Já se passaram 32 anos desde que Cazuza, um dos maiores poetas da música brasileira, nos deixou, em 7 de julho de 1990. Suas poesias e canções, sua imagem irreverente e, principalmente, sua mensagem, deixaram uma marca e um legado único na história da MPB, transformando-o em um ícone jovem, cuja obra transcende o tempo e permanece viva.
No próximo dia 4 de abril, o poeta completaria 64 anos e, mais atual do que nunca, ganha em comemoração a encenação de dois musicais inspirados por sua obra atemporal no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O primeiro é “Cazas de Cazuza”, escrito e dirigido por Rodrigo Pitta há 22 anos. Depois de apresentações lotadas no Vivo Rio, “Cazas de Cazuza” foi escolhido como uma das principais atrações da programação do festival itinerante “Rock Brasil – 40 anos”, que acontece no CCBB. A versão adaptada para o festival já foi vista no Rio de Janeiro e Belo Horizonte e agora chega ao CCBB de São Paulo em 31 de março e 1º de abril, seguindo em maio, dias 26 e 27, para Brasília. No dia 28 de março, também no CCBB, será apresentado o filme “Cazuza – O tempo não para”
O outro musical nasceu inspirado pelo pionerismo de “Cazas de Cazuza”. Com texto de Aloísio de Abreu, foi montado pelo CEFTEM que teve em seu programa de estudos o musical de 2000. Ambientado no Rio de Janeiro da década de 1980, o espetáculo “Cazuza – Pro dia nascer feliz, O Musical” conta a trajetória do ídolo da música popular brasileira, através de seus grandes sucessos. As apresentações acontecem no Rio, no Imperator, de 10 de março a 02 de abril.
Os Espetáculos
Escrito e dirigido por Rodrigo Pitta há 22 anos, “Cazas de Cazuza”, foi um enorme sucesso, que chamou atenção por apresentar uma genuína e pioneira “ópera-rock” nacional com arranjos e textos inéditos, e que ousava transformar canções de rock emblemáticas em um musical “estilo Broadway”. E isto muito antes do Brasil ter se transformado em um polo consumidor e criativo de espetáculos do gênero.
Com arranjos vocais e instrumentais de Daniel Salve, a versão original contava com um elenco afiado e afinado, formado por atores e cantores desconhecidos da mídia, do teatro ou da TV. O espetáculo se transformou em um fenômeno e lotou grandes casas de espetáculo e teatros como o Tom Brasil em São Paulo e o Canecão no Rio de Janeiro por várias semanas. No elenco original estavam Jay Vaquer, Lulo Scroback, Debora Reis, Rosana Pereira, Bukassa Kabenguele, Fernando Prata e Vanessa Gerbelli.
“Cazas de Cazuza” recebeu críticas arrebatadoras, reunindo em sua plateia personalidades como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Moraes Moreira e Marilia Pera, entre outros e seu elenco foi convidado para se apresentar em programas como os de Fausto Silva, Jô Soares e Hebe Camargo, entre muitos outros lideres de audiência. Por onde passou, o espetáculo ganhou destaque na capa de jornais, chegou a virar tema de tese em universidade e, até hoje, é grande o número de pessoas que gostaria de revê-lo ou assisti-lo pela primeira vez.
Remontado no fim do ano passado, o espetáculo ganhou uma nova força, impulsionado pela crise social, financeira e humana que o país atravessa, que deu a seu roteiro, suas músicas e a sua história um peso de atualidade. “Cazas de Cazuza é um marco, bonito e muito atual”, celebrou Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor.
Em dois atos, o musical mostra a história de oito personagens, Mia, Enrico, Justo, Bete, Deco, Vera, Ernesto e Dornelles, que vivem no Baixo Leblon, no Rio de Janeiro, abordando temas como preconceito, sexo, drogas, amor e desemprego presentes nas 20 músicas de Cazuza que fazem parte da trilha, entre elas “O Tempo não para”, “Pro Dia nascer Feliz”, “Um Trem para as Estrelas”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Bete Balanço” e “Brasil”.
Com participação especial de Paulinho Serra, vivendo o personagem Dornelles, os papéis principais são interpretados por Fernando Prata (Enrico), Yann Dufau (Deco), Marcela Bártholo (Bete Balanço), Leandro Buenno (Justo), Julianne Trevisol (Mia), Janamo (Vera) e Alexandre Damascena (Ernesto).
Dois componentes do elenco da versão original estão participando da nova montagem, entre eles o ator Fernando Prata, que interpretou Enrico em 2000, e volta a viver o papel do poeta desempregado 22 anos depois. A versão 2021 tem ainda como Diretor Musical o cantor e compositor Jay Vaquer que fez parte do elenco da montagem original no papel de Justo.
“Cazuza – Pro dia nascer feliz, O Musical” conta a trajetória do maior ídolo rock nacional e um dos grandes expoentes da MPB, através de alguns de seus grandes sucessos, canções que até hoje são sucesso e fazem parte do repertório dos brasileiros. Hits como “Bete Balanço”, “Exagerado”, “Ideologia”, “O Tempo Não Para”, entre tantos outros, incluindo ainda algumas composições que nunca foram gravadas pelo eterno poeta, fazem parte do espetáculo. Ao todo são mais de 25 números musicais cantados ao vivo, que levam o público a uma montanha russa de emoções intensas como a vida de Cazuza.
Toda a trajetória e as parcerias de Cazuza são interpretadas por um elenco de 21 atores-cantores dirigidos por Stella Maria Rodrigues. A direção musical fica por conta de Cláudia Elizeu e as coreografias são assinadas por Quéops.
No elenco, estão Antônio Azevedo, Bela Bárros, Carol Vasconcelos, Cleto Araújo, Cris Mont, Daniel Marivan, Denise Queiroz, Edilany Nascimento, Elisa Balbi, Francine Madeje, Gab Mariquito, Júlia Mota, Laila Bertholin, Laura Bieites, Leo Machado, Luan Marques, Pedro Aran, Romeo Cesar, Ruan Guimarães, Sofia Monti, Thiago Nunes, Vinicius Gaspar.
SERVIÇO
Cazas de Cazuza
Festival Rock Brasil 40 Anos CCBB SP
Local: CCBB SP – R. Álvares Penteado, 112 – São Paulo – SP
Temporada: 31 de Março e 01 de Abril
VENDAS: Ingresso Certo
Cazuza – Pro dia nascer feliz, O Musical
Local: Teatro Imperator | R. Dias da Cruz, 170 – Méier – Rio de Janeiro
Temporada: 10 de março a 02 de abril
Dias: quinta a domingo
Horários: sempre às 19:30h, exceto aos domingos (15:00h e 19:00h) e 02/04 (15:30h)
Duração: 2h 15min com intervalo
Classificação etária: 16 anos
VENDAS: SYMPLA
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