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Dez videoclipes animados que merecem o clique


Com o turbilhão de lançamentos anuais e a tentativa de sair do padrão, até os criativos clipes de narração invertida perderam um pouquinho daquele ar de novidade, restando às animações, e às infinitas possibilidades e estilos que ela oferece, a missão de movimentar o mundo dos videoclipes – trazendo mais cor, mais vida e mais público.

Existem tantos videoclipes, feitos há tantos anos, que a fórmula parece exaustiva. Existe, afinal, uma série de “tipos” pré-definidos de vídeos musicais – a compilação de vídeos de turnê, as participações especiais como chamariz, as coreografias que surgem como muleta para a falta de história, a filmagem da banda tocando ao vivo e os batidos clichês românticos à lá garoto-encontra-garota; que já não animam os adolescentes a, diferente dos anos 90 e começo dos anos 2000, passar as tardes com a programação musical da TV à cabo, como a boa e velha MTV. Com o turbilhão de lançamentos anuais e a tentativa de sair do padrão, até os criativos clipes de narração invertida perderam um pouquinho daquele ar de novidade, restando às animações, e às infinitas possibilidades e estilos que ela oferece, a missão de movimentar o mundo dos videoclipes – trazendo mais cor, mais vida e mais público.

Pensando nisso, o Uber7 selecionou alguns clipes musicais que, se você ainda não conhece, PRECISA assistir. Da hegemonia do Gorillaz à sátira do Lil ‘Dicky, conheçam nossos eleitos:

“Miss Atomic Bomb” – The Killers (2012)

Conheçam a história de amor entre uma bailarina e um aspirante a roqueiro, embalada pela voz suave do vocalista Brandon Flowers. Com direção de Warren Fu, em seu segundo trabalho com os rapazes do The Killers, o ambicioso clipe de “Miss Atomic Bomb” é uma mistura de animação e live action, que combina os figurinos e os cenários característicos da banda com o desenho bem feito da Titmouse Studio. A história acompanha uma década na vida do casal, indo do começo triunfante a um fim surpreendentemente trágico, que o torna, com facilidade, um dos melhores clipes do Killers. Vamos aos créditos? Josh Goldstein trabalhou como produtor, Jeff Pantaleo foi produtor executivo e Shawn Kim entrou como diretor de fotografia. Um belo time!

“Professional Rapper” – Lil Dicky (2015)

O rapper, comediante e super branco Lil ‘Dicky adora parodiar o gênero – e, aqui entre nós, é extremamente competente em sua sátira. É essa brincadeira, somada ao desenho muitíssimo bem feito do artista Douglas Olsen, que torna o clipe de “Professional Rapper” imperdível, com ‘Dicky cuspindo uma série de rimas sobre uma entrevista de emprego na Rap Game Inc. Na história, vemos ‘Dicky ser entrevistado por Snoop Dogg e, se contratado, poderá, em fim, ser um legítimo MC branco em um gênero composto, em peso, pelos negros. Com a crítica embasada, o clipe só daria certo com um vídeo animada… E ninguém melhor que o criador da série Major Lazer para o serviço.

“The Raven That Refused To Sing” – Steven Wilson (2013)


Talvez você não conheça Steve Wilson, o cantor inglês de rock progressivo que foi nomeado quatro vezes ao Grammy, mas que por essas bandas ainda é um tanto quanto anônimo. Na falta de tempo para explicar os detalhes do belíssimo trabalho do músico, foquemos em “The Raven That Refused To Sing”, cujo videoclipe foi inspirado pelo trabalho do animador russo Yuriy Norshteyn (mais conhecido pelo incrível Conto de Contos). A obra é uma criativa, pensativa e evocativa história, contada com um estilo de animação assustadoramente simplista – que, aliás, lembra os movimentos suaves de papeis cortados à mão. Tudo neste clipe casa de maneira tão harmônica que o resultado não podia ser menos do que um vídeo simpático como esse.

“Burn the Witch” – Radiohead (2016)

Uma aldeia idílica com personagens adoráveis, que fazem coisas terríveis uns aos outros em nome da lei. Esse é o clipe de “Burn The Witch”, um trabalho todo feito em stop-motion, dirigido pelo eficiente Chris Hopewell – sujeito que, aliás, já havia trabalhado com a banda em 2003. Inspirada por ‘The Wicker Man’ e por algumas séries infantis da TV britânica, a história faz uma alusão à crise de refugiados na Europa, à insegurança e à constante transferência de responsabilidades gerada por políticos anti-imigração. Noutras palavras: é ou não é um clipão da p**?

“Feels Like We Only Go Backwards” – Tame Impala (2012)

Imagine um clipe animado, situado em algum lugar entre o “Sledgehammer” de Peter Gabriel e o “Seven Nation Army” do White Stripes. Este é o maravilhoso “Feels Like We Only Go Backwards”, uma combinação bem sucedida do talento do Tame Impala com a química poderosa entre os diretores Becky Sloan e Joseph Pelling. O clipe, acreditem, é uma verdadeira obra de arte.

“Heartless” – Kanye West (2008)

Personagens rotoscópicos de aparência simples e beirando o amadorismo, contrastando com cenários e ambientes altamente detalhados. Esse foi o estilo do primeiro videoclipe animado do famoso diretor Hype Williams, que em uma carreira cheia de sucessos, já produziu para uma série de artistas renomados, entre eles Jay-Z e Beyoncé. Falando nos illuminatis, aliás, não dá para deixar o megalomaníaco Kanye West de fora: o clipe de ‘Hartless’ foi inspirado no filme de animação de ‘American Pop’, de 1981, e marcou a estreia de Hype Williams nas animações.

“Fantasy” – DyE (2011)

Quatro adolescentes invadem uma piscina, na esperança de ter um pouco de diversão inofensiva. Esta bem podia ser a trama de um filme adolescente dos anos 90, mas, neste caso, foi a mente criativa do músico francês DyE, que acabou se tornando viral na internet. O clipe, lançado em 2011, mostra como os hormônios afloram durante a festinha, transformando dois dos adolescentes em monstros terríveis, cheios de luxúria e prestes a devorar os amigos. O criativo videoclipe foi criado Jérémie Périn e é, no mínimo, muito divertido.

“King Rat” – Modest Mouse (2009)

Foi durante uma turnê em 2007 que os caras do Modest Mouse conheceram o ator australiano Heath Ledger – e, pasmem, foi ele quem presenteou a banda com o conceito para o clipe de “King Rat”. Combatente incansável da caça às baleias nas costas da Austrália, Ledger quis inverter os papeis e mostrar como seria se as baleias caçassem os humanos para alimentação. Foi ele, inclusive, que trabalhou no clipe, juntamente com a empresa de produção The Masses – pelo menos até janeiro de 2008, quando foi encontrado morto. Após à fatalidade, a produtora e a Modest Mouse deram a Ledger o crédito de diretor – mas os parabéns à animação do vídeo devem ser direcionados ao animador Norris Houk, ao ilustrador Daniel Auber e à animadora Jade Taglioli.

“Land Of Confusion” – Disturbed (2005)

Para acompanhar a música “Land Of Confusion”, os metaleiros da Disturbed optaram por uma animação politicamente carregada, que apresenta, entre outros detalhes, a destruição de alguns dos prédios mais famosos do mundo. O clipe foi animado por Todd McFarlane e traz o mascote da banda em uma missão grandiosa: derrotar os soldados nazistas e libertar o mundo de uma ONU corrupta. Na animação, que conta com um incrível ritmo de ação, a alfinetada é tão bem feita que alguns dos políticos trazem semelhanças nítidas com alguns nomes da vida real, entre eles Tony Blair, Vladimir Putin e George Bush. O recado pode não ser suave, mas é imperdível.

“Breaking The Habit” – Linkin Park (2003)

Uma das músicas mais famosas do Linkin Park – e, facilmente, um dos melhores videoclipes da banda. Além de trazer o estilo anime, algo incomum nos videoclipes ocidentais, ‘Breaking The Habbit’ conta com uma excelente narrativa invertida e um tema urbano delicado. Assinado pelo Studio Gonzo, o video traz uma estética chamativa e temperamental, tornando a experiência de o assistir, certamente, memorável.

Por Uber 7


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