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Review de Wicked, O Musical


Versão brasileira do musical da Broadway fica até dia 18 de dezembro em São Paulo

Todos nós conhecemos a famosa história do Mágico de Oz. O livro, escrito pelo autor L.Frank Baum em 1900, fala sobre as aventuras da menina Dorothy Gale e seu cachorrinho Totó, que graças a um furacão que acontece no Kansas, vai parar na incrível Terra de Oz onde conhece o Homem de Lata, O Espantalho e O Leão Covarde. Juntos, precisam destruir a Bruxa Má do Oeste para poderem terem seus desejos atentidos pelo Mágico.

Mas Wicked, famoso musical da Broadway que foi baseado no livro de mesmo nome escrito por Gregory Maguire, em 1995, e aqui chegou como Maligna, se trata de um prequel do Mágico de Oz pelo ponto de vista das bruxas da história: Glinda, a Bruxa Boa do Sul e Elphaba, a Bruxa Má do Oeste. E é através do olhar delas, que acontece o musical Wicked (que está em cartaz não só na Broadway há 13 anos como em outros lugares do Reino Unido e há 8 meses no Brasil no Teatro Renault de São Paulo), anos antes de Dorothy chegar a Oz, quando ambas eram adolescentes e foram forçadas a dividir um quarto na Universidade de Shiz em Oz.

Porém, um ódio mútuo começa quando ambas são forçadas a compartilhar um quarto e por serem tão diferentes uma da outra. Enquanto Elphaba é mais revolucionária e rebelde, sempre lutando a favor das causas para proteger os animais, Glinda que era vista mais como uma patricinha desmiolada. O ódio inicial das duas, acabou se tornando uma verdadeira amizade.

Na versão brasileira, temos as talentosas Myra Ruiz e Fabi Bang que já estão se despedindo de seus papéis, já que a temporada brasileira encerrará no dia 18 de dezembro. O espetáculo já acumulou mais de 200 mil pessoas entre seus espectadores. Enquanto que Myra Ruiz carrega todo o drama exibido pela sua personagem Elphaba, a Bruxa Má do Oeste que não deixa de nos emocionar durante a apresentação de “Desafiando A Gravidade”, ponto alto do musical e de virada da história. Ela também se mostra uma ótima comediante em certas partes da peça para manter um equilíbrio da dramaticidade exigida pela personagem. Já Fabi Bang, que faz a Glinda (inicialmente Galinda), a Bruxa Boa do Sul, é o alívio cômico da peça como acontecem nas outras versões do musical e rouba muitas cenas do musical, arrancando gargalhadas da platéia.

Além do texto em português ter ficado bastante fiel ao original, a adaptação das músicas e letras originais de Stephen Schwartz  também ficaram ótimas! Vale destaque para “Ódio” (“What This Feeling?”), “Popular” (“Popular”), “Desafiar A Gravidade” (“Defying Gravity”) e “Venha Ver” (“One Short Day”), que foram traduzidas por Mariana Elizabetsky e Victor Muhlethaler.

O musical possui uma quantidade gigantesca de cenários e por isso mesmo o Teatro Renault é o único teatro grande o bastante para comportar o espetáculo no Brasil, o que infelizmente significa que a peça não irá viajar para outros estados brasileiros. Os figurinos também são os mesmos usados nas outras versões e com isso mostrando a personalidade de cada personagem através da maneira como se vestem.

Wicked encerra sua temporada brasileira no dia 18 de dezembro no Teatro Renault em São Paulo. Então não perca tempo e adquira seus ingressos através do site oficial!

Por Tábula Rasa


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