O Carnaval finalmente chegou! Essa é aquela época do ano em que a gente se joga na folia com os amigos até o último segundo, pois é depois desses dias de festa que o ano começa de verdade e a gente pega firme no batente.
E ao mesmo tempo que esse é um período de diversão, para muitas pessoas, é exatamente o oposto. Não é difícil vermos relatos de abusos sexuais contra mulheres durante o Carnaval, ou vermos a perpetuação de estereótipos discriminatórios em formas de fantasias e “humor”.
Então, aqui vão 4 dicas bacanas para você curtir a folia sem estragar a de ninguém:
Não é não:
Esse é bem simples: não é não! Não é porque a moça está com uma roupa mais curta que você pode chegar tocando no corpo dela, puxar pelo braço, chegar por trás, chamá-la de “gostosa” ou tomar qualquer outra atitude que invada o espaço dela. Aliás, isso serve para todo mundo. Viu uma moça/rapaz que te atraiu? Chegue nela(e) com educação, converse, jogue o seu charme, mas caso ela(e) fique desconfortável ou disser não, pare por aí e leve seu bloco para outra avenida. Vamos fazer desse, um #CarnavalSemAssédio.
“O comportamento machista ainda acha que uma mulher não pode usar uma fantasia e pular carnaval apenas para se divertir. Ele acredita que ela está disponível e, com isso, pode assediá-la livremente sem ser punido. E isso precisa mudar. São dicas importantes que vamos publicar nas nossas redes sociais para alertá-los de que depois do ‘Não’ é tudo assédio”. Diz a secretária de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Nara Borgo.
Use camisinha:
A camisinha ainda é a melhor forma de prevenir uma gravidez indesejada, HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. Se por acaso acontecer alguma situação de exposição ao vírus do HIV, vá a um Posto de Saúde em até 72 horas e peça pela Profilaxia Pós-Exposição (PEP), a qual previne a infecção pelo vírus a partir de uma medicação que precisa ser tomada por algum tempo. Mas vale o lembrete: previna-se e use sempre camisinha!
Fique de olho na sua fantasia:
As fantasias fazem parte do Carnaval, mas é preciso pensar um pouco no personagem que você quer representar. Para muita gente pode parecer inofensivo, mas para o grupo estereotipado ali, a coisa toda é bem ofensiva. Para citar um exemplo: a nega maluca. Pessoas brancas pintarem-se de preto é uma forma bem racista de representação da população negra, a chamada black face. A sua origem é bem antiga (1830), começando nos Estados Unidos, quando homens brancos se caracterizavam de negros, reforçando estereótipos sobre essas pessoas e ridicularizando-as a fim de provocar o riso. Além disso, o black face impedia que os próprios arrumassem trabalho no teatro.
Ou seja, não seja essa pessoa, colega. Não se pinte de preto (ou se vista de índio) ou de empregada doméstica, não contribua para a perpetuação de estereótipos racistas sobre pessoas negras. A gente tem tanto exemplo divertido para se pintar ou fantasiar, então, dá para usar bem a sua criatividade sem ofender ninguém.
Facebook/Kéfera Buchmann – 2016
Não leve o preconceito para a rua:
O Carnaval é essa época de folia e de curtição e todo mundo quer o mesmo, certo? Portanto, não leve preconceito na rua e respeite todo mundo. Não é difícil, não dói e todo mundo tem uma experiência ótima durante as festas.
Essas foram quatro dicas bem simples, mas que a gente costuma esquecer nessa época do ano. Então, o lembrete é sempre válido!
Bom Carnaval e divirta-se!
Por Prosa Livre