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Morrem Tarcísio Meira e Paulo José, dois ícones da TV brasileira


Tarcísio é mais uma vítima da Covid no país. Paulo José, que sofria de Parkinson, morreu vítima de uma pneumonia

Em menos de 24 horas a TV brasileira perdeu dois de seus maiores atores. O gaúcho Paulo José, de 84 anos, morreu na noite de ontem (11). O ator sofria de Parkinson, estava internado há cerca de 20 dias e teve seu estado agravado por uma pneumonia. Tarcísio, paulista de 85 anos, morreu na manhã de hoje (12), vítima da Covid-19. Ele estava internado em São Paulo desde a sexta-feira da semana passada. A esposa de Tarcísio, Glória Menezes, também foi internada com a doença, mas segundo os boletins médicos, se recupera bem.

Considerado o primeiro grande galã da TV brasileira, Tarcísio Meira participou de dezenas de trabalhos na TV, entre novelas, seriados, minisséries, teleteatros e telefilmes, numa carreira que começou em 1961, na TV Tupi. Participou ainda de 22 longas-metragens e de 31 peças de teatro. Nascido em outubro de 1935, em São Paulo, sonhava em ser diplomata na adolescência.

Estreou na TV em “Grande Teatro Tupi”, onde conheceu  Glória Menezes. Eles se casaram  em 62 e estão juntos desde então. Ambos foram estrelas da primeira noveal diária do país, “25499 Ocupado”, na TV Excelsior. Na Globo estrearam em 1967, na novela “Sangue e Areia”, escrita por Janete Clair.

Seus dois últimos trabalhos na TV foram nas novelas “A Lei do Amor”, de 2016, em que viveu o empresário e político Fausto, e “Orgulho e Paixão”, de 2018, na pele do Lorde Williamson, um industrial inglês.

Paulo José começou no teatro em Porto Alegre, em 1955, no Teatro de Equipe. Em 1962, participou do grupo que adquiriu o Teatro de Arena, ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal, Juca de Oliveira, Paulo Cotrim e Flávio Império. Estreou na TV em 1969, com “Veu de Noiva”, já na TV Globo.

Seu personagem mais inesquecível no entanto foi o mecânico Shazan, da novela “O Primeiro Amor”, de 1972, que atuando ao lado de Flávio Migliaccio. O sucesso da dupla foi tão grande, que eles logo ganharam seu próprio seriado, “Shazan, Xerife e Cia”, em que também escreviam e dirigiam os capítulos.

Com uma carreira que durou mais de 60 anos, atuou em dezenas de novelas e minisséries. Diagnosticado com Parkinson, continuou trabalhando. Em 2014 fez seu último trabalho, na novela “Em Família” (Globo), interpretando um personagem que também tinha Parkinson. No cinema, foi homenageado com o documentário “Todos os Paulos do Mundo”, de 2018, filme que revê sua carreira a partir dos filmes que protagonizou.

Por Alex Dayrell


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