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Confira a apresentação de AURORA e Jacob Collier no Ártico em alerta pela proteção dos oceanos


Artistas se uniram em geleira no Ártico, em parceria com Greenpeace, para alertar sobre a crise climática e a mineração em águas profundas

Jacob Collier, vencedor de seis prêmios GRAMMY®, colaborou pela primeira vez com a artista norueguesa de alt-pop AURORA em uma performance no Ártico, lançada nesta última sexta (04). A apresentação aconteceu em uma plataforma flutuando entre icebergs, em frente à geleira Sveabreen, em Svalbard, onde os artistas misturaram suas músicas “A Rock Somewhere” e “The Seed,” em um manifesto pela proteção dos oceanos e do clima. A ação foi realizada em parceria com o Greenpeace Internacional, a partir do navio Arctic Sunrise da organização.

A colaboração destacou a urgência em proteger os oceanos e interromper a mineração em águas profundas. Em meio ao cenário do Ártico, os músicos chamaram atenção para as ameaças crescentes ao ambiente marinho, como acidificação, mudanças climáticas, pesca industrial e poluição. Os ecossistemas oceânicos enfrentam uma crise, enquanto empresas buscam explorar os recursos do fundo do mar para obter lucros. O governo norueguês tem avançado para permitir a mineração comercial no Ártico, o que preocupa ambientalistas.

Declarações sobre a urgência da causa ambiental

Jacob Collier comentou sobre a experiência no Ártico, ressaltando o impacto pessoal e a importância de agir rapidamente para proteger o ambiente:

“No momento em que soube de uma oportunidade para embarcar em um dos lendários navios do Greenpeace, ir para as águas do Ártico e cantar uma música com uma das minhas artistas favoritas ao lado de uma poderosa geleira, eu soube que estava entrando em algo especial. O que eu não previa era o quão transformadora e emocionante seria a experiência, e o quanto ela me ensinaria – musicalmente, energeticamente e ambientalmente.

Fiquei impressionado com a magnitude do Ártico – e também com sua profunda fragilidade. Perdemos dois terços de todo o gelo de verão no Ártico nos últimos quarenta anos. É uma sombra de seu antigo eu – mas ainda não é tarde demais para ajudarmos.”

AURORA reforçou a necessidade de repensar nossa relação com a natureza e as consequências das ações humanas:

“Precisamos entender que, quanto mais interferimos ou violamos a natureza, menor será nossa chance de sobreviver às consequências de nossas ações. Já sabemos o grande impacto que cada escolha que fizemos até agora teve na saúde deste planeta. E, portanto, na saúde de todas as vidas que nele vivem.”

Greenpeace alerta para as consequências da exploração marítima

A Dra. Laura Meller, do Greenpeace Nórdico, ressaltou o simbolismo da performance de Collier e AURORA no Ártico como um alerta sobre a fragilidade dos ecossistemas marinhos e a necessidade de protegê-los:

“Ouvindo as vozes estranhamente belas de AURORA e Jacob ecoando ao redor da geleira e dos icebergs, foi um lembrete da fragilidade do nosso planeta e porque trabalhamos tanto para protegê-lo. Séculos de extração humana empurraram os ecossistemas oceânicos à beira do colapso.”

O Greenpeace recentemente conquistou um Tratado Global dos Oceanos que busca proteger 30% das águas globais até 2030. Porém, a organização alerta para os perigos da mineração em águas profundas e espera que essa colaboração inspire mais pessoas a se unirem à luta pela preservação dos oceanos.

A campanha contra a mineração em águas profundas continua ganhando força, com milhões de assinaturas em petições e o apoio de 32 países para uma moratória na exploração do leito marinho. Empresas como Google, Samsung, Apple, Volvo e BMW também se comprometeram a não utilizar minerais extraídos dessas áreas.

A performance de Jacob Collier e AURORA no Ártico serve como um lembrete da importância de ações imediatas para proteger os oceanos e reverter os danos ambientais antes que seja tarde demais.

Confira a apresentação:


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