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John Mayer: você conhece mesmo a história dele?


16 de outubro de 1977.

Será que os pais daquele bebê recém-nascido em Connecticut imaginavam quantas outras vidas ele ia conectar dali pra frente? Não sabemos. O que sabemos é que, naquele momento, o mundo acabava de ganhar um ombro amigo para quem sofre por amor. Um soldado para quem se preocupa com questões sociais. Uma inspiração para quem se encontra nas seis cordas.

Quem diria que o que começou nos riff’s pesados de SRV e na fatídica cena “a lá” Chuck Berry do filme “De Volta Para o Futuro” um dia influenciaria na criação de melancolias como “Whiskey Whiskey Whiskey ” e “Born And Raised”? Nada é por acaso né, John?

A surpresa do “Room for Squares”, os Grammys do “Heavier Things”, os hits do “Continuum” e o fenômeno “Where The Light Is” podem ter feito pensar que nada daria errado. Que não existem barreiras. O problema, meu amigo, é que elas existem. E você sabe disso como ninguém.

Lá foi o destino mexer naquilo que você mais usa pra ser feliz: as cordas. Não estou falando das cordas da sua Black1 não. Seria bem fácil se fosse. Um alicate e 10 minutos de trabalho resolveriam. Estou falando do granuloma que acabou com sua cordas vocais. Aquelas que produzem não só sua voz, mas que são a voz de todos que te amam e se identificam com suas palavras.

Muito acharam que era seu fim. Alguns até torceram por isso. Coitados. Mal sabiam que por trás daquela marra, de frases polêmicas e das entrevistas irresponsáveis, surgia um homem nascido e crescido para mudar de atitude. Dois anos depois, lá estava você cantando “Speak For Me” e brindando o seu retorno. #MAYERISBACK? Sim, he’s back! E voltou na sua versão mais verdadeira.

Quem estava acostumado com os funks e grooves se assustou com o estilo cowboy e a pegada country. Ser verdadeiro não significa ser comercial né? Mas isso não te preocupou. Não era o momento do novo “Continuum”. Era o momento de mergulhar em si mesmo e mostrar pro mundo que mesmo com prêmios, dinheiro, mulheres, guitarras e fãs, a vida pode sim ser difícil.

Nós te entendemos, John. Aquele “Dear Marie” do Rock in Rio não me deixa mentir. Depois de tanta dificuldade, você se reencontrou e nos reencontrou. Hoje você toca na banda dos caras te inspiraram. Hoje você exala felicidade dos palcos ao snapchat. Hoje você está pra lançar mais um álbum e não faz ideia como estamos ansiosos por ele. Hoje você consegue voltar a ser aquele adolescente que foi se aventurar no mundo apenas com um violão nas costas.

Hoje você chega aos 39 anos com a alegria de quem tem 15, mas com a experiência de quem já viveu muitas vidas em uma. O parabéns é seu. O maior presente é nosso. Obrigado.

Se você quiser conhecer mais sobre a vida e tragetoria música do John Mayer até hoje, assista ao documentário “Someday I’ll Fly”.

Por John Mayer BR


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