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Faixa-a-faixa de “Catto”, por Filipe Catto


Entrevistamos o cantor e aproveitamos a deixa para saber mais sobre cada faixa do seu álbum

Lançamos na segunda-feira a primeira edição da E.T.C. Mag de 2018 (revista digital que você pode acompanhar aqui) e tivemos o prazer de poder colocar na capa o cantor, compositor e intérprete, Filipe Catto. Além da entrevista incrível que fizemos com ele (boa parte por conta do carisma e atenção do cantor à nossa equipe), também tivemos de presente um faixa a faixa de Catto, seu terceiro álbum de estúdio que foi lançado no final do ano passado. Confira abaixo um pouco sobre cada faixa na voz do próprio Filipe Catto.

Faixa-a-Faixa de Catto

Como um Raio

“Como um raio” é uma música que eu amo e está comigo há muito tempo, que eu conheci no disco do Rômulo Frois. Quando comecei a ideia de fazer o disco, no primeiro dia mesmo, estava levantando o repertório e pensei em colocar essa música como abertura. Queria que o disco tivesse essa dramaticidade logo de cara e essa música calhou com o texto, forma e nostalgia dela. Ela pinta muito bem essa paisagem que começa a partir dali”.

Lua deserta

“É uma das músicas mais amorosas que eu fiz. Fiz essa música transando e ela tem essa energia “tântrica” mesmo, literalmente é uma música que me transporta para o mais sagrado do corpo. Ela realmente me traz o sagrado absoluto do corpo”.

Canção de Engate

“É uma música que fala do amor sem fronteiras, tempos e limites. O amor não é uma coisa que a gente tem que esperar acontecer quando a gente encontrar o outro. O amor é um momento e o momento é teu, é nosso, e quando a gente quer viver o nosso momento de amor, a gente vai encontrar a nossa companhia para vivê-lo. Essa fluidez é natural, é bonita e ela merece ser respeitada e embelezada!”

Faz parar

“É uma música de arrebatamento. Arrebatamento de beleza. É uma música que fala de você viver um momento tão bonito que tudo congela e você quer que tudo pare. Toda vez que eu canto essa música parece que eu vou sair voando”.

Só Por Ti

“Eu e a Zélia (Duncan) fizemos uma viagem depois de um show e passamos a noite conversando, olhando a estrada e foi daí que resolvemos tentar compor algo para que gravássemos juntos. Ela é uma cantora e uma pessoa incrível, é muito bom tê-la no álbum”.

Um Nota Um

“Bruno Capinan, compositor baiano, me deu essa música para o álbum que eu considero muito especial. Ela funciona quase que como um portal, um meio que me leva a coisas boas”.

Arco De Luz

“Essa música é da Marina Lima junto com o Antônio Cícero e eu sempre tive vontade de gravar essa música em um trabalho próprio. Eu sempre fui muito impactado por essa composição que é uma declaração de amor sem igual, com um arranjo lindo que termina de contar a história. Além disso, a Marina é uma inspiração constante”.

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Torrente

“Ela é muito ligada com outras músicas do meu repertório como “Olhos de prata”, “Mergulho”, “Saga”… “Torrente” vem desse lugar. Ela fala da minha espiritualidade, minha ancestralidade, do meu ritual. É uma música que eu, sinceramente, não racionalizei em nenhum momento fazendo. Ela foi escrita e não teve muito retoque, eu a deixei meio como ela é. A parte final, que é o mantra, oração, feitiço, foi uma coisa que veio depois na hora da gravação, eu meio que precisava fazer aquilo. Escrevi e ritualizei.

Considero ela uma música guardiã, acredito que ela me protege, me fortalece. É um presente grande, bonito, ancestral, dos meus ancestrais índios, negros, egípcios, astecas, incas, maias, seres de todas as camadas… É um lugar onde eu abro uma porta para isso”.

É sempre o mesmo lugar

“Foi um presente inédito. Ela foi feita para mim pelo César Vasser e pelo Rômulo Frois. É uma música que é um banho de mar e uma volta na roda gigante ao mesmo tempo. Essa música fala de várias tempo ao mesmo tempo que é o presente. Viver, morrer, é sempre o mesmo lugar e esse lugar tem som de antigo, eletrônico, mas é retrô, futurista, é de todos os tempos e todos os espaços.

Sinto muito orgulho de tê-la gravado. Orgulho porque sempre quis gravar uma música assim, é o tipo de sonoridade que gosto de ouvir. Então, estou meio aliviado de finalmente ter gravado uma música assim, meio “oitentista” que eu adoro. Eu tinha uma banda de anos 80 e, assim, estou muito feliz de resgatar os anos 80 em mim”.

Eu não quero mais

“Eu não quero mais” é uma música que é um tesão, é um gozo. Ela é o ápice da afirmação. “Eu não quero mais pouco” é uma das coisas mais poderosas que já cantei e não tenho nem ideia do que vai acontecer comigo quando cantar ao vivo, porque só de pensar nessa música eu tenho vontade de morrer! Vontade de morrer não, mas eu tô muito apaixonado! Não pelo disco, mas por essas sensações, essas músicas, estou me sentindo muito grato de ter tido oportunidade de cantar músicas assim!

É uma música muito nova, que diz muito a respeito da gente, da nossa geração, que a gente não quer mais pouco, não quer viver essa miséria, essa feiura, essa idiotice, esse retrocesso, essa cafonice. Eu não quero mais pouco. Eu quero viver a intensidade da realidade, que é bela, é bonita, é potente, é poderosa, tem possibilidades de vitória para todos nós.

Acho que é esse o refrão, “eu quero mais é que você se foda” não porque eu quero que você morra. Quero que você se foda mesmo, porque não interessa o que você pensa de mim e, principalmente, não interessa o que eu penso de você! Então, para mim é um espelho, eu quero mais é que eu me foda. Foda-se eu! Eu quero mais é me divertir, eu quero mais é que você se foda também e que todo mundo vamos foder e vai ser ótimo!”

Confira as músicas no Spotify

Por E.T.C.


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