A cantora Preta Gil, que sempre abraçou a causa LGBTI, estará presente na parada do Orgulho Gay neste domingo, dia 19 de novembro, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, cidade em que nasceu e onde desfila no Carnaval com seu “Bloco da Preta”. A cantora participará do evento ao lado de nomes como Daniela Mercury, Pabllo Vittar, Iza, Valesca, Lexa e Aretuza Lovi, que também se apresentam no evento.
A 22ª Parada LGBTI do Rio de Janeiro, que acontece a partir das 13h, já está sendo chamada de “Parada da Resistência”, após a Prefeitura do Rio de Janeiro cortar todo o patrocínio ao evento. Preta Gil e vários outros artistas que estarão presentes abriram mão de seus cachês para as apresentações na Parada, que terá como tema esse ano “Resistindo à LGBTIfobia, fundamentalismo, todas as formas de opressão e em defesa do Rio”. A Parada do Orgulho LGBTI Rio terá seis trios, vários shows e a bateria da Estação Primeira de Mangueira também fará parte da manifestação, levando o brilho da escola para a Avenida Atlântica.
Completando quinze anos de carreira em 2017, Preta Gil acaba de lançar o álbum Todas as Cores, que contou com a participação de Pabllo Vittar na faixa “Decote” e de sua madrinha, Gal Costa, em “ Vá se Benzer”. O dueto com Gal Costa é um manifesto em forma de clipe e texto, que reproduzimos abaixo.*
Estes lançamentos reforçam o posicionamento da cantora em sua luta contra o preconceito e sua campanha para que as pessoas parem de julgar e atacar o próximo por suas escolhas e o aceitem como são.
Preta explicou o porquê de apoiar o movimento LGBTI:
“Eu sou solidária à causa desde sempre, e qualquer iniciativa que pregue a igualdade de direitos e gênero, a aceitação das diferenças e o respeito ao próximo, terá sempre o meu apoio e incentivo. Sempre abracei a comunidade LGBTI e dessa vez poderei estar junto de todos os artistas e pessoas que entendem a importância de nos unirmos em prol desse necessário e genuíno movimento.”
A cantora lembra ainda a importância de todos comparecerem ao evento:
“É despertar a consciência, é dizermos para a sociedade e para a família brasileira que o amor deve estar acima de tudo, que não importa qual seja a sua opinião ou sua ideologia, não podemos julgar o próximo e tirar dele o seu direito de ser feliz. Todos somos iguais, apesar de nossas diferenças. Chegamos a um momento crítico em nossa história, em que a humanidade precisa pensar em si como uma coisa só. Você não precisa agir como o outro, mas não pode julgar ou atacar alguém por causa de uma opinião ou um pensamento discordante. A parada é amor e é como o Bloco da Preta, o lugar certo para celebrar a vida, respeitar os irmãos. Eu estou muito feliz em poder participar.”
*MANIFESTO VÁ SE BENZER *
Vá Se Benzer!
Sou eu, diz aí quem é você entre os 7.6 bilhões dessa terra?
Quem somos na fila do pão, do “inferno” ou “céu” desse nosso existir?
Quem sobreviverá a era do ódio apocalíptico? Ao tempo bi-polar em um mundo partido por partidos, lados da mesma moeda.
Quem está livre dos “likes” e “dislikes”? Dos “gostos” e “desgostos” de convivermos na rede virtual da sociedade?
Sou preto e você azul? Sou homo e você hétero? Sou gordo e você magro? Sou Shalom e você Saravá? Sou isso e você aquilo? O que importa? Que diferença a diferença fará em um mundo finito de infinitos mortais?
No final iremos todos para um mesmo buraco, alguns cremados quando o dia chegar, outros queimados vivos pelos seus “iguais”.
Esquecemos de respirar o ar do viver em paz e viciados na guerra, praticamos sem culpa o esporte de julgar.
Seu Deus é melhor que o meu? E quem não tem um pra chamar de seu? Merece respirar o mesmo ar?
Quem te ensinou a julgar não tinha defeitos? Seus medos são maiores que seus preconceitos? Você tem moral para opinar sobre a moral do outro?
Quem é caça e caçador na selva? Mocinho ou bandido no “bang bang”? Está livre do mosquito ou da bala perdida?
Hipócritas apontam o dedo aos gordos, índios, albinos, coxos, pequenos, negros, ricos, pobres, cafonas… A todos que sirvam de alvo aos pescadores do ódio nas redes virtuais, nas rodas virulentas e virais dos odiosos de plantão.
Ninguém é santo e está livre desse pecado. Quem nunca apontou o dedo?
Tem alguém perfeito aqui? Tem alguém acima do bem e do mal?
Alguém encontrou a felicidade ou a satisfação? Conta aí, compartilha.
E amar, alguém já sabe conjugar? Ainda há tempo?!
Ainda nos resta o dia de hoje, talvez o segundo seguinte, o presente, esse aqui e agora.
Seu tempo, meu tempo, seu direito, meu direito. Su casa mi casa.
Paremos de julgar, de jogar pedra, de gastar a vida fazendo com o outro o que não quer sentir na pele.
Respeito é bom e você gosta, eu gosto.
O último a sair do jogo de acusações do homem contra o homem, acende a luz.
A luz da vida para amar e ser livre, para ser quem você é e fazer sua parte.
Tome conta da sua vida, deixe o outro pagar as próprias contas e pecados.
Crédulo ou não, ninguém é santo nesse templo da imperfeição.
Se não acreditar em nada disso, basta aceitar ser H-U-M-A-N-O mano(a).
Humano na espécie, humano no propósito de fazer e querer ser feliz.
Pensa no outro além de si.
Estamos juntos sob a lei da ação e reação, seja “fake”, “hater”, beato ou pagão.
Fazer o bem, que mal tem?
Fazer o mal, que bem faz?
Diga aí, quem é você?
Vá Se Benzer!
Assista ao Clipe Manifesto #pretagil #galcosta :
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