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O show Ana & Jorge através da visão de experts: Fãs!


Imagine um show com dois grandes artistas com muitos anos de carreira. Um show com uma história de 11 anos pesando sobre ele, produções dos dois artistas atuando juntos, fãs dos dois artistas dividindo o mesmo espaço e as preferências musicais de ambos, muita expectativa a respeito do comportamento de um e de outro por parte de todos os que estavam presentes… Muita coisa que poderia ter transformado esse reencontro em uma catástrofe.

A tarefa de Ana Carolina e Seu Jorge era, digamos, no mínimo difícil. Mas como talento é receita mais que suficiente para o sucesso, essa dupla conseguiu, literalmente, agradar a gregos e troianos. Ambos parecem ter conseguido preservar o mesmo tom do primeiro show – e é impossível não cair no clichê de comparar o passado e o presente – foram respeitosos com seus públicos e respeitosos consigo próprios, com suas motivações. Parecem, mais uma vez, ter mantido o respeito, principalmente, pelo prazer em cantar. E cantar juntos! Se essa foi a essência do primeiro show, parece que a mesma essência permaneceu.

A diferença principal, para nossa sorte é que o show está maior! Está menos intimista, mais grandioso, mais pensado, programado, produzido, com mais canções! Muito mais canções!!! Se o primeiro encontro contou com 20 canções, esse tem 30!!! É isso ai! Como nem nós ousaríamos achar que ia ser! Um maná, gente! Pra ninguém sair reclamando!

Os grandes sucessos do primeiro show, quase todos muito pedidos pelos fãs nas redes sociais, estão lá: “Tanta Saudade”; “Chatterton”; “É isso aí” (claro, realmente, como a gente achou que ia ser… rsrs); “Comparsas”; “Pequinês e Pitbull”; “Pra Rua Me Levar”; “São Gonça”; “Carolina”; “Garganta” e “Beat da Beata”. Ou seja, quem perdeu o primeiro Ana & Jorge se sentirá, digamos, vingado! Metade do primeiro Ana & Jorge está de volta. Com nova roupagem, mas não menos elegante.

Os grandes sucessos dos dois artistas também marcam presença: “Pole Dance”; “Mina do Condomínio”; “Cantinho”; “Quem Não Quer Sou Eu”; “Vox Populi”; “Sinais de Fogo”; “Amiga da Minha Mulher”; “Rosas”; “Salve Jorge”; “Elevador”; “Burguesinha”. Fãs de Ana Carolina e Seu Jorge de diversas épocas diferentes foram contemplados com muitos momentos para dançar e cantar junto com seus ídolos.

Além, é claro, da mais nova canção da parceria de ambos – “Mais Uma Vez (Nós Dois)” – muito dançante, letra simples e cheia de significados, aparece em dois momentos diferentes do show com arranjos diferentes.

E, como já era de se esperar, há as novidades que ficam por conta do “papinho” entre os dois logo depois do primeiro bloco de canções elencando tudo o que aconteceu de “interessante” no País entre o primeiro e o segundo shows. Papo leve e engraçado, com um “quê” de crítica, mas feita de forma leve e despretensiosa. O que, particularmente, achamos de bom tom. Os tempos andam bicudos, ninguém aguenta mais ler, ouvir e comentar as mazelas que andamos vivemos e o novo encontro entre os dois é um excelente momento para a diversão e para lembrar que, nem só de más notícias e revolta se faz a vida. Ponto para a dupla que parece ter encontrado a medida certa para dar uma “cutucadinha” de leve na onça sem levantar bandeiras específicas e sem perder o humor.

E, a escolha de canções novas fora do repertório dos dois não foi nada óbvia. Canções conhecidas, “Ma Non Troppo”, muito gostosinhas de ouvir e muito bem trabalhadas pelos dois, em solo ou em dupla: “Não Diga Nada” (de Prêntice, sucesso nas vozes de Fábio Junior, Roupa Nova, Só Pra Contrariar, entre outros); “Coleção” (de Cassiano, sucesso nas vozes de Ivete Sangalo, Mauricio Manieri e do próprio Cassiano); “Sábado e Domingo” (de Hyldon e Nenem); “Tiro ao Álvaro” (de Adoniran Barbosa – divertidíssima); “Chiclete com Banana” (de Jackson do Pandeiro); “Mal Acostumado” (de Meg Evans e Ray Araújo, sucesso nas vozes do grupo Araketu) e “Talismã” (de Michael Sullivan e Paulo Massadas, sucesso nas vozes de Leandro e Leonardo). Samba, Pagode, Axé, Brega… Classifiquemos como quiser. Nas vozes da dupla se agigantam, ganham nova vida e nos fazem entender que, no fundo, é tudo Música Popular Brasileira! Ficou muito bom!!! Mais uma estrelinha para a dupla!

Ah! Tem dancinha no final! Adoramos!!!

E, para fechar as impressões sobre esse reencontro memorável – que, tornamos a dizer, merece ser registrado em DVD e tornar-se imortal – ficam as observações sobre um personagem que entendemos merecer destaque especial: a iluminação. Ou melhor, Light Design. De responsabilidade de Erich Bertti, as luzes não passaram despercebidas. Cantaram e dançaram junto com a dupla e emocionaram MUITO! Cenário mais que perfeito que dispensou outros elementos cênicos que poderiam tirar a atenção do foco principal: as canções e as vozes desses dois artistas que jamais serão esquecidos pela história da música no Brasil e, ousamos dizer, fora dele também. A presença dos dois DJs não passou em branco: Mikael Mutti e Rodrigo Tavares foram bandas inteiras, cheios de elementos que compuseram com Ana e Jorge arranjos inesquecíveis para canções que nunca pensaríamos da forma como se apresentaram.

Hoje tem mais! Às 22h30 no Citibank Hall em São Paulo. Ainda dá tempo para a galera Paulistana. Corre lá! Depois desse só fora de São Paulo: agenda completa AQUI!

Agradecimentos mais que especiais à Josiane Blummer, Dani Abreu e à Midiorama.

Por Cantinho da Ana Carolina


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