A banda paulistana Aurodharma segue promovendo seu primeiro disco de estúdio intitulado “Cabeça do Tempo”, lançado em todas as plataformas de streaming. A banda que teve início em 2018, surgiu do interesse em comum dos integrantes, em fundir suas influências sonoras contextualizadas nos clássicos sons do rock assim como as sonoridades contemporâneas desse estilo.
Confira “Cabeça do Tempo”:
O grupo formado por Martin Pent (Vocal e Guitarra), Sid Vitor (Vocal e Guitarra), Luke Duarte (Baixo) e Marcelo Pucci (Bateria), compõe músicas com conteúdo que gritam sobre a introspecção e o cotidiano que permeia a mente humana de um modo geral, trazendo uma abordagem sonora que bebe da fonte do rock anos 90. Uma das características marcantes vem da forma de como o grupo tempera as letras que falam das várias temáticas que transcendem o ser humano junto a uma harmonia com guitarras espaciais, que passeiam pelas suavidades e peso do baixo e da bateria ao beber na fonte grunge e rock alternativo.
O disco que contém nove faixas apresenta uma pegada de rock clássico, southern rock, grunge e rock alternativo, remetendo a emoções fortes, riffs precisos , batida harmoniosa e vocal marcante. “Cabeça do Tempo” é um disco maduro e que mostra toda a potência da banda, revigorando o cenário nacional do gênero.
Conversamos com a banda sobre o processo de gravação e composição do disco, influências musicais, pandemia de covid 19, entre outras curiosidades. Confira a entrevista!
De onde surgiu o nome “Aurodharma”?
O nome da banda foi uma criação do nosso baterista, Marcelo Pucci, onde “Aura” representa o campo de energia extrafísica que envolve todos os indivíduos, e “Dharma” possui diversos significados, sobretudo nas religiões e filosofias orientais, onde pode resumido como “ação”, seguido do “Karma” que seria a reação. Uma ação boa, traz uma reação equivalente, e vice-versa. Adotamos “Aurodharma” para nos representar, pois soa mais legal do que “Auradharma”.
Como a banda surgiu?
A banda teve sua semente plantada em 2018, quando eu (Martin) e Sid nos conhecemos e começamos a colaborar musicalmente. A partir disso, foi necessária a criação de um novo projeto, para que fosse possível explorar as influências musicais distintas de cada músico. Marcelo Pucci assumiu as baquetas em 2019, o baterista permanece até hoje. Após uma mudança de formação, a cozinha foi fechada com Luke Duarte no baixo.
A banda lançou recentemente o disco “Cabeça do Tempo”. Como foi o processo de composição e gravação desse material?
As composições começaram em 2018 comigo e o Sid Vítor. Foram refinadas e ensaiadas com o resto da banda, onde cada um deu sua personalidade para as ideias iniciais. Após bastante preparo, escolhemos o estúdio Dual Noise, comandado pelo Rogério Wecko, para produzir nosso primeiro álbum. Gravamos em home estúdio as guias, e levamos para a gravação de bateria. Com as percussões finalizadas, foi a hora da gravação dos contrabaixos, gravados por Sid e eu, pois a posição de baixista ainda estava vaga na época. Finalmente as vozes foram captadas, com o máximo de preparo, para que fosse possível expressar o tanto que as músicas significaram para a banda.A mixagem foi realizada também pelo Rogério Wecko (Laboratori, Nem Liminha Ouviu), onde foi preservada a essência da execução e a alma das músicas.
O disco lançado foi muito bem recebido pela mídia especializada nacional e internacional. Como a banda está vendo esse feedback tão positivo do material lançado?
Sempre dá aquele frio na barriga quando se lança algo novo, mas a boa repercussão nos deixou bem contentes. Fazemos nossa arte, como ela surge para nós, das profundezas de nossa alma. Quando alguém se identifica com isso é como se, por um momento, pudéssemos perceber que, apesar de nossas diferenças, no fundo somos todos iguais.
Suas músicas demonstram intensidade e entrega por parte da banda. Existe alguma composição que seja mais especial para vocês?
A nossa intenção é sempre tratar cada música como um single, mas é inevitável que cada integrante tenha sua favorita. Pessoalmente, um dos sons que mais me emociono ao ouvir/tocar é a “Divã”, que possui um significado muito intenso para mim.
Quais as bandas e fontes artísticas que inspiram o som da banda?
Cada integrante tem uma influência distinta, porém nosso ponto de encontro musical provavelmente se dá nos anos 90, com a explosão do grunge. Com certeza bebemos dessa fonte, porém vocês vão encontrar referências desde Blues, Beatles, Black Sabbath, até sons mais pesados e densos.
Como vocês estão lidando com a pandemia de covid 19? Que tipo de interação a banda está tendo com o público nesse momento de pandemia?
Nesse momento tão delicado, onde cada notícia pode ser um choque, acredito que todos estão bastante apreensivos. Nós do Aurodharma estamos fazendo nosso melhor para cuidarmos de nossa saúde e continuarmos produzindo. Desta forma, shows presenciais ainda não estão em nossos planos, até que a situação esteja dentro do controle. Por isso nossa interação é feita, como muitas bandas, de forma virtual, através do nosso Facebook, Instagram, Youtube, etc. Gravamos algumas entrevistas, com destaque para a realizada pela Soninha Francine (Ex VJ da Mtv). Realizamos uma live session no Estúdio Dual Noise para o evento Punktober Fest e fizemos uma apresentação transmitida ao vivo na Casa de Cultura de Butantã, com apoio da Prefeitura de SP.
Podemos esperar clipe, single ou disco novo em breve?
O Material ao vivo na Casa de Cultura, está sendo remasterizado e será lançado com melhor qualidade em breve. Estamos trabalhando no clipe do nosso segundo single, a música Divã, que deverá ser finalizado no segundo semestre deste ano. Estamos também na etapa de pré-produção do nosso segundo disco. As gravações do nosso próximo trabalho chamado “Denso”, tem previsão para serem iniciadas também no segundo semestre, e o lançamento ainda não foi definido, porém tudo indica que ocorra em 2022.