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Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta Magdalena, de Villa Lobos


Orquestra Sinfônica e Coro do TMRJ, com participação do Coro Infantil e vários solistas, apresentam, pela primeira vez em palcos cariocas, a opereta “MAGDALENA”, de Villa Lobos, em forma de concerto.

Um dos grandes nomes da música brasileira, dono de uma obra colossal e com grande reconhecimento internacional, o maestro e compositorHeitor Villa-Lobos é lembrado no Brasil principalmente por seus trabalhos mais populares, como as ‘Bachianas’ e o ‘Trenzinho Caipira’. Nos dias 14 e 15 de agosto, um lado menos conhecido de Villa-Lobos será finalmente apresentado ao público carioca, reparando uma lacuna histórica de 62 anos.

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, apresenta, pela primeira vez na cidade, o musical ‘Magdalena’, que fez sua estreia na Broadway em 1948. A première brasileira aconteceu apenas em 2002, no Festival Amazonas de Ópera, em Manaus, quando ganhou, enfim, uma versão em português, assinada por Cláudio Botelho. Sob a regência do maestro convidado Luis Gustavo Petri, ‘Magdalena’ será interpretada em concerto pelo Coro e a Orquestra Sinfônica do TMRJ, pelo Coral Infantil da UFRJ ― conduzido por Maria José Chevitarese ― e por solistas convidados, de formação lírica, vindos tanto do universo operístico como de musicais ― o tenor Fred Silveira (Pedro); a soprano Rosana Lamosa (Maria); o barítono Homero Velho (Padre Jose); o baixo Inácio de Nonno(General Cabañas); a mezzo-soprano Luciana Bueno (Teresa); o barítono Murilo Neves (Major Blanco) e Sandro Christopher, em participação especial, como Zoggie.

“Esta é uma obra sui generis de Villa-Lobos, pouquíssimo conhecida e que transita pelo universo operístico e musical”, destaca a presidente da Fundação TMRJ, Carla Camurati. “A possibilidade de trazer pela primeira vez ao Rio um trabalho desta importância é o resultado do somatório de esforços não apenas no âmbito governamental mas também por parte dos patronos do TMRJ – BNDES, Eletrobrás, Rede Globo, Petrobras, Embratel e Vale – que ajudaram a viabilizar tanto a reforma quanto a programação da casa”, destaca.

‘Magdalena’ foi encomendada a Heitor Villa-Lobos pelos letristas norteamericanos Robert Wright e George Forrest – dupla responsável pela bem sucedida montagem de ‘Kismet’, musical adaptado sobre a obra de Borodin – que queriam um espetáculo que tivesse como cenário a América do Sul. Misto de musical e opereta cômica, a peça fez sua estreia em 1948 e passou, ao longo de três meses, por Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque. Com toques tragicômicos, como a morte do General Cabañas – antagonista do herói Pedro – de tanto comer, o musical fala de conflitos religiosos, da luta dos povos ameríndios contra a opressão, da exuberância dos trópicos e suas riquezas naturais.

Regente titular da Sinfônica de Santos, que ajudou a fundar há quinze anos, o maestro Luis Gustavo Petri exalta a importância da obra: “É com enorme prazer que estarei à frente de ‘Magdalena’, uma aventura musical de nosso Villa-Lobos. Esta obra tem sua estréia tardia na nossa terra acredito por causa de um certo preconceito pelo fato de ter sido pensada para o Teatro Musical Americano na Broadway e pelo fato de que alguns temas utilizados por Villa terem sido retirados de outras obras anteriores dele. Villa captou muito bem a atmosfera do musical americano que ficou enormemente enriquecida com a brasilidade dos temas utilizados. Teremos a oportunidade de ouví-la na íntegra com a tradução brilhante de Claudio Botelho e cantores coros e orquestra de primeira categoria”.

 

A História

A história acontece em 1912, às margens do rio Magdalena, na Colômbia, onde vivem Maria e Pedro, da tribo dos muzos. A jovem Maria, líder da tribo, é devota de Nossa Senhora e fica responsável pela imagem da santa enquanto Padre José parte em missão evangelizadora. Os índios, que trabalham na mina de esmeraldas do General Cabañas, entram em greve contra as más condições de trabalho e Maria vai ao encontro do responsável, Major Blanco, para negociar. Diante da determinação de Maria e preocupado com o destino da mina, o Major se vê obrigado a partir para a França, onde vive o General Cabañas, bon vivantque passa seus dias no Café Ratinho Preto, apreciando vinhos caros e a boa comida feita por Teresa. Convencido a retornar à Colômbia, Cabañas resolve persuadir Teresa a ir com ele, com a ajuda do astrólogo Zoggie, oferecendo à cozinheira um colar de cem esmeraldas.

A diplomacia de Maria, que tentará a solução mais pacífica para o impasse, faz com que a tribo prepare uma festa para a chegada do General. Inconformado, Pedro invade a festa com seu ônibus velho lotado por índios bêbados da tribo chivor e a confraternização acaba em briga. Pedro leva Maria para a floresta, enquanto os índios chivores roubam a imagem de Nossa Senhora. Quando os dois retornam, anunciam que irão se casar assim que Padre José retorne. No entanto, Maria é avisada sobre o furto da imagem. Furiosa por perceber que foi enganada por Pedro ao afastá-la da imagem, Maria cancela o casamento. Enquanto isso, um grande baile é preparado na fazenda de Cabañas e Teresa cuidará do banquete. Major Blanco orienta o General sobre o perigo de um levante dos índios e o aconselha a se casar com Maria para apaziguar a tribo e não perder sua mina de esmeraldas, assim como sabotar o ônibus de Pedro, que considera um insubordinado incorrigível. Teresa vê o General entregando à Maria o colar que ele lhe prometera e, furiosa, resolve empanturrá-lo de comida até a morte. Cabañas tem um ataque cardíaco e Teresa se apossa do colar.

O ônibus de Pedro cai do desfiladeiro e Maria reza para que seu amado tenha conseguido escapar. Padre José retorna à aldeia e Maria lhe conta tudo. Pedro aparece são e salvo para alegria de Maria e de todos mas sua recusa em aceitar que as preces de Maria o salvaram faz com que a jovem desista dele. Arrependido, Pedro reaparece na aldeia com a imagem de Nossa Senhora e pede Maria em casamento.

Os Intérpretes

Fred Silveira, tenor (Pedro)
O brasiliense Frederico Silveira tem formação erudita e estudou viola clássica com Juan Carlos Sarudiansky. Mais tarde, estudou canto com Bartira Bilego e depois com Francisco Frias e Denise Tavares. Participou das montagens das óperas ‘Aída’ (1995), ‘O Guarani’ (1996) e ‘Carmen’, ‘O Barbeiro de Sevilha’, ‘A flauta mágica’ (2000). Percorreu diversos países com o Madrigal-UnB, conduzido por David Junker, atuando também como regente-assistente. Foi solista na ‘Missa em Dó menor’, de Mozart; ‘Fantasia Coral’, de Beethoven, e ‘Te Deum’, de Brückner. Em musicais, participou de ‘Jesus Christ Superstar’, como Judas e Pilatos, em 1997, e Judas em nova montagem em 1999, sob a regência do maestro Marconi Araújo. Foi Marius na montagem brasileira de ‘Les Miserables’ (2000) e Jesus em ‘Godspell’, pelo qual recebeu o ‘Prêmio Qualidade Brasil 2002’ de Melhor Ator, na categoria musical. Em seu currículo estão ainda ‘O Fantasma da Ópera’, ‘My Fair Lady’, ‘West Side Story’ com o qual recebeu seu segundo ‘Prêmio Qualidade Brasil 2008’, novamente como Melhor Ator de Musical. Participou ainda de ‘Os Produtores’ e ‘Avenida Q’.

 

Rosana Lamosa, soprano (Maria)
Vencedora do Prêmio APCA de melhor cantora erudita em 1996 e do Prêmio Carlos Gomes, em 1999 e 2002, por sua carreira de destaque na música lírica, a carioca Rosana Lamosa fez sua estreia em 1989, em São Paulo, cantando ‘As bodas de Fígaro’, de Mozart. No exterior, debutou como solista ao lado da Stadttheater de St Gallen, Suíça. Cantou na ópera ‘Il Guarany’, em Lisboa; ‘Armide’, de Gluck, no Festival de Buxton, Inglaterra, e ‘Rigoletto’, em Detroit, além de ter excursionado pela Ásia e Austrália. No Brasil, participou de ‘La Traviata’, ‘Carmen’, ‘La Bohème’, ‘L’Elisir D’Amore’, ‘Don Giovanni’, ‘Manon’, ‘Anel do Nibelungo’, entre outras, e das estreias mundiais de ‘Alma’, de Claudio Santoro, e ‘A tempestade’, de Ronaldo Miranda. Como concertista, tem no currículo obras como ‘A Criação’, de Haydn, ‘Sinfonia nº 2, de Mahler, 9ª Sinfonia de Beethoven e ‘Te Deum’, de Dvorak.

Homero Velho, barítono (Padre Jose)
Natural de Ribeirão Preto, Homero iniciou seus estudos musicais aos 11 anos na Escola de Música de Brasília. Aos 20, ganhou uma bolsa de estudos da Indiana University School of Music, EUA, onde estudou durante sete anos. Entre as montagens que cantou, destacam-se os papéis mozartianos em vários festivais de ópera nos EUA. Após um período de trabalho na Europa, Homero retorna ao Brasil para participar do primeiro festival de ópera do Teatro da Paz, em Belém. Desde então tem feito parte das temporadas líricas de todos os importantes teatros brasileiros. Protagonizou a première de quatro óperas brasileiras em 2006. Em 2007, fez sua estreia na ópera de Colômbia. Em 2008, participou do Festival de Ópera de Manaus e da temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em maio de 2009, Homero fez seu debutnos Estados Unidos, em Detroit.

Inácio de Nonno, baixo-barítono (General Cabañas)
Com longa e premiada carreira lírica, o carioca Inácio de Nonno, Mestre em Música – Suma cum laude – pela UFRJ, para onde entrou em primeiro lugar em concurso público, tem em seu currículo um amplo repertório. Nele se incluem a música antiga, os lieds alemães, canções francesas, com ênfase para Ravel, Fauré e Poulenc, e a ópera, somando mais de 35 papéis, dentre eles o Fígaro, do ‘Barbeiro de Sevilha’, de Rossini; Germont, de ‘La Traviata’, de Verdi; e o Maestro de Música, de ‘Ariadne em Naxos’, de Strauss, tendo participado de mais de 30 primeiras audições mundiais. Já trabalhou com maestros como Eugene Kohn, Isaac Karabitchevsky, Gerard Devos, Kurt Redel, Roberto Duarte, Silvio Barbato, John Neschling, Armando Prazeres, Julio Medaglia, Roberto Tibiriçá, Jamil Maluf, entre muitos outros. Tem 18 cds gravados, todos dedicados à música brasileira, como o oratório ‘Colombo’, de Carlos Gomes, em que Inácio interpreta o papel-título e que lhe rendeu os prêmios Sharp e APCA de melhor disco clássico de 1998.

Luciana Bueno, mezzo soprano (Teresa)
Depois de iniciar seus estudos musicais em 1991 com Roberval Falleiros e Jacinta Karelisky, Luciana aperfeiçoou-se em técnica vocal sob a supervisão de Leilah Farah e estudou repertório operístico com Abel Rocha e Vânia Palhares. Venceu o Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência de Eleazar de Carvalho. Em 1996, ganhou uma bolsa da Fundação Vitae e, em 1999, venceu o Concurso Maria Callas. Aperfeiçoou-se na Itália com Pier Miranda Ferraro, em 2001, com bolsa cedida pelo programa ‘Bolsa Virtuose’ do Ministério da Cultura. Entre as óperas de seu repertório estão ‘Don Giovanni’, ‘Il Barbiere di Siviglia’, interpretando Rosina sob a direção de Enzo Dara; ‘Os Contos de Hoffmann’, ‘Falstaff’, Cavalleria Rusticana’, ‘Otello’ e ‘La Cenerentola’. Participou das estréias de ‘O Cientista’, de Silvio Barbato, e de ‘Poranduba’, de Edmundo Villani-Cortes, no papel da Mãe, no XI Festival Amazonas de Ópera. Apresentou-se na Royal Opera Canadá como Suzuki em ‘Madame Butterfly’. Como Carmen, na ópera homônima de Bizet, tem sido requisitada em montagens no Teatro Alfa, Teatro Amazonas, Palácio das Artes, Theatro Municipal de São Paulo e do Rio de Janeiro. No repertório sinfônico estão obras como ‘Gloria’, de Vivaldi; ‘Missa em Dó menor’, de Mozart; ‘Nona Sinfonia’, de Beethoven; ‘Messias’, de Häendel, e ‘Requiem’, de Verdi.

 

Murilo Neves, barítono (Major Blanco)
Formado pela Escola de Música da UFRJ, o carioca Murilo Neves estreou profissionalmente em 2000, no CCBB-RJ, com ‘Die Dreigroschenoper’, de Kurt Weill. Logo em seguida, cantou em ‘La Bohème’, de Puccini, no Festival Amazonas de Ópera. Em 2003, participou da estreia nacional de ‘Magdalena’, de Villa-Lobos, e de ‘Florencia en el Amazonas’, de Daniel Catán. Participou de ‘Madame Butterfly’, de Puccini, e do espetáculo infanto-juvenil ‘O Fantasma do Theatro’, que abriu a temporada 2002, ambos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda em 2002, cantou ‘Viva la Mamma’, de Donizetti, no CCBB-RJ, e na estreia da ópera ‘Anjo Negro’, de João Guilherme Ripper, no CCBB-SP, além de ‘Carmen’, no Teatro do CIC, em Florianópolis. No ano passado, cantou o oratório ‘Colombo’, de Carlos Gomes, com a Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Teatro João Caetano.

Sandro Christopher, barítono (Zoggie)
Cantor lírico e ator, o sul-matogrossense Sandro Christopher tem mais de 60 óperas em seu repertório, entre elas ‘La Boheme’ (Puccini), ‘Carmina Burana’ (Carl Orff), ‘A flauta mágica’ (Mozart), ‘La Traviata’ (Verdi), ‘Don Pasquale’ (Donizetti), ‘Carmen’ (Bizet), ‘Colombo’ e ‘Il Guarany’ (Carlos Gomes), ‘La Cenerentola’ (Rossini), tendo se apresentado em diversos países. Sandro desenvolve também intensa carreira como ator e cantor em peças, novelas e musicais, destacando-se ‘Ópera do malandro’ e ‘A Noviça Rebelde’, montagens de Claudio Botelho e Charles Möeller; a peça ‘Solteira, viúva, casada, divorciada’, com Lília Cabral; ‘A Ópera dos Três Vinténs’, de Brecht; ‘Império’ e ‘Os produtores’, de Miguel Falabella; o filme ‘Polaróides Urbanas’ e ‘Negócio da China’, também de Falabella; e em novelas como ‘Belíssima’, ‘A lua me disse’ e ‘A cor do pecado’, e nas minisséries ‘A diarista’ e, atualmente, em ‘A vida alheia’.

O Maestro

Luis Gustavo Petri

Um dos grandes nomes da regência no Brasil, Petri é compositor, maestro e diretor musical, transitando com igual sucesso pelo repertório sinfônico, óperas e musicais. Regente titular da Sinfônica de Santos, que ajudou a fundar em 1995, conduziu a estreia na América Latina da trilha original do filme ‘O Encouraçado Potemkin’, no Festival de Cinema do RJ, em 2005, à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira; a estreia brasileira da ópera ‘Candide’, de Bernstein, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro; o concerto da OSESP que contou com Shlomo Mintz como solista; a versão 2005 do Projeto Aquarius com a OSB, e o concerto de abertura da Bienal de Música Contemporânea, ambos no Rio. Esteve à frente das mais importantes orquestras brasileiras, como OSM-SP, OSESP, OSPA, OSP, OSB e Filarmônica de Manaus, com as quais apresentou-se com solistas como Nelson Freire, Antonio Del Claro, Céline Imbert, Linda Bustani, Fernando Portari, Rosana Lamosa, entre outros. Atuou como diretor musical de ‘My Fair Lady’, ‘Cabaret’, ‘West Side Story’, ‘Vitor ou Victoria’, ‘Lago 21’, ‘Parsifal’ e ‘Cidades Invisíveis’, para citar algumas das produções nacionais. Recebeu os prêmios Shell, APETESP e APCA, por sua atuação como compositor e diretor musical.

 

Serviço

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal

Programa: ‘Magdalena’

Música: Heitor Villa-Lobos

Libreto: Robert Wright e George Forrest

Versão em português: Cláudio Botelho

Regência da Orquestra Sinfônica e Coro do TMRJ: Luis Gustavo Petri

 

Participação: Coral Infantil da UFRJ

Regente: Maria José Chevitarese

 

Apresentando os solistas:

 

Fred Silveira, tenor – Pedro

Rosana Lamosa, soprano – Maria

Homero Velho, barítono – Padre José

Inácio de Nonno, baixo – General Cabañas

Luciana Bueno, mezzo-soprano – Teresa

Murilo Neves, barítono – Major Blanco

 

Participação especial:

Sandro Christopher, barítono – Zoggie

Dias 14 e 15 de agosto às 20h

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Praça Floriano, s/nº – Centro

Preços:

 

Plateia e balcão nobre – R$ 70,00
Balcão superior – R$ 50,00
Galeria – R$ 20,00
Frisas e camarotes – R$ 70,00 (por assento)
Desconto de 50% para estudantes e idosos

Classificação etária: Livre

Duração: 2 horas, com intervalo de 15 minutos

Informações: (21) 2332-9191 / 2332-9005

Ticketronic: 21 3344-5500 ou site www.ticketronic.com.br


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