No ano pós-pandemia em que o mercado voltou a se agitar com centenas de shows, o KNOTFEST, realizado pelas promotoras 30E e 5B Artists, se destacou por sua produção certeira e pelos shows impecáveis, deixando no público a vontade de novas edições.
Não importa se fez sol ou chuva, nem se era dia de final da Copa do Mundo: 2022, o ano em que os espetáculos voltaram ao palco, fechou sua extensa programação de shows com um espetáculo impecável, ansiosamente esperado pelo público – a primeira edição no Brasil do mega festival KNOTFEST, maratona de metal criada pela banda Slipknot.
A passarela máxima do samba paulistano foi invadida por um público de 45 mil pessoas que lotou o local fazendo com que a primeira edição brasileira de uma dos maiores festivais de rock do planeta fosse sold out.
Para aquecer a galera, a semana anterior transformou-se em uma maratona de metal, com side shows que ocuparam espaços como a Vibra e o Cine Joia em São Paulo e a Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, todos igualmente lotados.
Lançado em 2012 nos Estados Unidos, e com edições que já aconteceram em países como Japão, México, Colômbia, França e Chile, o KNOTFEST já tinha em sua ideologia ser mais que somente um festival, mas um evento que celebrasse a cultura, algo com um clima circense e underground, que foi levado ao pé da letra no Brasil, com telões com audiovisuais tecnológicos, artistas circenses que percorreram o sambódromo dando o tom de freak show, tatuadores que tiveram fila para atendimento no meio do Sambódromo e um dos pontos altos do evento: o KNOTFEST Museum, que trazia máscaras e vestimentas, prêmio e partituras do Slipknot, e até instrumentos para o público tocar, funcionando como um “bem-vindo ao clube” para quem foi ao festival.
A transmissão do jogo do final da Copa de Futebol também foi outro acerto da produção: milhares de pessoas sentaram na arquibancada central para torcer pelos times, um das mais bonitas imagens do dia.
Nos dois palcos gigantesco, os shows, todos pontuais, reuniram, além dos anfitriões, alguns gigantes do metal internacional, como o Judas Priest, Pantera, Bring Me The Horizon, Mr. Bungle, Vended e Trivium, e também alguns destaques da cena nacional – Sepultura, Project46, Oitão, Jimmy & Rats e Black Pantera.
Em um dia pacífico, sem registros de incidentes e com um público que reunia desde crianças e jovens até roqueiros maduros, todos os shows foram elogiados. Aliás, para a grande maioria do público, o grande acerto do festival foi a curadoria dos shows, que reuniu um time de atrações de alto nível e conseguiu mesclar veteranos e novas vertentes do metal.
Para todos, o saldo foi um só: o KNOTFEST termina com gosto de quero mais e a expectativa para que novas edições aconteçam no país, mostrando um metal renovado e apontando tendências para eventos em 2023.
Que venha KNOTFEST 2023!