Os sociólogos falam de uma geração Z: veloz, que consome visões de mundo diferentes! E é nesse público pra lá de exigente que o Z Festival tem apostado. O último sábado (10) teve atração para todos os gostos e o resultado foi a melhor edição até agora. Sob sol forte, mais de 20 mil pessoas se reuniram em São Paulo para dar diversidade ao belo Allianz Parque.
O Demi Brasil acompanha a carreira da Demi Lovato há sete anos e, portanto, fomos convidados pelo Midiorama – Ai, que tudo! – para ver de pertinho essa festa e contar para vocês como é ser #MidioramaPor1Dia.
A paulistana Manu Gavassi foi a primeira a se apresentar. Subindo às 16h no palco, a cantora misturou suas músicas com alguns hits internacionais como “Love Yourself” e “Hands to Myself”, além de fazer sucesso na plateia, onde atendeu alguns fãs após o show.
O som do trio Cheat Codes fez todo mundo pular enquanto o estádio começava a lotar. Sempre acompanhados dos smartphones, os meninos ficaram visivelmente encantados com a energia do público brasileiro.
A música brasileira voltou a aparecer. O tempo chuvoso tornou-se muito mais melancólico com Tiago Iorc e seu hit “Amei Te Ver”. Para todos os cantos do gramado, lágrimas rolavam enquanto o cantor dominava o palco com sua voz e seu violão. Como Miguel em “Crazy In Love”, Iorc colocou seus vocais em “Bang”, da Anitta, numa versão cheia de sensualidade. Arrepiou com “Hallelujah”, de Leonard Cohen, e emocionou com “Me Espera”, seu dueto com a cantora Sandy, mostrando por que é a grande voz masculina do ano.
Depois do eletrônico e do pop, o Projota trouxe o rap para o palco do Z Festival. Com uma das performances mais enérgicas do festival, o rapper cantou sobre desigualdade, racismo, violência, mas mostrou que é, também, romântico. A parceria com a cantora Anitta, “Cobertor”, foi um dos pontos altos do show, provando que nas rádios têm, sim, espaço para o som que vem da periferia.
Os homens fizeram um ótimo trabalho, mas o Z Festival foi mesmo das mulheres fortes. Às 19h45, Anitta subiu ao palco para cantar seus hits. E não foram poucos, viu?! Todos – sem exceção – cantados pelo público. “Vocês pensaram que eu não ia rebolar a minha bunda hoje, né?”, provocou Anitta. A plateia delirou com o último bloco dedicado, com orgulho, para o funk. A cantora elogiou a diversidade do festival e fez questão de lembrar que estava em êxtase por dividir o palco com Demi Lovato – uma mulher forte, segundo a dona do “Show das Poderosas”.
Ao som de “Confident”, Demi trouxe o momento que todos estavam esperando: o último show da noite. Mostrando uma parceria que já funciona há sete anos, os fãs brasileiros cantaram todas as músicas, pedindo sempre por mais. Lovato deu espaço às músicas antigas como “Don’t Forget” e “Got Dynamite”, mas não deixou pra trás seu último disco, motivo da primeira indicação da estrela ao GRAMMY 2017. A indicação foi, inclusive, lembrada pelos fãs que, com plaquinhas, homenagearam Demi! Ela não conseguiu esconder a satisfação por um só minuto.
Diferente da turnê estadunidense com Nick Jonas, Demi trouxe para o Brasil “Kingdom Come”, “Yes”, “Old Ways” e muitas outras canções do disco. Mas foi com “Stone Cold” que o Allianz Parque brilhou. O último single da Demi Lovato antes da possível pausa na carreira foi cantado, aos gritos, pelos fãs que, com seus celulares, iluminaram todo o estádio. No palco, a cantora se emocionou, mas sem prejudicar sua voz potente.
Demi Lovato encerrou o Z Festival com “Skyscraper”, hino do seu comeback, e “Cool for the Summer”. Entre declarações em português como “eu te amo”, “beijos, tchau”, a estrela se despediu do público brasileiro às 23h mostrando um sorriso de satisfação, de dever cumprido. Para os fãs? Não só a melhor apresentação da noite, mas a melhor entre todas as performances da Demi em solo brasileiro. Um tiro!
Crédito fotos: Marta Ayora
Por Alexsander Alves – Demi Brasil