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8 filmes sobre racismo que você precisa assistir


O Dia da Consciência Negra está chegando! Para refletirmos sobre o racismo, confira uma lista de filmes que abordam a questão

O dia 20 de novembro é conhecido como o Dia da Consciência Negra, data instituída em 2011, e que faz referência à morte de Zumbi dos Palmares. Ele foi o líder do quilombo onde vivia, sendo ícone da resistência negra à escravidão no Brasil, país que só a aboliu em 1888.

E embora a escravidão tenha acabado, os efeitos dela ainda podem ser sentidos pelos negros nos dias de hoje, que formam a maioria da população brasileira (54%, segundo dados do IBGE). Ao mesmo tempo, os negros também são a maioria dos pobres, dos desempregados e dos presos no país. Além de receberem menos do que os brancos, na mídia, eles são minoria e, em muitos casos, acabam representando os mesmos papéis: empregadas, seguranças e porteiros (antes de mais nada: não há nada de errado com essas profissões, mas os negros merecem mais oportunidades do que essas).

E mesmo com estatísticas que mostram como o Brasil é um país racista, ainda há quem negue o racismo. Você pode negá-lo, mas isso não faz com que ele deixe de ser realidade para quem sente o seu peso. Portanto, vamos repensar a nossa sociedade, e transformá-la num ambiente com as mesmas oportunidades para todos.

Para ajudar nessa reflexão, e tendo em mente o Dia da Consciência Negra, separei alguns filmes que podem ajudar nessa tarefa de desconstruir o racismo:

“12 Anos de Escravidão”:

Aclamado pelo Oscar em 2014, “12 Anos de Escravidão” conta a história real de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro e livre que foi sequestrado e vendido como escravo no sul dos Estados Unidos. O nome do filme faz referência ao tempo em que Northup teve de viver sob condições desumanas antes de ser liberto.


 

“Mississípi em Chamas”:

“Mississípi em Chamas” conta a história de dois agentes do FBI que investigam as mortes de três ativistas pelos direitos civis dos Estados Unidos em 1964, no Estado americano que dá nome à produção. A década de 60 foi importante para a luta dos negros naquele país, os quais lutavam para ter direitos, dignidade e igualdade. O Sul dos EUA, onde se localiza o Mississípi, é conhecido por seu histórico racista.


“A Negação do Brasil”:

O documentário brasileiro explora a participação dos negros nas novelas, desde quando começaram a ser feitas até os dias atuais. Dirigido por Joel Zito Araújo, o filme também discute os papéis que são dados aos negros, e como a mídia acaba formando nossa visão sobre essas pessoas.


 

“Fruitvale Station – A Última Parada”:

“Fruitvale Station – A Última Parada”, marcou a estreia do diretor Ryan Coogler no cinema, cujo trabalho e obra foram muito elogiados. O filme é baseado na vida de Oscar Grant, jovem negro que foi morto por um policial, em 2009. Na obra, acompanhamos o último dia de vida do rapaz de 22 anos, que tenta recuperar seu emprego enquanto faz planos de passar a virada do ano com sua namorada e mãe de sua filha.


 

“Adivinhe Quem Vem Para Jantar”:

Feito em 1967, “Adivinhe Quem Vem Para Jantar” traz o choque dos pais de uma jovem branca, que está noiva de um homem negro. Ambos desaprovam o relacionamento da filha, e tentam achar algo de ruim no rapaz, mas só encontram qualidades, tanto de caráter quanto profissionais.


 

“Cara Gente Branca”:

“Cara Gente Branca” é uma comédia que se passa numa universidade americana. Lá, os alunos pretendem fazer uma festa com a temática negra, o que leva os estudantes negros a se revoltarem e se mobilizarem contra o evento. O filme faz uma crítica ao racismo velado na sociedade americana (e brasileira, né?), que faz de conta que a discriminação racial não existe, mas que é persistente e excluí negros de todos os espaços.


“A 13ª Emenda”:

O documentário, da diretora Ava DuVernay, mostra como a escravidão nunca acabou nos Estados Unidos, mas se adaptou às mudanças dos tempos. Desde o tempo em que ela era permitida até os dias de hoje, “A 13ª Emenda” foca no sistema prisional americano, que além de ser lucrativo para muitas empresas, condena desproporcionamente a população negra.

*Por Artur Francischi do Prosa Livre


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