Já está disponível em todas as plataformas digitais o remix “Oooh (i like it)”, do duo brasileiro Tropkillaz. A canção chegou acompanhada de um vídeo oficial. Dirigido por Marco Loschiavo, o clipe usa técnicas de VFX, IA (Inteligência Artificial) e Deepfake, trabalho que leva a assinatura de Fernando 3d e Leandro “Na Pratica”, que já trabalharam com Bruno Sartori, brasileiro conhecido como “O rei das deepfakes” pelos seus vídeos satirizando o governo atual. “Oooh (i like it)” é o primeiro videoclipe oficial de música a usar a técnica.
Para quem não está familiarizado, deepfake é uma tecnologia que usa inteligência artificial (IA) para criar vídeos falsos, mas realistas, de pessoas fazendo coisas que elas nunca fizeram na vida real. Efeitos especiais de computador que criam rostos e cenas no audiovisual são algo comum quando o assunto é cinema, mas a grande diferença do deepfake, termo que apareceu em 2017 no Reddit, está em como ele pode ser produzido.
Sobre o clipe Zegon conta: “Ficou algo muito louco, porque mistura várias histórias e situações engraçadas, um trabalho incrível dos diretores, todos os detalhes de colocar os nossos rostos em vários corpos e em diversas situações. Isso trouxe algo bem diferente, algo que a gente nunca fez, e eu acho que o público vai gostar muito desse trabalho”.
A versão original de “I liket it” foi lançada em 1982. Ela faz parte do álbum “All This Love” do grupo norte-americano DeBarge, conhecido pela sua fusão de estilos como R&B, Soul, Funk e música Pop.
“’I Like It’ é uma música que nós temos há alguns anos, já havíamos tentado lançar antes e acabou não dando certo, por diversos motivos burocráticos, mas agora finalmente conseguimos. A faixa já passou por diversas modificações, várias versões de acordo com o tempo, e agora finalmente a gente achou um norte pra ela e estamos muito contentes com o resultado”, conta Laudz.
A faixa também marca o começo de uma retomada do Tropkillaz às suas origens, o estilo único de fazer uma colagem musical de épocas, uma verdadeira mistura do antigo com o novo que é exatamente como o duo começou. “Acho que a gente consegue passar bem o que é a origem do Tropkillaz, de misturar um som da motown, de R&B com funk, afro beat, bazz music e até um pouco de house. É mostrar uma coisa antiga, vamos dizer assim, uma coisa clássica, transformada pros dias de hoje, que acaba conversando com todos os tipos de público e essa é a ideia que nós damos para essa retomada do Trop para as origens”, finaliza Zegon.
Por A. Dayrell