Stephenie Meyer é certamente uma das maiores representantes da literatura pop contemporânea. Graças aos seus livros, principalmente aos relacionados à saga Crepúsculo, que milhões de adolescentes, e até mesmo crianças, tiveram contato com a arte da leitura. Isso a legitima como um dos mais respeitados nomes da literatura atual. Merece.
Com milhões de exemplares vendidos, e um hiato de seis anos desde o seu último trabalho, ficava a enorme expectativa no público de como e quando seria lançada a próxima história da escritora. Pois bem, não precisamos mais esperar, já que a Editora Intrínseca lançou recentemente no país “A Química”, a mais que aguardada obra de Stephenie, que certamente chegou para dominar as listas de mais vendidos e comentados. E mais uma vez, merece.
Merece porque “A Química” é um fascinante e tenso suspense de tirar o fôlego. Escrito para um público diverso, mas com as mesmas referências da cultura urbana pop contemporânea, que é o mundo ao qual a escritora faz parte.
A história: a narrativa centra-se na fuga de uma ex-agente, que tentando se livrar de seus antigos chefes aceita um novo caso para limpar seu nome e salvar a sua vida.
Explicando: ela trabalhava para o governo americano (como em muitas histórias do gênero), mas poucas pessoas sabiam disso. A sua agência era tão secreta que nem sequer tinha nome. Quando perceberam que ela poderia ser um problema, passaram a persegui-la, e para piorar a situação, a única pessoa em que ela confiava, havia sido assassinada. Ela sabe demais e por isso a querem morta.
Pronto. Esta é a premissa básica para uma trama que muitos de vocês vai saber contextualizar, pois o universo que Stephenie Meyer recria aqui é bem conhecido dos fãs de série de espionagem, de suspense e principalmente, de séries e filmes sobre o FBI ou sobre a CIA. E é uma temática fascinante, ao menos para quem gosta do gênero.
Na narrativa, um antigo mentor da ex-agente lhe oferece uma saída, sendo talvez a única saída dela. Pensando nisso, ela não tem outra opção senão aceitar um último trabalho de seus antigos empregadores. Sem muitas informações sobre o que seria esta missão, ela decide enfrentar a ameaça e se prepara para a pior batalha de sua vida.
“A Química” é uma das tramas mais interessantes da carreira de Stephenie. Primeiro porque, diferente da saga Crepúsculo, onde tínhamos uma protagonista um tanto passiva, desta vez Meyer cria uma heroína, auto-suficiente, poderosa, inteligente e que vai lutar sozinha para sobreviver. Não que ela não tenha tempo de se apaixonar, ou de ter um parceiro, mas aqui toda esta perspectiva é secundária, pois o principal é vê-la, de modo fascinante, ela lutando dia após dia pela sua sobrevivência.
Buscar as referências do livro e da narrativa não é um trabalho muito difícil: Jason Bourne, Homeland, e todas as séries de espionagem, sobretudo as que possuem protagonistas femininas (alguém se lembra de Covert Affairs?)
Com um final bem engenhoso e caprichado, “A Química” chega às livrarias do Brasil carregando o título de um dos mais aguardados lançamentos de 2016. A Editora Intrínseca larga na frente novamente ao trazer para o país a mais nova história da mulher que invadiu as prateleiras do mundo inteiro com as suas histórias de vampiros. Ela revolucionou a literatura pop, junto com outros nomes tão poderosos.
Agora ela está de volta, com uma trama tensa, com uma dinâmica muito bem feita, uma narrativa construída de modo fascinante, rápido, que dialoga com jovens, adultos e todos que amam a literatura pop.
Stephenie Meyer é vida.
Por Cabine Cultural