Uma mescla de musical e show o espetáculo “SAMBRA”, que estreou no Rio de Janeiro, com uma curta temporada e todas as apresentações completamente lotadas, visita a história do samba e de seus baluartes, contando a trajetória deste gênero musical em homenagem a seus 100 anos de existência. O musical, que marca a estreia do cantor e compositor carioca Diogo Nogueira como ator, à frente de um grande elenco, estreia esta semana em São Paulo: “SAMBRA” ocupará o palco do Espaço das Américas de 26 a 29 de março (mais informações abaixo, em “Serviço”). Escrito e dirigido por Gustavo Gasparani, a montagem leva a assinatura da Musickeria CORP e Aventura Entretenimento. Juntas, as duas empresas apostaram na ideia de Washington Olivetto, que as uniu ao Bradesco para contar a história do centenário do gênero musical mais característico do país. Além do musical, “SAMBRA” será um projeto multiplataforma, que prevê diversas outras ações, como o lançamento de um livro, um ambiente web, uma Web Rádio e um ciclo de encontros.
Nesta quarta-feira, dia 25 de março, às 15h, a produção do espetáculo realizará uma coletiva para a imprensa, onde os jornalistas poderão assistir algumas cenas do espetáculo e captar imagens, além de conversar com os principais atores e o diretor do musical. Para mais informações sobre a coletiva, favor entrar em contato com [email protected].
“SAMBRA” é composto de prólogo, abertura e mais 14 quadros. Com cerca de duas horas e trinta minutos de duração, o espetáculo contém em torno 70 músicas cantadas e 25 outras que ligam as canções em formato de texto. A narrativa é feita de forma quase cronológica e conta desde a história de “Pelo Telefone”, supostamente o primeiro samba gravado no país, passa pelo berço do samba, a Praça XI, visita os morros cariocas, o teatro de revista, fala de boemia e malandragem, passeia pelo samba politizado, pelos subúrbios cariocas e deságua na apoteose do samba na Avenida, no desfile das escolas de samba. Todos os grandes nomes deste gênero musical são lembrados: Pixinguinha, Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola, Donga, João da Baiana, Sinhô, Ismael, Tia Ciata, Francisco Alves, Carmen Miranda, Grande Otelo, Cartola, João Nogueira, Clara Nunes, Paulo Cesar Pinheiro, Noel Rosa, Chico Buarque, Billy Blanco, Martinho da Vila, o Cacique de Ramos, Jorge Aragão, Silas de Oliveira, Beth Carvalho, Paulinho da Viola e muitos outros.
“Sambra é uma grande viagem, irreverente e lúdica, nada didática, onde o samba é a inspiração, o protagonista”, explica o autor e diretor do espetáculo, Gustavo Gasparani, que mergulhou durante três meses em uma profunda pesquisa, para a criação do texto. “Nossa busca foi por um olhar diferente, que fugisse do óbvio, uma forma nova de cantar o samba, sem perder a essência. Me fixei nos movimentos, na chegada do choro, na relação do teatro com o samba, na irreverência das revistas, na importância da Praça XI, na explosão do rádio. Mas não é calcado no racional, pelo contrário, é feito pra emocionar, pra mexer com o público.”
Ficha Técnica
Além de Diogo Nogueira, o espetáculo terá também Izabella Bicalho, protagonista de musicais como “Gota D´Água” e “Era nos Tempos do Rei” e novelas como “Roque Santeiro” e “Ti Ti Ti”; a atriz, autora e produtora Ana Velloso, de “Clara Nunes – Brasil Mestiço”, “O Bem do Mar” e “A Aurora da Minha Vida”; Beatriz Rabello, estrela de “Divina Elizeth” e filha de Paulinho da Viola; Lilian Valeska, uma das protagonistas do seriado “Sexo e as Negas”; e mais Patricia Costa, Bruno Quixotte, Edio Nunes, Wladimir Pinheiro, Alan Rocha, Cristiano Gualda, Catia Cabral, Patricia Ferrer, Pablo Dutra, Paulo Mazzoni, Shirlene Paixão e Isnard Manso.
Fundador da Cia que leva o seu nome, Renato Vieira assina a coreografia do espetáculo, tendo como coreógrafo associado o também ator Isnard Manso e a assitência de Marluce Medeiros; uma das mais consagradas figurinistas do país, Marília Carneiro assina todo o vestuário da peça, com colaboração de Reinaldo Elias e assistência de Luiza Moura; Nando Duarte assina a direção musical; Juliana Medella e Pedro Rothe são assistentes de direção; a cenografia ficará a cargo de Hélio Eichbauer – cenógrafo renomado, que assinou peças como “O Rei da Vela” e, aos 30 anos, já havia sido premiado 28 vezes, além de ter realizado 130 trabalhos em teatro e 13 exposições – com assistência de Marieta Spada e Igor Perseke; Marcela Altberg é a produtora de elenco e Maurício Detoni o preparador vocal; o design de som ficará a cargo de Carlos Esteves, o design de luz de Paulo Cesar Medeiros e a videografia de Laís Rodrigues.
Projeto Multiplataforma
Sambra não será apenas um musical, mas também um projeto multiplataforma. Além dos espetáculos presenciais, o projeto prevê a criação de outras plataformas que acontecerão paralelamente às apresentações do espetáculo. Uma das primeiras ações a serem lançadas, antes mesmo da estreia de “Sambra” nos palcos, será a criação de um portal integrado às redes sociais, com conteúdos relevantes sobre os 100 anos de samba, como entrevistas, imagens históricas e uma linha do tempo que apresentará, de forma gráfica e cronológica, a história do movimento. Também entrará no ar uma Web Rádio, que contará a história do samba em uma seleção de músicas disponível gratuitamente através das plataformas web e mobile.
O projeto prevê também o lançamento de um livro, que terá entrevistas, curiosidades e uma seleção de imagens que contarão a história dos 100 anos de samba, em versões física e e-book adaptado para tablets. Será realizado também um Ciclo de Encontros Sambra, com a presença de notáveis como jornalistas, pesquisadores e compositores que falarão sobre a história do samba e a importância do gênero como expressão cultural brasileira. Nos dias das estreias dos espetáculos, tanto no Rio quanto em São Paulo, acontecerão Rodas de Samba após as apresentações, para convidados, com a participação de Diogo Nogueira.
Gustavo Gasparani
Iniciou sua carreira em 1982, fazendo teatro amador no Colégio Andrews, dirigido por Miguel Falabella. Com formação em dança, fez cursos de especialização em teatro, inclusive Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e Tablado, estudou canto, balé clássico, técnicas vocais e mímica. Em 1989, fundou a Cia. dos Atores, dirigida por Enrique Díaz, onde encenou vários espetáculos como “Cobaias de Satã”, “O Rei da Vela”, “Meu Destino é Pecar” e “O Bem Amado”, entre outros. Com a companhia, participou de festivais na Argentina, Estados Unidos, Portugal, Espanha e recebeu prêmios como Shell, APCA, Molière e Mambembe. Paralelamente à trajetória da Cia. dos Atores, escreveu e/ou dirigiu os musicais “A Flor e o Samba”, “Clara Nunes – Brasil Mestiço”, “Rio…enredo do meu samba!”, “Comédias Cariocas “, “Mercedes de Meddelin”, “Otelo da Mangueira”, “Oui, Oui, A França é Aqui”, “Samba Futebol Clube” e “As Mimosas da Praça Tiradentes”. Participou da adaptação de “Ricardo III”, de Shakespeare, onde viveu 21 personagens. Passista da Mangueira por 20 anos, fez ainda vários trabalhos na TV (“Anos Rebeldes”, “Dalva e Herivelto”, “Você Decide”, “Lua Cheia de Amor”) e no cinema (“Orfeu”, “Uma Bela Noite Para Voar”, “Xangô de Backer Street”, “Orquestra dos Meninos” e “Buffo & Spallanzani”). Também é professor de teatro, no Colégio Andrews e na Casa Cultura Laura Alvim, onde dirige montagens anuais com seus alunos.
Diogo Nogueira
Cantor, compositor e apresentador, Diogo Nogueira cresceu nas rodas de samba do pai, João Nogueira, mas sua primeira opção, com o apoio do pai, foi ser jogador de futebol. Chegou a atuar pelo Cruzeiro de Porto Alegre, em 2005, mas teve uma lesão no joelho e abandonou os campos. De volta ao Rio, passou a frequentar rodas de samba e formou uma banda própria. Também assinou contrato com a gravadora EMI. Com o álbum “Diogo Nogueira Ao Vivo”, Diogo se lançou em 2007 na carreira solo. Integra a ala de compositores da Portela desde 2008, quando emplacou o samba “Reconstruindo a natureza, recriando a vida: o sonho vira realidade”, que levou a escola de volta ao desfile das campeãs após 10 anos ausente. Já lançou mais cinco álbuns solo, ganhou quatro vezes o Grammy Latino e, em 2010, ganhou o prêmio de Melhor Artista ou Banda de MPB no VMB. É apresentador do programa “Samba na Gamboa”, na TV Brasil. Em 2012, lançou a coletânia “Samba Book – João Nogueira” em homenagem à obra de seu pai.
Os produtores
Musickeria
A Musickeria é uma plataforma de negócios com visão de 360 graus sobre o cenário no qual a música se insere. Nessa visão esférica do negócio, a empresa atua em três diferentes frentes: Musickeria Conteúdo / Musickeria CORP / Musickeria FOCO, desenvolvendo soluções e projetos que utilizam a música como uma plataforma estratégica de comunicação e posicionamento, entregando ao consumidor produtos finais de altíssima qualidade artística. Atendendo a uma crescente demanda do mercado corporativo e publicitário, a Musickeria CORP tem em seu DNA o desenvolvimento de soluções criativas que promovem engajamento emocional entre marcas e a audiência, através da plataforma de música. Sua atuação abrange as áreas de consultoria, curadoria artística, estratégia de music branding, planejamento e execução de conteúdo musical proprietário em diversas plataformas como web, rádio, TV, ações outdoor e assessoria de imprensa. A companhia já realizou cases para marcas como Brahma, Itaú, P&G, Gillette, Petrobras, Bradesco, Bombril e One Health.
Aventura Entretenimento
A Aventura Entretenimento foi criada em 2008 e, em seus sete anos de existência, tem colaborado para a consagração do mercado brasileiro de espetáculos musicais e o aprimoramento da mão de obra especializada. Entre os títulos de maior sucesso da empresa estão musicais que já marcaram época, como “A Noviça Rebelde”, “Hair”, “Um Volinista no Telhado” e “O Mágico de Oz”, que juntos conquistaram um público superior a um milhão de pessoas. Grandes empresas como Bradesco Seguros, Oi, Shell, Redecard, Itaú, Correios e CVC estão entre os parceiros mais constantes da Aventura. Se atualmente o mercado de musicais no Brasil é comparado aos principais centros produtores do mundo, a Aventura Entretenimento, empresa dos sócios Aniela Jordan, Luiz Calainho e Fernando Campos, teve contribuição fundamental para esta conquista.
Em seu novo posicionamento, a Aventura Entretenimento decidiu focar suas produções em conteúdos e temáticas nacionais, valorizando os verdadeiros mitos do Brasil. A primeira aposta foi “Rock in Rio – O musical”, seguida da trilogia “Uma Aventura Brasileira”: “Elis, A musical”, um dos maiores sucessos da temporada teatral brasileira nos últimos anos, em cartaz no Rio até o dia 8 de fevereiro, “Se eu Fosse Você – O musical” e “Chacrinha – O musical”, também em cartaz no Rio.