Depois de uma concorrida estreia no Rio de Janeiro, com um público que lotou o Vivo Rio e que aplaudiu o espetáculo em cena aberta dezenas de vezes, o público terá uma nova chance de assistir ao musical “Cazas de Cazuza” no Rio de Janeiro. Ele retorna ao palco do Vivo Rio no dia 04 de dezembro para uma nova apresentação, com ingressos já à venda em vivorio.com.br/.
Na próxima quarta-feira, dia 1 de dezembro, Dia Mundial do Combate à AIDS, o elenco do espetáculo irá se unir a Lucinha Araújo em um ato que devolverá o óculos roubado da estátua de Cazuza no final do Leblon.
Celebrado como um espetáculo inovador e uma genuína ópera rock desde sua estreia, em 2000, a nova montagem, com novo elenco, provou que, assim como as canções do poeta, “Cazas de Cazuza” está mais atual do que nunca. O espetáculo ganhou uma nova força, impulsionado pela crise social, financeira e humana que o país atravessa, que deu a seu roteiro, suas músicas e a sua história um peso de atualidade. “Cazas de Cazuza é um marco, bonito e muito atual”, celebrou Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor.
Já se passaram 31 anos desde que Cazuza, um dos maiores poetas da história da música brasileira, nos deixou. Suas letras e canções, sua imagem irreverente e, principalmente, sua mensagem, deixaram uma marca e um legado único na história da MPB, transformando-o em um ícone jovem, cuja obra transcende o tempo e permanece viva.
“Cazas de Cazuza”, tributo escrito e montado em 2000, na virada do milênio, por um grupo de jovens artistas, tendo à frente o diretor e compositor Rodrigo Pitta, foi uma das maiores homenagens já prestadas a esse artista ímpar. O espetáculo se transformou em um grande sucesso e teve uma enorme repercussão, sendo visto por mais de 80 mil pessoas.
Em dois atos, o musical mostra a história de oito personagens, Mia, Enrico, Justo, Bete, Deco, Vera, Ernesto e Dornelles, que vivem no Baixo Leblon, no Rio de Janeiro, abordando temas como preconceito, sexo, drogas, amor e desemprego presentes nas 20 músicas de Cazuza, entre elas “O Tempo não para”, “Pro Dia nascer Feliz”, “Um Trem para as Estrelas”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Bete Balanço” e “Brasil”.
Essa nova montagem de “Cazas de Cazuza” deveria ter estreado em 2020, como parte das comemorações dos 30 anos da morte do poeta.
Com participação especial de Paulinho Serra, que viverá Dornelles, os papéis principais serão interpretados por Fernando Prata (Enrico), Yann Dufau (Deco), Jade Baraldo (Bete Balanço), Leandro Buenno (Justo), Julianne Trevisol (Mia), Janamo (Vera) e Alexandre Damascena (Ernesto).
Dois componentes do elenco da versão original estão participando da nova montagem, entre eles o ator Fernando Prata, que interpretou Enrico em 2000, e volta a viver o papel do poeta desempregado 21 anos depois. A versão 2021 tem ainda como Diretor Musical o cantor e compositor Jay Vaquer que fez parte do elenco da montagem original no papel de Justo.
Além da apresentação carioca, “Cazas de Cazuza” também foi escolhido como uma das principais atrações da programação do festival itinerante “Rock Brasil – 40 anos”, que acontece no CCBB. A versão adaptada para o festival já foi vista no Rio e tem datas marcadas para os dias 16 e 17 de fevereiro de 2022 no CCBB Belo Horizonte; 31 de março e 1º de abril no CCBB São Paulo e 26 e 27 de maio no CCBB Brasília.
Lucinha Araújo e a volta de Cazas de Cazuza:
O Espetáculo
Escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, então com 22 anos, “Cazas de Cazuza” chamou atenção por apresentar uma genuína e pioneira “ópera-rock” nacional com arranjos e textos inéditos, que ousava transformar canções de rock emblemáticas em um musical “estilo Broadway”, muito antes do Brasil ter se transformado em um polo consumidor e criativo de espetáculos do gênero.
Com arranjos vocais e instrumentais de Daniel Salve, a versão original contava com um elenco afiado e afinado, formado por atores e cantores desconhecidos da mídia, do teatro ou da TV, foi outro fator que fez o espetáculo se transformar em um fenômeno e lotar grandes casas de espetáculo e teatros como o Tom Brasil em São Paulo e o Canecão no Rio de Janeiro por várias semanas. No elenco original estavam Jay Vaquer, Lulo Scroback, Debora Reis, Rosana Pereira, Bukassa Kabenguele, Fernando Prata e Vanessa Gerbelli.
“Cazas de Cazuza” causou “furor” como se dizia antigamente,foi fenômeno de público e teve excelentes críticas, reuniu em sua platéia uma gama impressionante de personalidades como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Marilia Pera, e seu elenco foi convidado para se apresentar em programas como os de Fausto Silva, Jô Soares e Hebe Camargo, entre muitos outros lideres de audiência. Por onde passou, o espetáculo ganhou destaque na capa de jornais, chegou a virar tema de tese em universidade e, até hoje, é grande o número de pessoas que gostaria de revê-lo ou assisti-lo pela primeira vez.
Ouça a trilha original:
Em menos de 50 apresentações, “Cazas de Cazuza” realizou o sonho de jovens desconhecidos mas, desde então, nunca mais foi assistido. Sua trilha sonora, agora disponível nos serviços de Streaming, foi lançada em CD pela SOM LIVRE, fato raro na época, para uma produção teatral nacional. Em escolas de teatro musical como a CEFTEM, no Rio de Janeiro, o espetáculo é cultuado por uma geração que nem havia nascido quando foi montado.
Cazas de Cazuza foi a primeira grande homenagem feita a Cazuza e agora, 21 anos depois, ainda é tão atual! Eu fui ver todos os dias no Canecão e a cada dia era uma nova emoção. Não é uma biografia, não é um filme, são variações sobre um mesmo tema falando das várias facetas do Cazuza. É um musical muito bonito e vocês não podem perder, corram para comprar os ingressos”, declara Lucinha Araújo, Presidente da Sociedade Viva Cazuza e mãe do cantor.
“Pelos padrões do formato original, Cazas de Cazuza é um musical competente (…) A direção consegue fazer com que a tradução das canções para o palco tenha a relevância da sua poética de beleza agressiva e de delicadeza ácida. “ Macksen Luiz (Jornal do Brasil em 18.03.2000)
“O espetáculo, em si, é muito bom.O diretor Rodrigo Pitta foi muito feliz na intenção de inserir os versos contundentes de Cazuza num universo ficcional. O encaixe é perfeito..” Mauro Ferreira (Jornal O Dia em 18.03.2000)
“Cazas de Cazuza é também- o que é até espantoso numa encenação tão ligada ao modelo Broadway- Um espetáculo de cor nacional, de um Brasil oprimido de cidade grande. Impressiona a fusão alcançada entre as letras e a trama, mas sobretudo, é de fazer inveja a elevada a qualidade dos números musicais.” Nelson de Sá (Folha de São Paulo – 5/2/2000)
Depoimentos sobre o Musical:
Frejat
“Gostei muito e o mais curioso é que conheço os motivos pelos quais as músicas foram feitas e, na peça, elas são usadas em situações totalmente diferentes. É por isso que tantas pessoas se identificam com as letras” Frejat para ShowBizz, (02/2000)
“Cazas de Cazuza é uma produção da melhor qualidade, esse é um tipo de trabalho que quase não se faz no Brasil..Eu fiquei muito emocionado, assim como acho que vão ficar os amigos do Cazuza e todas as pessoas que conhecem sua obra” Frejat para Revista Programa JB 17/3/2000
“Foi uma emocionante noite de “flashbacks”. Pela primeira vez, a obra de um compositor brasileiro é tratada de forma inovadora. O Pitta pegou o imaginário de Cazuza e transformou numa peça” Frejat para Mauro Ferreira ( Jornal O Dia,07.02.2000)
Ezequiel Neves
E Cazuza Gostaria? – “Ele adoraria. Identifiquei o Cazuza na problemática dos personagens. Ele está em todos esses tipos que sempre vão existir” Ezequiel Neves, produtor e parceiro de Cazuza para O Globo em 19/12/99
“É um musical nos moldes da Broadway com composições do Cazuza.A ação é realmente impulsionada pelas canções, gostei bastante. Acho que o próprio Cazuza gostaria da montagem”. Ezequiel Neves , Revista Programa JB 17/3/2000
Lucinha Araújo
“Achei muito digna a forma com que eles abordaram a obra do Cazuza. (…) Eu me emocionei muito durante o espetáculo, o que não é uma novidade,mas o João , meu marido,é muito exigente. E quando ele assistiu ficou passado, chorou e olha que é muito difícil ele chorar em público” Programa- JB ( 17.03.2000)
Moraes Moreira
“Chorei em diversos momentos,revi Cazuza o tempo todo, ele está ali” Moraes Moreira após assistir o musical no Canecão. O Globo, 18.03.2000
Flávio Venturini
“Os arranjos são muito bem feitos, a solução musical encontrada é perfeita” Flávio Venturini após assistir o musical no Canecão. O Globo, 18.03.2000
CAZAS DE CAZUZA Um musical de Rodrigo Pitta
Direção geral – Rodrigo Pitta
Co-direção e direção musical – Jay Vaquer
Estrelando:
Paulinho Serra (Dornelles)
Fernando Prata (Enrico)
Julianne Trevisol (Mia)
Leandro Buenno ( Justo)
Jade Baraldo ( Bete Balanço)
Yann Dufau(Deco)
Janamô ( Vera)
Alexandre Damascena (Ernesto)
Amanda Brambilla
Ella Fernandes
Grace Nascimento
Mavi Carpin
Alex-Ci Gugu Peixoto Raí Valadão
Participação especial de Fernando Prata
Arranjos vocais – Daniel Salve
Arranjos vocais adicionais – Rodrigo Pitta e Jay Vaquer
Banda:
Pianista / Tecladista – Anderson Nem
Guitarrista / Violonista – Caio Barreto
Baterista – Kelder Paiva
Baixista – Lancaster Lopes
Sound designer e técnico de som – Erick José de Lima
Microfonista – Bernardo Nadal
Roadie – Gugu Ferreira
Assistência de direção – Tauã Teixeira
Direção de Movimento e Coreografia – Joane mota
Assistência de coreografia – Mavi Carpin
Light design – Wagner Pinto
Cenógrafo – Vinícius Fragoso
Videomaker – Eduardo Souza
Figurinos – Ingrid B. Lima
Assistente de figurinos – Bárbara Barros
Provocação cênica – Ricardo Rizzo
Produção executiva – Thiago Amorim e Bianca Labruna
Coordenação de produção – Igor Dib
Produção técnica – Dandara Pavoas
Produção – Sandro M. dos Santos e Mônica Braga
Assistência de produção – Madda
Comunicação – Horácio Brandão / Midiorama Comunicação e Imagem
Consultoria jurídica – Felipe Laureano
AGRADECIMENTOS:
Lucinha Araújo/Sociedade Viva Cazuza, Vivo Rio, CCBB, Rio Othon Palace, Novotel, Frejat e Barão Vermelho.
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