Desde que foi anunciado pela Disney que seria feito um live action de “O Rei Leão”, os fãs da animação surtaram. Depois disso, foi divulgado que Beyoncé seria uma das dubladoras, o suficiente para a beyhive surtar. Até então, criou-se uma expectativa enorme sobre o que pode ser considerado um dos maiores filmes do ano.
Além da diva, temos Donald Glover (Childish Gambino), fazendo um trabalho perfeito como Simba, e Seth Rogen e Billy Eichner, que são Pumba e Timão, os astros que roubam os holofotes no longa. Já na versão brasileira, as dublagens ficaram por conta de IZA e Ícaro Silva.
Quem conhece a história do filme desde a infância, possui uma relação especial com os personagens da Pedra do Reino, dessa forma, fica ainda mais difícil criar uma adaptação ou releitura. Mexer com o emocional do público, ainda mais ligado a uma nostalgia de 20 anos, é algo extremamente delicado, mas que Jon Favreau executou com perfeição. Com 30 minutos a mais de filme, as cenas acrescentadas são pequenos detalhes e não um outro víeis completamente diferente. A remake é uma réplica muito fiel a sua versão original, o que deixa tudo ainda melhor.
Uma grande diferença é o foco na personagem de Beyoncé, a Nala. A melhor amiga de Simba comanda os leões e vai atrás de uma solução para o problema do reino. A leoa está mais empoderada e independente. Algo que já acontecia no musical do teatro, tanto que a mesma tinha a faixa solo ‘Shadowland’, que foi “substituída” por ‘Spirit’, a canção original da versão de 2019. Mesmo editada e cortada para ser introduzida no filme, a música nova se encaixa perfeitamente na trilha sonora vencedora de um Oscar em 1995.
Inclusive, a trilha sonora de “O Rei Leão” já foi lançada nas plataformas digitais. Já na próxima sexta-feira (19), também ganharemos o álbum “The Lion King: The Gift”, inspirado no longa metragem e produzido por Beyoncé com participações incríveis como Kendrick Lamar, Jay-Z, e sua filha Blue Ivy.
Outras pequenas diferenças é a forma como Scar mata Mufasa, como o vilão interagiu com Sarabi depois da morte do irmão, além dos crossovers de “A Bela e a Fera” e “Vida de Inseto”, que inclusive fazem qualquer fã da Disney surtar!
Timão e Pumba, assim como na versão original, são um show a parte. A dupla faz toda a diferença na trama e estão ainda mais simpáticos! A cena de “The Lion Sleeps Tonight” pode ser considerada uma das favoritas pelos fãs também. Já as hienas desempenharam um papel mais insignificante que o normal.
A tecnologia CGI, de computação gráfica, que tornou tudo possível é impressionante. Ao pensar que não temos nenhum animal real, nem os ambientes, é surreal. Assim como em “The Jungle Book (Mogli)”, feito pelo mesmo diretor, o filme possui visuais de tirar o fôlego, com mudança de foco, zoom e detalhes minimalistas nos pelos dos animais, ou insetos, por exemplo.
O live action de “O Rei Leão” está disponível nos cinemas, e é possível voltar à infância, se arrepiar com tudo novamente. Caso você nunca tenha assistido, é perfeito para conhecer uma das melhores histórias do universo Disney.
Por Alexandre Levy