-Lopes é dono de uma trajetória ímpar no Brasil. Em agosto de 2013, a revista internacional Opera dedicou-lhe um perfil de nove páginas, a Revista Concerto descreveu-o como “um dos mais aclamados diretores do país” e o jornal Folha de São Paulo, “nome forte da ópera no Brasil”. Moderno e clássico, por vezes polêmico, é reconhecido pela seriedade e estudo de suas concepções. Especializou-se na San Francisco Ópera (EUA) e na Royal Ópera House (Covent Garden/Londres). Coordenador de Ópera da Prefeitura do Rio de Janeiro entre 2003 e 2008, comandou o Programa de Jovens Intérpretes do Theatro São Carlos (Lisboa) por duas temporadas. Coordenou os elencos das óperas da Temporada 2013 da Orquestra Sinfônica Brasileira. Três vezes ganhador do prêmio Carlos Gomes, é PhD pelo Kings College London e professor da Escola de Música da UFRJ. Dono de um vasto e eclético repertório, dirigiu Nabucco no Palácio das Artes de Belo Horizonte; O Diário do Desaparecido e Savitri, no Centro Cultural Banco do Brasil; Ariadne auf NaxosLa Fiile du RégimentAndrea ChénierSamson et DalilaA Valquíria eCrepúsculo dos Deuses no Municipal de São Paulo; Tosca na Ópera de Salzburgo; Falstaff e Der Rosenkavalier na OSESP; Dido & AneasTrouble in TahitiLa Bella Addormentata e Hansel & Gretel no Teatro São Carlos de Lisboa; Der Kaiser von Atlantis, no Covent Garden de Londres. Sua montagem deTristão e Isolda em Manaus foi considerada de “um padrão de qualidade operístico inédito em nosso país” (O Estado de São Paulo). No Municipal do Rio, dirigiu um monumental Idomeneo (cenários de Adriana Varejão), Nabucco Die Walküre. Na Escola de Artes Visuais do Parque Lage concebeu projetos inovadores como Anjo Negro e Sonho de uma Noite de Verão, óperas ao ar livre vistas por milhares de pessoas. Esta estreia brasileira (ganhadora do prêmio Britten 100 Awards) foi indicada como finalista de melhor espetáculo no prestigioso Opera International Awards, em Londres. Obteve grande sucesso em sua estreia no Teatro Solis (Uruguai) com a ópera Macbeth. Na Argentina, dirigiu Rigoletto e Jenufa, um dos destaques da temporada lírica de 2013. Retornou em fevereiro a Salzburg, dirigindo um elogiadoEugene Oneguin. Ainda em 2014 encenará Rigoletto no Palácio das Artes (Belo Horizonte) e Ariadne auf Naxos em Montevidéu.

Sobre o Maestro

Silvio Viegas

Silvio Viegas é Mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Com apenas 22 anos, foi agraciado com uma bolsa de estudos, indo estudar regência na Itália. Em 2001, ficou com o primeiro lugar no Concurso Nacional “Jovens Regentes”, organizado pela Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB).  Silvio Viegas tem uma ligação estreita com a dança, tendo dirigido, no Theatro Municipal do RJ, os ballets GiselleCoppéliaRaimonda, O Quebra-Nozes, O Lago dos Cisnes e Carmen de Roland Petit. Tem atuação de destaque no meio operístico regendo óperas como Così fan TutteLe Nozze di Figaro e A Flauta Mágica de Mozart, Tiradentes de Manuel Joaquim de Macedo, La Bohème e Tosca de Puccini, O Barbeiro de Sevilha de Rossini, Carmen de G. Bizet, Cavalleria Rusticana de P. Mascagni, Il Trovatore e Nabucco de Verdi, Romeu e Julieta de Gounod, Lucia di Lammermoor de Donizetti e, mais recentemente, O Holandês Voador de Wagner, na Argentina. Esteve à frente das Orquestras Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Orquestra do Teatro da Paz, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Sinfônica de Minas Gerais, Filarmônica do Espírito Santo, Sinfônica do Paraná, Jazz Sinfônica de São Paulo, Sinfônica de Burgas (Bulgária), Sinfônica do Festival de Szeged (Hungria), Orquestra do Algarve (Portugal), Coro e Orquestra Sinfônica del Sodre (Uruguay) e Orquestra Sinfônica do Teatro de La Plata (Argentina), entre outras. Foi Diretor Artístico da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes de 2003 a 2005 e, atualmente, é o Maestro Titular da Orquestra Sinfônica da casa. É também Professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Entre suas apresentações na temporada 2012/2013 estão concertos com a Orquestra Sinfônica de Roma, Filarmônica do Amazonas e dois concertos dentro da Temporada Sinfônica da Arena de Verona, na Itália.

Ficha Técnica

Música: Richard Strauss
Libreto: Hedwig Lachmann
Direção cênica e cenografia: André Heller-Lopes
Assistentes de direção: Menelick de Carvalho e Caetano Pimentel}
Iluminação: Fabio Retti
Figurinos: Marcelo Marques
Regência: Silvio Viegas

No elenco:

Salomé: Eliane Coelho (solista especialmente convidada), soprano – dias 23 e 29
Cristina Baggio, soprano – dias 22, 24 e 27
Jochanaan (João Batista): Licio Bruno, baixobarítono
Herodes
: Paul McNamara, tenor
Herodiades
: Carolina Faria, mezzosoprano
Narraboth
: Ivan Jorgensen, tenor


Este evento é realizado pela empresa THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, que responde pela promoção, produção e organização do evento em geral. Qualquer assunto relacionado à venda de ingressos deve ser tratado diretamente com as empresas responsáveis por sua comercialização.
A MIDIORAMA é responsável somente pela ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO deste evento, não tendo qualquer envolvimento ou responsabilidade sobre a produção, organização, venda de ingressos, agenda ou programação.


Serviço


Rio de Janeiro 22 de agosto (Theatro Municipal do Rio de Janeiro )

Data:
22 de agosto

Local:
Theatro Municipal do Rio de Janeiro (Praça Floriano, S/N – Centro)

Horário:
De acordo com datas abaixo.

Capacidade:
2.244 lugares

Duração:
110 minutos, sem intervalo

Classificação:
14 anos

Mais informações:

Datas: 22, 23, 27 e 29 de agosto
Horário: 
20h

Data: 24 de agosto
Horário: 
17h

Preços:

Frisas e camarotes – R$ 504,00
Plateia e balcão nobre – R$ 84,00
Balcão superior – R$ 60,00
Galeria – R$ 25,00

* Desconto de 50% para estudantes e idosos

Palestra Falando de Ópera

Apresentação: Maestro Silvio Viegas

Salão Assyrio / Avenida Rio Branco, s/nº – Centro

Entrada Franca, mediante a apresentação do ingresso (todos os dias da temporada, com início sempre 1h30 antes do espetáculo)

Duração: 60 minutos

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