A duas semanas do Grammys 2020, a ex-presidente da premiação, Deborah Dugan expôs várias situações delicadas da organização. Afastada há poucas semanas, ela iniciou um processo judicial contra a Academia alegando que assédio sexual, misoginia, machismo e racismo nas escolhas dos vencedores.

Segundo ela, Neil Portnow foi afastado por assédio sexual com uma artista da música. Vale lembrar que no ano passado, Ariana Grande desistiu de se apresentar na premiação porque um executivo estava sendo machista e abusando de seus poderes para obrigá-la cantar uma música que ela não queria.

Deborah também expõe como tudo é escolhido por um grupo seleto de pessoas que favorece pessoas brancas do pop e que são influentes de alguma forma. Ela explica que esses comitês representam alguns dos possíveis indicados que são favorecidos nas votações. Citando ainda exemplos, ela mostra que na premiação do ano passado, um artista ganhou uma indicação mesmo estando entre os menos votados dentre outros 20 artistas na categoria Música do Ano, superando até mesmo Ed Sheeran e Ariana Grande, que ficaram de fora.

Além disso, ela expõe como Ken Ehrlich pressiona nas indicações para que os artistas a apresentem ao vivo, de acordo com seu gosto musical.

Dugan também revela que o Grammy é uma premiação artista que evita ao máximo premiar artistas R&B e Rap fora de suas categorias segmentadas. Ela cita exemplos como “Lemonade”, de Beyoncé, não ter ganhado o prêmio de “Álbum do Ano”, em 2017. Também Kendrick Lamar e Kanye West em categorias de “Música do Ano” e “Gravação do Ano”. E quando algum membro cita a falta de diversidade, é expulso da Academia.

De acordo com o Hits Daily Double, algumas artistas podem cancelar sua apresentação após essa polêmica. Vamos aguardar os próximos capítulos…

Enquanto isso, veja também a lista completa de indicados da premiação deste ano.

Por Alexandre Levy