A Magnética apresenta em seu repertório composições que unem uma mistura do bom e velho Rock and Roll com a revolta e o descompromisso do grunge, junto do sucesso das Power Ballads . A banda natural de Bebedouro – SP, formada por Rafael Musa (guitarra e voz), Murilo Mikelin (contrabaixo), Marcelus Feltrim (guitarra) e Vinícius Campos (bateria), lançou recentemente o EP “Menina Supertramp”.
Confira:
Formado em 2013, o grupo possui três álbuns já lançados e está preparando o quarto, com previsão de lançamento para 2022. O seu primeiro trabalho foi o LP “Homo sapiens brasiliensis”, lançado no início de 2018, o segundo é o EP “Frankenstein” lançado em 2019, o qual conta com 4 faixas e apresenta trabalho audiovisual para todas as músicas.
A banda que conta com participação em diversos festivais nacionais, foi em 2016 foi vencedora do Prêmio Marcos Roberto Cheres (voto popular) com a música “Os Magnéticos” no Festival Expressão Livre, realizado na cidade de Monte Sião – MG. No mesmo festival, em 2017, ficou em terceiro lugar (júri) com a música Homo sapiens brasiliensis, música que dá nome ao primeiro álbum da banda.
Conversamos com o guitarrista e vocalista Rafael Musa sobre a trajetória da banda, processo de composição e gravação, influencias musicais, entre outras curiosidades. Confira!
De onde surgiu o nome “Magnética”?
Rafael Musa: O nome Magnética surgiu de uma coincidência bacana. Além de professor de Física, sou torcedor do Clube de Regatas do Flamengo. Durante a preparação de uma aula de magnetismo, buscando imagens sobre o assunto, apareceu uma imagem da torcida rubro-negra, carinhosamente conhecida como a Magnética. Foi então que tive a ideia de homenagear as duas paixões: a física e a torcida do Flamengo.
Como e quando a banda surgiu?
Rafael Musa: Em 2013, retornei a Bebedouro e resolvi retomar com meus amigos um antigo projeto chamado Imunes. No entanto, uma vez que não foi possível retomar o projeto com os principais integrantes, decidimos por começar um novo projeto, inicialmente com o nome Star Rats. Meses depois, por decisão da própria banda, a busca por um nome em português culminou na troca para Magnética.
A banda segue promovendo seu último lançamento, o EP “Menina Supertramp” . Como foi o processo de gravação e composição desse material?
Rafael Musa: As músicas do EP Menina Supertramp fazem parte de um conjunto de composições da banda realizadas posteriormente ao lançamento do álbum Homo sapiens brasiliensis (2018) e estavam programadas para entrar no segundo álbum intitulado Frankenstein (2019). Elas são músicas antigas e compostas por mim ainda na época da banda Imunes (2007). Além disso, como foram produzidas pela Magnética em um momento de reformulação da banda e por terem conceitos bem diferentes das músicas presentes neste segundo álbum (uma levada mais Power Ballad), a banda resolveu colocá-las em um novo EP. Com a chegada da pandemia, seu lançamento ocorreu somente em 2021 e sem adição de novas músicas.
O EP da banda foi muito bem recebido nos sites de música especializada nacionais e internacionais . Como a banda está vendo esse feedback tão positivo do material lançado?
Rafael Musa: É uma grande satisfação para a banda, uma vez que todos sabemos que bandas que passam por reformulações podem perder a pegada encerrarem seus trabalhos. Com a Magnética foi diferente. Os novos integrantes pegaram o espírito da banda e este trabalho nos mostrou isso.
Suas músicas demonstram muita intensidade e entrega por parte da banda. Qual a mensagem que a Magnética deseja passar aos ouvintes?
Rafael Musa: Que fazer música é algo sério e não se deve fazê-lo buscando sucesso ou reconhecimento. A música deve ser transformadora e passar uma mensagem. Não há beleza nas mensagens industrializadas, mensagens de mercado. Nossas músicas carregam sentimentos verdadeiros e pensamos ser este o caminho.
Existe alguma composição que seja mais especial para vocês?
Rafael Musa: Dentre as músicas deste álbum, temos um carinho especial por Menina Supertramp, pois ela é uma homenagem a todas as mulheres das nossas vidas.
Quais as bandas e fontes artísticas que inspiram o som de vocês?
Rafael Musa: No cenário musical, somos muito fãs das bandas de rock nacional dos anos 80 e 90, como Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Titãs, Pato Fu e Paralamas do Sucesso. Nossas letras têm muita influencia destes grandes artistas. No cenário internacional, a nossa grande influência é o Pearl Jam, seguido de algumas clássicas como Led Zeppelin, The Who e Kiss.
Como vocês estão lidando com a pandemia de covid 19? Que tipo de interação a banda está tendo com o público nesse momento de pandemia?
Rafael Musa: A falta de shows foi sentida por todos, já que a presença carinhosa do público nos alimenta. Ficamos um tempo sem ensaiar e nos encontramos algumas vezes para preparação do repertório para as lives que fizemos. Elas foram essenciais para mantermos contato com o público e trocarmos esta boa energia.
Podemos esperar material inédito em breve?
Rafael Musa: A Magnética sempre está compondo e em estúdio. Atualmente temos 4 músicas já gravadas esperando apenas a finalização do processo de mixagem e masterização. Ao mesmo tempo, novas músicas estão saindo do forno e logo logo serão gravadas também. Em 2022 lançaremos novas músicas e estamos muito empolgados com o resultado.