Com certeza você já ouviu falar no SuperBowl. Há anos como o evento mais lucrativo do mundo, culminando no sucesso da liga mais bem sucedida do planeta que é a National Football League. O crescimento do consumo de Futebol Americano no mundo nos últimos 10 anos é impressionante, mas não surpreendente. Há uma margem de mercado inexplorado enorme e o caminho natural é se tornar cada vez mais global.
O entretenimento trabalha lado a lado com o esporte. A NFL é a maior referência em produção de conteúdo e transmissão esportiva. Uma disputa imprevisível, com jogadores de armadura proporcionando choques de impacto, com certeza ajuda na hora de criar um show. É questão de tempo pro Futebol Americano se tornar o esporte mais popular do mundo.
O interesse pela prática do Futebol Americano no mundo é latente, surgindo ligas ao redor de todo o planeta. No Brasil, tudo começou na praia no ano 2000. Os jogadores se arriscavam e metiam a cara sem equipamentos e sob sua conta em risco! Tudo pelo amor ao jogo.
Com a difusão da NFL e a propagação de uma comunidade do esporte no país, logo haveria estrutura para a criação de mais de 300 times em todos os Estados. Hoje, com um Campeonato Brasileiro consolidado em duas divisões e uma seleção nacional chancelada por uma Confederação (CBFA), é clara a existência de oportunidades, tanto para atletas como para empresários. Eu gosto de dizer que estamos vivendo na era semi profissional do esporte no Brasil.
Apesar da maioria dos times não ter qualquer incentivo e bancar tudo do próprio bolso (esporte amador), temos uma profundidade gigantesca na mídia, sendo pauta constante de todos os veículos relevantes no país. Algumas prefeituras ajudam e dão doações importantes aos times de suas cidades, que assim podem contratar jogadores americanos (atletas da NCAA, profissionais que atuaram em outros países e até ligas profissionais menores nos Estados Unidos) e aumentar bastante o nível de competição.
Além disso, já foram realizados jogos em estádios de Copa do Mundo como Mineirão, Beira Rio e Arena Pernambuco. Diversos clubes de futebol como Corinthians, Vasco, Flamengo, Botafogo, Coritiba, Santos, entre outros, apoiam equipes de Futebol Americano no Brasil. O recorde de público foi registrado na Arena Cuiabá com mais de 25 mil torcedores!!! Impossível não ver potencial, lembrando que há um jogador brasileiro em atividade na NFL que é o kicker Cairo Santos. Alguém dúvida que haverão outros?
No nosso caso, estamos nos dois lados da moeda. Eu e Duda, como jogador e técnico do Botafogo Reptiles, vivemos o esporte diariamente e podemos dizer que ajudou a gente em diversas formas.
Como os esportes dialoga com os negócios:
- Controle emocional;
- Diversidade de relacionamentos;
- Experiência em lidar com pressão;
- Espírito de equipe e liderança;
- Disciplina e foco;
- Trabalho duro e persistência;
- Desenvolvimento da auto confiança e crítica;
- Habilidade em superar frustrações;
- Compreensão sobre uma organização esportiva;
- Lidar com a competitividade de modo natural;
- Cobrança por valores éticos.
Viver dentro de uma comunidade esportiva, compreender os desafios de gestão que os líderes no Brasil têm pra impulsionar o esporte e vislumbrar oportunidades. Dessa forma não só jogamos, como também aprendemos e empreendemos com o Futebol Americano.
Veja o vídeo que mostra nossa visita ao Miami Dolphins para a apresentação de um projeto:
Sendo considerada uma tendência mundial, as empresas hoje em dia estão buscando cada vez mais transformar a sociedade ao seu redor, promovendo a chamada “responsabilidade social empresarial”. Ao invés de fazer simplesmente filantropia e assistencialismo de recursos, as empresas estão preocupadas em participar da sociedade civil e gerar crescimento social entre as comunidades locais.
Sabendo da importância que cada franquia tem com as cidades em que estão sediadas, também estimulam todos os seus jogadores a criarem organizações não lucrativas com o intuito de atuar em conjunto com a sociedade, além de programas de desenvolvimento sustentável e inclusão social. A NFL e a NBA, por exemplo, tem seus próprios programas como o NFL Play 60 e NBA Cares. Essas iniciativas, além de movimentar a economia local, também geram uma publicidade positiva com parceiros e credibilidade com o público em geral.
Veja o vídeo que A Vida É Uma Só fez para AFWB, em visita de jogadores da NFL ao Brasil para realização de clínicas esportivas e ações sociais:
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Por Marcos Klein, de A Vida É Uma Só
