A ansiedade para a noite do dia 14 era enorme, pois teríamos um show com duas participações que iluminariam ainda mais o palco: Preta Gil e Maria Gadú.
Ana Carolina chegou deslumbrante dando início ao show com “Pole Dance”, na companhia de seu trio sucesso: Leonardo Reis, Dunga e Mikael Mutti, que comemorou o aniversário em grande estilo, já que pôde ouvir o público cantando “Parabéns a Você”, antes do duelo de pandeiros.
O show corria na euforia de sempre, agitando e seduzindo com hits como: “Cantinho”, “Libido” e “Eu Comi a Madona”, acalmando o ritmo das canções anteriores com “Combustível” já para engatar com a primeira participação: Preta Gil.
Preta entrou no palco muito simpática e sorridente, já sabíamos que nos reservava grandes risadas e uma performance incrível das canções “Sinais de Fogo”, além da sintonia e até o improviso de Ana ao fazer trocadilhos na letra da música “Stereo”, tirando sorrisos maliciosos e gritos histéricos de suas fãs.
Após esse momento de descontração, fomos levados a uma grande emoção por Ana, que demonstrou estar embargada nos últimos versos do medley “Confesso/Trancado/ Nua/ Pra Rua Me Levar”, mas como sempre, em seus shows temos no percurso várias emoções. Se até então estavamos aos ‘prantos’, agora nossos semblantes contavam com sorrisos ao ouvirmos sua versão de “É hoje”, que ficou impecável em sua voz ganhando um ar diferente dos acordes. Era somente para pegarmos fôlego, pois em seguida perderíamos o ar na participação de Gadú, cantando e encantando em “Mais Que a Mim” e “Reis”, sentimos a emoção em cada letra pronunciada e na troca de olhares entre elas.
Na pandeirada, a versatilidade foi posta a prova quando Ana teve que se superar para acompanhar o mestre Léo Reis, mas demonstrou que sua performance arrebatadora é feita de desafios e brilhantemente finalizou em meio a risadas. O ápice do show já estava próximo, um dos momentos para estar ainda mais perto da Ana: o famoso camarim? Também, mas este não está incluso dentro do show. Refiro-me ao instante que apenas um palco nos separa, talvez alguns seguranças, mas não desta vez, somente o alto palco mesmo.
Assim que Ana começou a cantar “Rosas” já chamava os seus calorosos fãs para junto de si, momento em que recebeu presentes, como buquê de rosas, cesta e pediu vários objetos destinados a mesma. No momento em que brincou com chapéu, tiara da Minnie iluminado, bastões piscantes, nada foi capaz de ofuscar o seu brilho. Foi de encontro a bandeira com as cores do arco íris, autografou uma e pegou outra a qual brincou, colocou em sua cabeça lhe cobrindo o tronco, agora a “cantautora” mais amada encontrava-se coberta de liberdade e respeito, sua bandeira estava em sua cabeça, em sua música. Sua preocupação era em não cair ao passar na beirada do palco, pelas mãos que duelavam para tocarem o seu pé, sua perna, sua mão estendida. Seu sorriso encantava ainda mais a todos, divertiu-se com as plaquinhas que um de seus fã clubes (Beatos da Ana) disponibilizaram no clima da brincadeira do “eu nunca” que a mesma faz na nova turnê Solo.
Como de costume se despediu do público e saiu do palco, as luzes se apagaram insinuando um fim. Entrentanto, retornou ao palco com algumas toalhas pretas em mãos, anunciando que o fim estava próximo, ao som da música “É isso aí” e de uma nova batalha na platéia, desta vez o objetivo não era mais tocar a dona de tão bela voz e sim as toalhas que ela se secava e arremessava. E o verso “eu não sei parar de te olhar” causou sentimentos antagônicos, pela tristeza do término e também pela invasão de imensa alegria por termos presenciado mais um grande show de emoções, risadas, encantos e descobertas de nós mesmos pela tradução feita por alguém que muito nos entende: Ana Carolina.
As luzes se apagaram, as cortinas se fecharam, o show terminou e o sonho que são seus shows também. Até vir o próximo e começar tudo de novo.
Por FC Beatos da Ana
Crédito da foto de destaque: Raphael Castello