A abertura ficou por conta de Far From Alaska, banda fundada no ano de 2012 em Natal. E foi uma abertura daquelas! Emmily e companhia subiram ao palco com a introdução de Lua de Cristal (sim, essa mesmo que você ‘tá pensando), emendando com Cobra, faixa do novo disco, ‘Unlikely’. A partir daí foi só surpresa atrás de surpresa.
Cris Botarelli (sintetizador, vocal) se acidentou em uma das primeiras músicas e acabou torcendo o pé, mas nada parou a banda ou a própria Cris, que continuou praticamente no mesmo ritmo.
Antes de dar início a mais uma faixa do novo álbum, a vocalista Emmily fez uma pausa para interagir com a platéia: “Que saudade, Rio!”. A banda então contou como conheceram os meninos da Scalene, no mesmo local, em 2013.
Foi a vez então de ‘Flamingo’, também no novo álbum, aparecer. A vocalista brincou: “Agora quero ver se vocês já aprenderam esse ‘oi oi oi’. Quando eu chegar no 3 vocês vão cantar essa Avenida Brasil comigo. Toda vez que eu venho pro Rio eu me arrepio, quero me arrepiar de novo.”
Interagindo o tempo todo com o público, Cris, mesmo com o pé machucado, também não perdeu o bom humor. Após tocarem ‘Pig’, disse: “Eu rebolei muito a minha raba. A gente descobriu nesse disco que pode tanto rebolar a raba quanto bater cabeça. E meu pé ‘tá quase bom.”
Após um show eletrizante que não deixou ninguém parado, a banda se despediu e agradeceu: “Toda vez que a gente vem no Rio acontece algo especial. A gente sempre espera muito mas vocês são ainda melhores do que esperamos.”
E após uma pausa foi então a vez de Scalene, formada em 2009, subir ao palco do Circo. Os meninos de Brasília iniciaram a apresentação com ‘Extremos Pueris’, do álbum ‘magnetite’, lançado em Setembro. E logo na primeira música já se formavam “rodinhas” no público, que ficava mais alucinado a cada faixa tocada. Gustavo Bertoni, vocalista, não perdeu tempo e atiçou ainda mais quem se aventurava lá no meio. Em um ponto da apresentação a coisa ficou tão intensa que o baixista Lukão pediu para que se alguém caísse na roda, os outros ajudassem a levantar.
Chegou então o momento mais aguardado da noite. Far From Alaska voltou para ‘Relentless Game’, música fruto da parceria das duas bandas. Antes de chamar a banda de Natal ao palco, Gustavo acrescentou: “Em 2013 eu vi um baixista tocando e pensei que essa banda seria do ca*****, e hoje estamos aqui juntos”. Ao final da música ainda fez um elogio a Cris Botarelli: “Cris, você é cabulosa!”
Na também esperada ‘Amanheceu’, o público “descansou” um pouco, mas a vibe mais calma foi logo cortada pela eletrizante ‘Distopia’, que fez todo o Circo pular novamente. Já na penúltima música, ‘Danse Macabre’, um fã subiu ao palco, e Gustavo deu o microfone para que ele terminasse a música. Mas o melhor momento da noite, que deixou qualquer um sem fôlego, foi durante ‘Legado’. Começou com Far From Alaska mais uma vez no palco. De repente vários fãs também começaram a subir e o pequeno palco do Circo Voador ficou lotado com as duas bandas e os fãs cantando e tocando juntos na música que encerraria o show. Uma cena de arrepiar!
O combo Far From Alaska + Scalene + um dos públicos mais animados que presenciei na vida, fizeram dessa noite algo mesmo surreal!
Setlist Far From Alaska
Cobra
Bear
Thievery
Another Round
Flamingo
Armadillo
Elephant
Monkey
Politiks
Pig
Pizza
Pelican
Rhino
Coruja
Dino Vs. Dino
Slug
—
Setlist Scalene
Extremos Pueris
Esc (Caverna Digital)
Histeria
Náufrago
Sublimação
Vultos
Cartão Postal
Surreal
Relentless Game
Sonhador II
Frenesi
Phi
Ponta do Anzol
Heteronomia
Entrelaços
Amanheceu
Distopia
O Peso da Pena
Danse Macabre
Legado
Por Nathalie Mendonça para Midiorama