Antes da banda principal, tivemos a abertura das bandas paulistas Test e Genocídio, mostrando seu repertório de anos de carreira no underground nacional. Agora vamos aos donos da noite: formado em 1981, em Meriden, vilarejo próximo à Birmingham, na Inglaterra, o Napalm Death é reconhecido como o pioneiro do grindcore, estilo musical que mistura a agressividade do punk, os blast beats, ou aquela batida contínua, que seus vizinhos detestam, e os vocais extremamente guturais.
Às 21h, com aquela pontualidade britânica, começou o show do Napalm Death. Mark “Barney” Greenway (Vocal), ja entrou daquele jeito, ou seja, tocando o caos na Clash Club. A galera que estava calma e apenas observando as bandas anteriores, até parecia outro público: a pancadaria começou desde os primeiros acordes.
Com um setlist pra ninguém botar defeito, repleto de todas as músicas conhecidas da banda, os ingleses conduziram o público perfeitamente, com aquela vontade de quase colocar a casa abaixo, galera subindo no palco e Barney dando o microfone para os fãs cantarem, uma verdadeira aula de carisma e metal extremo.
Pedrada após pedrada, brutalidade total. Mas isso não é novidade para um show do estilo ou da banda. O público estava sedento por músicas e a banda, muito feliz com a recepção, as executava. Barney conversava a todo instante com todos:
“Eu não disse que iríamos retornar? cá estamos! E estou muito feliz em estar tocando mais uma vez no Brasil…“
Um show literalmente insano, fechando com chave de ouro a turnê brasileira. A apresentação da banda teve exatamente 1 hora e foi 1 hora de terremoto que parecia sem fim, com o público cantando todas as música, Barney muito simpático com os fãs, muito circle pit, mosh, stage dive e tudo que tem direito em um show deste porte.
Após acabar o show, Barney cumprimentou todos os fãs que foram pegar em suas mãos, mostrando o carinho e respeito pelos seus fãs ali presentes, que já aguardam ansiosos pelo retorno da banda em nosso país!
Como diria o famoso desenho, por enquanto é só pessoal…
Texto e Fotos: Pamela Nurchi
Por A Ilha do Metal