Créditos Fotos: Marta Ayora
Como bons praticantes da pontualidade inglesa, o New Order subiu ao palco paulista precisamente as 23h. O show começou com “Singularity”, seguida por “Regret”, singles do álbum Music Complete, lançado em 2015, incendiando o público com ares de clássicos e garantindo o que todos já sabiam: “apesar das transformações, a banda continua incrível”.
Simpático, mas ponderado, Bernard Sumner cumprimentou a plateia, ensaiou dancinhas e chegou a arriscar algumas palavras em português, agradecendo e cumprimentando o público de São Paulo. Ao seu lado, reinava a tecladista Gillian Gilbert acompanhada por Tom Chapman, no baixo, Stephen Morris na bateria e Phil Cunningham, na guitarra.
Como era de se esperar, a apresentação do grupo não foi surpreendente e percorreu momentos marcantes da carreira com músicas como Blue Monday, Bizarre Love Triangle, Temptation, entre outras. Entretanto, a aparente previsibilidade da performance do New Order não macula em absolutamente nada a capacidade da banda de levar o público a uma verdadeira viagem temporal, entre sons, luzes sintetizadores e lembranças. A mistura de gerações na plateia emociona e evidencia o poder da música através do tempo.
Para finalizar a noite com chave de ouro, os hinos “Decades” e “Love Will Tear Us Apart”, do inesquecível Joy Division – cujo baixista Peter Hook, ex companheiro de NO e atual desafeto, realizava um show simultaneamente no Rio de Janeiro – encarregaram-se, junto a Superheated, da despedida entre o público e a alucinante cápsula do tempo sonora chamada New Order.
Confira o setlist:
Singularity
Regret
Academic
Crystal
Restless
Your Silent Face
Tutti Frutti
People on the High Line
Bizarre Love Triangle
Waiting for the Sirens’ Call
Plastic
The Perfect Kiss
True Faith
Blue Monday
Temptation
Bis
Decades (Joy Division)
Love Will Tear Us Apart (Joy Division)
Superheated
Por Ester Barreto, da ZIMEL