Desde que foi criado em 2002, o grupo multinacional Bajofondo – formado por quatro argentinos e quatro uruguaios – percorreu uma trajetória impar. Lançou quatro álbuns (incluindo um de remixes), ganhou um Grammy e vários outros prêmios, revolucionou um gênero musical tido até então como intocável, vendeu milhares de cópias em todo o mundo, ganhou fama internacional, para muito além das fronteiras da língua original. No Brasil ficaram famosos quando a canção Pa´Bailar foi escolhida como tema de abertura da novela “A Favorita”.
De volta à estrada em uma turnê mundial para o lançamento de seu quarto CD, Mar Dulce, o Bajofondoretorna ao Brasil em maio para três apresentações: eles estarão em São Paulo no dia 7 de maio, no palco do Via Funchal, dia 8 de maio em Brasília, no Teatro Nacional Claudio Santoro: Sala Villa Lobos, dia 9de maio no Rio de Janeiro, no Vivo Rio e dia 10 de maio no Teatro do Bourbon Country, em PortoAlegre.
Criado pelo produtor argentino Gustavo Santaolalla com o uruguaio Juan Campodónico, o Bajofondolança seu CD “Mar Dulce” agora sem o adendo Tango Club no nome. Segundo o produtor a intenção é explícita: internacionalizar o som do grupo, que também pode ser chamado de coletivo, e aproximar seu contato com outros gêneros, que vão desde os ritmos tradicionais latino-americanos, até o pop e a música eletrônica. A crítica internacional tem sido toda elogios para o novo álbum e para o show, que está na estrada desde dezembro. E que os brasileiros vão poder agora conferir.
O Grupo
Embora pioneiro do que se conhece em todo mundo pelo nome de “tango eletrônico”, o Bajofondo não considera que essa definição seja apropriada para sua música. O projeto que recebeu o nome de Bajofondo Tango Club, inicialmente foi uma aliança de produtores, músicos e cantores que tomou forma no estúdio de gravação, processo que culminou com o lançamento de seu primeiro álbum. Com o passar do tempo e das múltiplas excursões, esse grupo de artistas, com destacadas trajetórias individuais, foi convertendo-se em uma autêntica banda cujas performances ao vivo causam sensação em todo mundo. E à medida que a música do Bajofondocresce, evolui e se expande, a denominação “tango eletrônico” se torna cada vez mais insuficiente.
Gustavo Santaolalla tem uma explicação muito concreta para isso: “Nós não gostamos do rótulo ‘tango eletrônico’, porque não consideramos o que fazemos nem tango, nem eletrônica. Achamos que fazemos música do Rio da Prata, e que se querem fazer uma música que represente o som atual de lugares como Buenos Aires e Montevidéu – pelo menos pra nós -, obviamente gêneros como o tango, a murga (banda de músicos ambulantes), a milonga e o candombe vão estar presentes, porque fazem parte do mapa genético-musical desse lugar do mundo. Mas também fazem parte desse mapa e da história desse lugar, os 40 anos de rock argentino e uruguaio, o hip-hop e a eletrônica.”
Seu primeiro trabalho, Bajofondo Tango Club, foi também o primeiro lançamento da VIBRA, a divisão do selo SURCO dedicada a investigar no campo da eletrônica e suas intercessões com as diversas vertentes da música latino-americana. O álbum, lançado em Novembro de 2002, causou rapidamente um rebuliço na Argentina e em todo mundo pela originalidade de sua proposta, suas músicas que eram igualmente ouvidas em clubs e milongas.
O trabalho recebeu o Prêmio Gardel como “Melhor álbum de música eletrônica” na Argentina, onde alcançou a categoria platina triplo, e ganhou um Grammy Latino como “Melhor álbum instrumental pop”. O disco já vendeu mais de 300 mil unidades em todo mundo. Depois de lotar o Teatro Oriente (Chile), o Teatro Ateneo (Argentina) e a Sala Zitarrosa (Uruguai), o coletivo foi convidado a participar dos festivais Pirineos Sur (Espanha), Creamfields (Argentina) e Mostra Sesc (Brasil). Supervielle, o segundo disco, ganhou um novo Prêmio Gardel como “Melhor álbum de música eletrônica”. O inesquecível show no Teatro Solís de Montevidéu foi registrado e lançado em 2006 no DVD Bajofondo Tango Club presenta: Supervielle en el Solís.
Em 2005 foi lançado o Bajofondo Remixed, composto de remixes de músicas dos álbuns Bajofondo Tango Club e Supervielle, produzidos por DJs europeus, uruguaios e argentinos em Buenos Aires, Montevidéu, Córdoba, Paris e Nova York. O disco inclui remixes de Alexkid, Romina Cohn, Marcello Castelli, Capri, Lalann, Bad Boy Orange, Mercurio, OMAR, Boris Dlugosh, Twin, Calvi & Neil, Androoval, Nortec e Zuker, entre outros. Bajofondo Remixed ganhou um Prêmio Gardel como “Melhor álbum de música eletrônica”, que se somou aos recebidos anteriormente por Bajofondo Tango Club e Supervielle.
Durante os últimos cinco anos, o Bajofondo excursionou incessantemente por todo o mundo, participando dos principais festivais de world music e eletrônica como o Roskilde (Dinamarca), o Womad (Inglaterra), o Cactus Festival (Bélgica), o Pirineos Sur Festival (Espanha), o Pohoda (Eslováquia), bem como em aproximadamente 15 países da União Européia. A banda já fez duas turnês nos Estados Unidos, culminando a de 2006 no prestigioso Lincoln Center de Nova York. Durante o ano de 2007, o Bajofondo se apresentou em Londres (Barbican Center), Bruxelas, Amsterdã e Rio de Janeiro
Com tantas excursões e o consequente entrosamento, o que no começo era uma combinação de programações e samplings com instrumentos acústicos e elétricos – com certa preponderância do primeiro – o Bajofondo converteu-se em uma banda onde praticamente tudo é interpretado ao vivo, com uma porcentagem mínima de sequências e programações. Atualmente, o grupo tem oito integrantes, sendo 7 músicos e uma VJ, que dispara imagens em tempo real junto com a música.
Consequentemente, com a expansão musical do grupo, que começou a integrar também elementos do folclore latino-americano em suas apresentações, ao lançar um novo álbum, eles decidiram prescindir do “Tango Club” e abreviar seu nome para Bajofondo simplesmente. A mudança na denominação, de impacto imediato, é o fiel reflexo do caminho seguido pela música do grupo.
Bajofondo é:
Gustavo Santaolalla: guitarra, percussão, voz, coros
Juan Campodónico: programação, beats, samples, guitarra
Luciano Supervielle: piano, teclados, scratch
Javier Casalla: violino
Martín Ferrés: bandoneom
Gabriel Casacuberta: contrabaixo, baixo elétrico
Adrián Sosa: bateria
Verónica Loza: VJ, voz
Gustavo Santaolalla
Provavelmente, o termo que melhor define as múltiplas áreas onde Gustavo Santaolalla desenvolve seu trabalho, seja “visionário”: cantor, compositor, produtor, guitarrista, intérprete de charango e ronroco, descobridor de talentos, diretor de um selo fonográfico e de uma editora. Sua visão, firmemente ligada à busca da identidade, percorre toda sua busca, desde o começo de sua carreira aos 16 anos. Integrou os grupos Arco Iris, Solana, e Wet Picnic nos Eua. Em 1997, funda seu próprio selo SURCO, e obtém sucesso internacional logo na estréia com a venda de 2 milhões de discos do grupo mexicano Molotov. Sua carreira como compositor de trilhas sonoras, é uma das mais bem sucedidas da atualidade, já tendo ganho inúmeros prêmios, entre eles o BAFTA e o Globo de Ouro, e ainda, por 2 anos consecutivos, o Oscar da Academia de Hollywood por “O Segredo de Brokeback Mountain” e “Babel”. Entre os vários prêmios e distinções recebidas por Gustavo se destacam, além dos já mencionados, o Prêmio Gardel, o Konex de Platina, Personalidade do Ano (CAPIF), e múltiplos Prêmios Grammy em diversas categorias.
Juan Campodónico
Juan Campodónico vem trabalhando desde os anos 90 com um pé na música global contemporânea e outro na música do Rio da Prata. Em meados dos anos 90, junto a músicos como Carlos Casacuberta e Fernando Santullo, criou a Peyote Asesino, a primeira banda no Uruguai a juntar hip-hop com rock contemporâneo. O grupo exerceu grande influência sobre outros grupos e chamou a atenção de Gustavo Santaolalla, que produziu em Los Angeles o segundo disco da banda. Quando Santaolalla teve a idéia de criar o Bajofondo Tango Club, sabia que Campodónico seria seu sócio perfeito. Por sua vez, Juan continuou produzindo várias bandas no Uruguai. Os trabalhos mais recentes de Campodónico incluem a produção dos últimos discos de Jorge Drexler, Cuarteto de Nos, La Vela Puerca, além de remixes para Tom Jones e Badfellas, e a trilha sonora do filme Shrek II. Paralelamente, Juan vem desenvolvendo seu lado DJ sob o pseudônimo Campo.
Luciano Superviell
Luciano Supervielle nasceu na França, viveu no México e agora divide seu tempo entre Espanha, França e Uruguai, mas sofre uma inegável influência do Rio da Prata, sintetizando suas influências culturais de hip-hop, tango, rock e música uruguaia, num estilo que conjuga sua maestria nos teclados e nas bandejas, e como arranjador. Sua carreira profissional começou no Uruguai com o grupo de hip-hop Plátano Macho. Posteriormente, passou a integrar a banda de Jorge Drexler. Supervielle é o integrante mais jovem do Bajofondo, onde encontrou a plataforma ideal para desenvolver sua criatividade e fortalecer sua identidade musical. Na Argentina recebeu o Prêmio Gardel como melhor disco de música eletrônica.
Javier Casalla
Javier Casalla é um dos violinistas mais extraordinários surgidos na última década. Seu pai Eduardo, é um dos bateristas mais reconhecidos do jazz argentino. Em 1983 começou seus estudos de violino. Foi contratado para a fila dos primeiros violinos da Orquestra Filarmônica de Buenos Aires. Em 1992 ganhou o concurso para desempenhar o papel do sexto primeiro violino da Orquestra Sinfônica nacional, posto que ocupou até 1998. Paralelamente, desenvolve uma intensa atividade no âmbito da música popular, tocando ao vivo e gravando com uma grande quantidade de artistas do tango, rock e folclore. Além de seu desempenho como violinista no Bajofondo, Javier participa dos grupos do cantor Cristóbal Repetto e Luciano Supervielle, e do Café de los Maestros, projeto que reúne as maiores glórias vivas do tango. Em 2006, lançou seu primeiro disco solo, Javier Casalla. Também trabalhou em trilhas sonoras como “21 Gramas”, “Tango”, “Sol de Outono” e “Diários de Motocicleta” entre outras.
Martin Ferres
É um dos poucos bandeonistas que estão na encruzilhada entre a tradição e a música experimental de vanguarda. Influenciado pelo minimalismo e as novas tendências da música, como pelos clássicos do tango, sobretudo Astor Piazzolla, Martín se caracteriza por seu estilo único no bandoneom e por estar conectado desde sempre com a música hipnótica e dançante. Compõe música para teatro e dança. Seus trabalhos têm sido interpretados nos principais cenários da Argentina, incluindo o Teatro Colón em Buenos Aires. É membro do Fundo Nacional de Artes.
Adrian Sosa
Começou sua carreira como músico em Buenos Aires aos 13 anos, como baterista de várias bandas, e a partir daí entrou nos campos da composição e produção à frente de diversos projetos. Com um deles, B-Cool, ganhou um prêmio de música na Bienal de Arte Jovem de Buenos Aires, em 1994. Três anos mais tarde, se mudou para Los Angeles onde percorreu todo o circuito de clubes de Hollywood com bandas como Staff, Lure e P-Tones. Nessa época conheceu Gustavo Santaolalla e passou a fazer parte do selo Surco. Produziu artistas como Flor na Argentina e Liquits no México; ganhou um Prêmio Gardel pela direção artística do álbum Bajofondo Remixed e criou seu próprio projeto intitulado Cahuenga, com o qual lançou um EP no México em 2006. Depois de gravar todas as baterias em Mar Dulce, Adrián se juntou a formação do Bajofondo como integrante estável do grupo.
Veronica Loza
Veronica é uma artista que faz a conexão entre o cênico e o musical. No novo álbum do Bajofondo, Mar Dulce, Veronica compôs e cantou a faixa “Tuve Sol”. Veronica nasceu em 1973 em Montevidéu, foi light designer, figurinista e cenógrafa desde 1996. Alguns de seus múltiplos projetos de luz incluem “La fuerza de la costumbre” (2003), “Cenizas”(2003), “Nous, les Héros” (2002), “El sueño y la vigilia” (2001), “Banderas en tu corazón” (2001), “Ayax” (2000), “Maculino Femenino” (com apresentações locais e internacionais entre 1997 e 1999). No campo musical participa dos shows e turnês internacionais do Bajofondo desde 2003, além de Jorge Drexler e da banda Peyote Asesino, entre outros.
Serviço
São Paulo
Data: 07 de maio de 2009 (quinta-feira)
Horário: 21h30m
Local: Rua Funchal, 65 – Vila Olimpia
Abertura da casa: 19h30m
www.viafunchal.com.br
Horário da bilheteria: das 12h às 22h (de segunda à domingo)
PREÇOS
Plateia VIP: R$ 220,00
Plateia 1: R$ 180,00
Plateia 2: R$ 130,00
Plateia 3: R$ 90,00
Plateia Lateral: R$ 60,00
Mezanino Central: R$ 120,00
Mezanino Lateral: R$ 90,00
Camarote: R$ 220,00
Cartões de Crédito: Visa, Mastercard e Diners
Cartões de Débito: * Visa Electron.
*Somente em nossa bilheteria.
Estudantes tem direito a 50% de desconto no valor do ingresso em qualquer setor da casa.
Os ingressos de estudantes são vendidos apenas nas bilheterias da Via Funchal.
INFORMAÇÕES E VENDA
www.viafunchal.com.br
(11) 2198-7718 (Call Center)
Brasília
Data: 08 de maio de 2009 (sexta-feira)
Horário: 21h
Local: Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional
Abertura da casa: 20:30h
Capacidade: 1.300 lugares
Duração: 120 min.
Informações e compra de ingressos: (61) 3325 – 6240
Pontos de venda: Bilheteria do Teatro
PREÇOS:
R$ 300,00 (inteira) / R$ 150,00 (meia-entrada para estudante, professor, idoso)
Censura: 14 anos
Rio de Janeiro
Data: 09 de maio de 2009 (sábado)
Horário: 22h
Local: Vivo Rio
Av Infante Dom Henrique, 85
Abertura da casa: 20h30m
Capacidade: 2.000 lugares
PREÇOS:
Camarote A: R$ 220,00
Camarote B: R$ 120,00
Frisas: R$ 60,00
Setor VIP: R$ 220,00
Setor 1: R$ 180,00
Setor 2: R$ 130,00
Setor 3: R$ 90,00
Censura: 16 anos desacompanhado dos responsáveis
Menores de 12 anos pagam meia-entrada e crianças de colo até 1 ano e 8 meses não pagam.
Porto Alegre
Data: 10 maio de 2009 (domingo)
Horário: 20h
Local: Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80 – 2º andar)
Censura: 14 anos
Ingressos 1º Lote Promocional:
Início das vendas: dia 15 de abril
Pista promocional R$ 60,00
Pista R$ 80,00
Pista VIP R$ 250,00
Camarote R$ 200,00
Platéia Alta R$ 150,00
Mezanino R$ 140,00
Galerias R$ 120,00
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