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Classiqueira – Conhecendo as origens e o legado vivo do Van Halen


Para começar nosso “Projeto Classiqueira”, falaremos sobre o começo dos principais nomes do bom e velho rock’n’roll

Para falar melhor sobre o rock de hoje, vamos adentrar um pouco em sua história, que cabe aquela clássica pergunta: o que seria das bandas novas se não fossem as antigas? Para começar nosso “Projeto Classiqueira” – brincando um pouco com as palavras Rockeira + Clássico – falaremos sobre o começo dos principais nomes do bom e velho rock’n’roll; gênero musical que vem quebrando barreiras e até tornando-se de certa forma elitizado atualmente, e para começarmos, vamos de hard rock, o venerado e sempre pedido para shows em solo brasileiro: Van Halen.

Fundada em Pasadena, Califórnia em 1974, pelos irmãos holandeses Alex (bateria) e Eddie Van Halen (guitarra), além do vocalista David Lee Roth e o baixista Michael AnthonyVan Halen é uma das bandas de hard rock mais influentes do mundo. O grupo surgiu numa era em que só era possível manter-se atualizado por meio do rádio, possuir disco de vinil ou fitas k-7 – eram as únicas opções – nos dias de hoje, esses itens transformaram-se em peças de colecionador e tornou-se super ‘cult’, ‘vintage’ possuir um. Praticamente não existiam muitos recursos tecnológicos e demorava muito tempo para uma novidade ultrapassar as fronteiras entre os continentes para tornar-se conhecida, ainda naquela época, o Van Halen já estava à frente de seu tempo.

Entre atritos, hiatos, e controvérsias durante a carreira, o grupo mantém em sua linha de formação quatro integrantes. A discografia é extensa, composta por: doze álbuns de estúdio, dois de compilação, dois discos ao vivo e 54 singles, os quais transformaram a banda com mais de 40 anos de estrada em uma verdadeira lenda viva. Tanto que seu primeiro registro, intitulado “Van Halen” lançado em 1978 já o colocou sob os holofotes, com uma sonoridade vigorosa do rock de outrora que veio se modernizando até as diversas ramificações encontradas atualmente, servindo de inspiração para bandas novas.

Outro álbum bem aclamado pela crítica e público é “1984”, que alcançou o segundo lugar da Billboard 200 naquele mesmo ano de lançamento, e fez seu único single ‘Jump’ figurar em primeiro lugar na Bilboard Hot 100. Após o grande sucesso do disco e extensas turnês, David Lee Roth deixou a banda devido às divergências artísticas e pessoais com Eddie. A partir daí, veio a “Era Haggar”.

Para ocupar o posto de Roth, foi recrutado Sammy Hagar (ex-Montrose – artista solo, que na época já fazia enorme sucesso); com a nova voz do Van Halen foram produzidos quatro álbuns: “5150” em 1986 – sendo o primeiro disco do grupo a emplacar a Bilboard 200. As paradas de sucesso da época não eram páreas para a banda, que com os álbuns seguintes “OU812”, “For Unlawful Carnal Knowledge” e “Balance alcançaram boas colocações, liderando as paradas do momento. Mas o clima também não era lá dos melhores, e Sammy Hagar saiu do grupo em 1996.

Entre altos e baixos, Gary Cherone (ex-Extreme) juntou-se ao grupo e com ele foi lançado “Van Hallen III” em 1998, tendo uma verdadeira avalanche de críticas e baixa nas vendas, Cherone deixou o grupo após terminar a turnê de divulgação do disco. Eddie foi diagnosticado com câncer na língua, motivos suficientes para o grupo entrar em hiato.

Após esse hiato, em 2001 Eddie publicou nas redes sociais que havia vencido o câncer e os fãs logo respiraram aliviados… o Van Halen não acabou! Em 2004 foi feita uma reunião com Sammy Hagar para uma compilação “Best of Both Worlds” acompanhadas de três músicas inéditas com o vocalista, e saíram numa breve turnê, depois disso, cada um seguiu seu próprio caminho.

David Lee Roth retorna ao grupo em 2007, acompanhado já de novo baixista Wolfgang Van Halen – filho de Eddie – já cogitando novo lançamento; assim nasceu “A Different Kind Of Truth” em fevereiro de 2012, repetindo o feito de “1984”, chegando ao topo da Bilboard; pois este é o primeiro álbum da banda com David Lee Roth nos vocais desde 1984. Roth comentou a respeito da faixa “She’s the Woman”, afirmando ser “nova em folha”, embora alguns fãs a tenham reconhecido como uma demo de 1976.

Promovendo este disco, foi lançado o vídeo de “Tattoo”, o single novo, baseado em uma faixa inédita de 1977, e “Down in Flames”.

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Verdade seja dita, esses “sessentões” – com exceção de Wolfgang, pois é um jovem rapaz de 25 anos – arrastam multidões por onde passam, e aqui no Brasil há milhares de fãs fascinados pelo trabalho do Van Halen. A musicalidade, originalidade e vitalidade de suas performances é sempre anseio de fã vê-los por aqui. Eles se apresentaram uma única vez no Brasil – sendo 3 shows para cada capital, respectivamente São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Na capital paulista em 21 de Janeiro de 1983, no Ibirapuera. A data é lembrada por fãs até hoje, e fica o anseio desesperado pela próxima vinda da banda ao país.

Discografia:

Álbuns de Estúdio

Van Halen (1978)

Van Halen II (1979)

Women and Children First (1980)

Fair Warning (1981)

Diver Down (1982)

1984 (1984)

5150 (1986)

OU812 (1988)

F.U.C.K. – For Unlawful Carnal Knowledge (1991)

Balance (1995)

Van Halen III (1998)

A Different Kind of Truth (2012)

Por Sarah Ferrer, da Imprensa do Rock


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