Bíblia mundial da sensualidade, a Revista Playboy não será mais a mesma: a partir de agora, nada mais de nus explícitos na edição americana da revista, que é a matriz de todas as outras publicadas mundo afora. A proposta faz parte da reformulação da revista, que vem passando por uma grave crise de vendas nos EUA e em alguns países do mundo, incluindo o Brasil. Segundo os editores da revista, não é mais possível concorrer com a Internet, e a revista vai se dedicar mais a ensaios sexys, e tentar focar mais na parte jornalística – em seu auge, as mais importantes personalidades do mundo, como os presidentes dos EUA, os principais artistas e políticos, davam entrevistas exclusivas para a revista.
A Playboy americana foi fundada em 1953 nos Estados Unidos por Hugh Hefner, que ainda é um dos seus diretores, e já chegou a vender quase seis milhões de exemplares por mês, só nos EUA. Hoje suas vendas não ultrapassam os 800 mil/mês. Tem 33 edições internacionais em 30 idiomas diferentes, incluindo o Brasil. Segundo seus editores, “A nudez perdeu o impacto e ficou desatualizada por causa da Internet”. Sua primeira capa foi a atriz Marilyn Monroe.
No Brasil, a Playboy foi lançada em 1975, inicialmente com o nome “Homem”. Em seus 40 anos de história, algumas edições venderam mais de 1 milhão de exemplares – as recordistas são as da Feiticeira e a de Tiazinha, ambas de 1999. Atualmente, as edições nacionais não vendem mais que 75.000 exemplares por mês. Os editores da edição brasileira no entanto não confirmaram se haverá uma mudança de rumo na linha editorial da Playboy Brasil.
Por Alex Dayrell