Refrão que remete aos tempos áureos de Foo Fighters, simbolismo que faria inveja a qualquer fã de 30 Seconds to Mars, e vocais inspirados na cena grunge de Seattle: são essas as características que chamam atenção em Sete, o novo single da banda HOZE, lançado oficialmente na segunda-feira (07). Originária da cidade de Campinas, e formada por Guigo Ribeiro, vocalista e guitarrista, Dan Penido, baixista, e Ga Mourão, baterista, o grupo de rock alternativo já possui mais de 20 músicas autorais, sendo Sete a primeira a ser lançada oficialmente.
Com a estética similar a “Se7en”, filme de 1995 de David Fincher, e também diretamente inspirado em “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, Sete conta a história de um homem que chegou ao inferno e se sente injustiçado. Não compreende o que fez para merecer estar ali: apesar de uma série de infortúnios ter abatido sobre sua vida, acredita não ser o culpado por elas. “Só temos a visão do eu lírico, então, não se sabe se ele de fato merece estar ali ou não”, afirma o vocalista Guigo Ribeiro, que ainda enfatiza que interpretação de músicas é algo subjetivo, e que qualquer leitura por parte dos ouvintes é válida.
As influências da HOZE se originam das mais diversas áreas, porém, todas concentradas no mesmo gênero: rock. “Fomos absorvendo tudo que escutamos ao longo de nossa vida, para então criarmos nossa identidade. Quando estamos juntos, o som que combina com nossa energia é o rock alternativo”, explica Dan Penido, baixista. Conjuntos como The Beatles, Led Zeppelin, Nirvana, Red Hot Chilli Peppers, Ocean Alley e Pearl Jam foram fundamentais para a construção de identidade da banda, que ao mesmo tempo tenta resgatar referências nacionais que façam sentido atualmente. Por isso, o instrumental do grupo é similar ao do Charlie Brown Jr.
Além de referências musicais, HOZE almeja, em seus shows e música, alcançar uma sensação: a de caos controlado. “Ao ver algumas bandas de rock, como Led Zeppelin, sente-se que tudo pode explodir a qualquer momento e dar errado, mas, por eles serem espetaculares no que fazem, e por ser um ambiente que, mesmo em meio ao seu caos é controlado, isso não acontece”, afirma o vocalista. Essa quase-explosão acaba por gerar a sensação de adrenalina e empolgação, que é o que Ribeiro almeja em seus shows e músicas.
Pandemia, processos artísticos e planos futuros
A temática de Sete parece se encaixar com o contexto da pandemia. O lema “O que é inferno para você?”, que foi a ideia por trás da composição, parece ter tido uma resposta durante esse período. “Em casa, fomos forçados a encarar nossos próprios demônios. Não tínhamos para onde fugir”. Isso serviu, de acordo com Ribeiro, para eles amadurecerem profissionalmente. Durante o período, a banda realizou o projeto Biohozerd, no qual covers semanais eram gravados virtualmente, com cada membro em sua própria casa. A iniciativa gerou retorno positivo para a HOZE em suas redes sociais.
Em relação a planos futuros, a banda gravou, recentemente, cinco músicas, produzidas por Juan Dias. Enquanto shows não voltam a ser uma possibilidade, devido à pandemia, Ribeiro, Mourão e Penido estão realizando a divulgação ba banda pelas redes sociais. A HOZE já possui mais de 20 músicas autorais, e seus membros querem, em breve, lançar novos singles e divulgá-los nas redes sociais.
Sobre a Banda HOZE
A HOZE surgiu em Campinas em 2019, porém a música já estava entrelaçada à vida de seus integrantes muito antes. “Eu sempre estive envolvido, de certa maneira, em alguma banda. Em 2014, eu e Dan (baixista) formamos o Winchester 22. Durou até o final de 2016, quando começamos a faculdade e deixamos de lado o projeto”. Em 2019, porém, Guigo e Dan sentiram falta dos palcos, e decidiram montar um novo projeto: algo que fizesse sentido para eles, que fosse mais maduro que o projeto anterior e mais focado em composições. A entrada de Mourão, baterista, foi o encaixe final que eles precisavam para investir de vez na carreira.
Instagram: instagram.com/bandahoze
Spotify: https://open.spotify.com/track/765X4cfeJWeiK2jr2OOhpP?si=UjkBCR8TQOChjPQLo-W-Dw