No dia 26 de outubro chegou ao Brasil, pela primeira vez, a Compagnie Käfig, que apresenta a união de coreografias ousadas com impressionantes projeções digitais, criadas por Adrien Mondot e Claire Bardainne, no aclamado espetáculo Pixel. Bailarinos e imagens são unidos no palco – a tecnologia do digital colocando o homem como centro das imagens, dando ao público a sensação de não saber mais distinguir a realidade do mundo virtual.
A companhia francesa vai passar por seis cidades brasileiras durante duas semanas e meia. No dia 26 de outubro, a Compagnie Käfig se apresentou em Belo Horizonte, no Palácio das Artes e seguiu para Paulínia, no Theatro Municipal, no dia 29. Em novembro, Pixel iniciou o mês no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, nos dias 1 e 2, e continuou a apresentação no Teatro Alfa, em São Paulo, entre os dias 5 e 7. Para fechar a turnê brasileira, o espetáculo também passará por Curitiba, no Teatro Guaíra, no dia 10 de novembro, e por Salvador, no Teatro Castro Alves, em 13 de novembro. Confira todas as informações em “serviço” abaixo.
Em Pixel, a pesquisa sofisticada de Claire Bardainne e Adrien Mondot dão vida ao mundo digital de uma maneira artesanal e com extrema sensibilidade. O diretor artístico Mourad Merzouki une a dança ao delírio das imagens, expandindo a linguagem do “hip-hop” para um cruzamento de múltiplas disciplinas: circo, artes marciais, artes plásticas e dança contemporânea, sem perder de vista as raízes de sua dança, suas origens sociais e geográficas.
Os 11 bailarinos da companhia evoluem em um ambiente de sonho, na fronteira entre o virtual e a realidade. É um trabalho sobre a ilusão, conjugando a energia e a poesia, ficção e proeza técnica, “hip-hop” e circo, uma verdadeira expressão da arte oriunda das mentes delirantes de seus criadores.
Com apresentação da SulAmérica, patrocínio da Halliburton e da Accenture e apoio da Fundação BNP Paribas, o espetáculo integra o Circuito SulAmérica de Música e Movimento, programa de fomento da seguradora SulAmérica que investe em ações para o desenvolvimento social e cultural por meio da arte, música e dança, trazendo uma agenda diversificada durante o ano todo nas diversas regiões do país.
Pixel, por Mourad Merzouki
“Estamos constantemente expostos a imagens, vídeos e mídias digitais. Telas estão por todos os lugares. Alguém só precisa andar pelas ruas das grandes capitais de alguns países para imaginar o que será a cidade do futuro: uma grande exposição de imagens, que agora fazem parte da nossa vida cotidiana.
O projeto Pixel nasceu quando eu conheci Adrien Mondot e Claire Bardainne e do fascínio que senti naquele momento: era como se eu não fosse capaz de perceber a diferença entre os mundos real e virtual. Rapidamente decidi tentar uma nova associação usando essas novas tecnologias no mundo da dança.
A primeira experiência misturando dança e vídeos interativos foi de tirar o fôlego para os artistas que faziam parte do projeto. Com a mesma curiosidade e mente aberta que me inspira, enfrentei, durante essa nova aventura, um mundo impalpável criado pela projeção de luz desenvolvida por Adrien M / Claire B Company. O desafio de fazer os dois mundos interagirem um com o outro e o de encontrar um equilíbrio sutil entre as duas técnicas, para que a dança e as representações abstratas, interajam sem que uma delas fique em vantagem sobre a outra, fez com que eu me desestabilizasse novamente com a forma através da qual abordo o gesto. Sigo essa busca pelo movimento, que continuo a desenvolver e aprimorar em cada uma das minhas criações, com novas restrições e novos parceiros de “jogo”.
Além das projeções de vídeo, eu queria que a música de Armand Amar casasse em perfeita colaboração com a coreografia e as imagens, como um convite caloroso para viajar. Acompanhando os artistas, sua música revela a energia, bem como a poesia que se encontra no corpo do dançarino.
Esses novos caminhos de descoberta me permitiram trabalhar sobre essa prorrogação da realidade e enfrentar um mundo sintético, o que é estranho para um coreógrafo que se alimenta de corpos e material. Habitamos a dança em um espaço onde o corpo só enfrenta sonhos, desenvolvendo gestos em paisagens que se movem, criadas por Adrien M e Claire B.
Eu queria abrir o caminho no qual o mundo sintético da projeção digital interage com a realidade do dançarino.
Cada artista tem uma brincadeira imersa em um mundo desconhecido, com uma mente que compartilha a energia e o virtuosismo do “hip-hop”, misturando poesia e sonhos, para criar um show no cruzamento das artes.”
Mourad Merzouki
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