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Carlos, Midiorama por 1 dia, conta sua experiência no show do ídolo John Mayer


27 de outubro de 2017

Pela segunda vez, John Mayer se apresenta no Rio de Janeiro, cidade onde fui Born and Raised – peço desculpas, foi ruim essa. Há 10 anos esse cara é, de longe, o músico que mais ouço. Talvez porque suas músicas meio que dialoguem com certos momentos e pessoas da minha vida, e durante o show, para mim, foi difícil não pensar em família enquanto escutava “Stop this Train” ou “In the Blood”, nas responsabilidades da vida enquanto rolava “No Such Thing”, ou na mulher que eu amo em “Slow Dancing In a Burning Room”.

O show trouxe o melhor da musicalidade dele, e mostra um músico em constante evolução e disposto a apostar em coisas novas, sem deixar de lado elementos que vimos lá em 2013, quando ele pisou aqui no Brasil pela primeira vez. De repente, ele saca da manga “Split Screen Sadness”, uma relíquia que acho que ninguém esperava ouvir hoje. Aconteceu o mesmo em 2013 quando ele tocou “Wheel”, aquele tipo de música incrível que fica escondida na última faixa do disco e que poucos conhecem. Depois, ele adiciona alguma brasilidade à magnífica “Daughters”. De repente, está ali o John Mayer Trio, que privilégio testemunhar isso. As músicas novas estão ali também, tirando o espaço de alguns clássicos que fizeram falta. Ninguém reclama, à medida que o repertório vai aumentando, isso é normal. De repente, tá a arena inteira iluminada durante “Gravity”. Aquele final que já conhecemos mas que não deixa de ser incrível.

As luzes da arena se acendem. Todos ao meu redor estão eufóricos, afônicos ou agarrados às pessoas que amam. A música tem esse poder, e o John, claro, sabe disso. No entanto, eu acho que ele nunca esperava se deparar com um público como o brasileiro. Escutávamos essas músicas muito antes de imaginar que existiria uma turnê em nosso país, e dá pra ver como ele se surpreende enquanto o público as canta, uma por uma. É incrível poder ser parte disso, ver quanto nós podemos ensinar para um cara que acaba de fazer 40 anos e que, de uma forma ou de outra, faz parte da vida de todo mundo que está ali. Ele agradece e agradece. Nós também.

28 de Outubro de 2017

Já começa a contagem regressiva para o próximo encontro.

Obrigado, John. Que essa parceria perdure, volte sempre.

Por Carlos Coutinho, escolhido como Midiorama Por 1 dia no show


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