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“Rainhas do Crime”: o protagonismo feminino e a frieza dos anos 70


Melissa McCarthy, Tiffany Haddish e Elisabeth Moss assumem o protagonismo feminino no filme que estreia dia 9 de agosto

“Rainhas do Crime” tem as atrizes Melissa McCarthy, Tiffany Haddish e Elisabeth Moss como protagonistas. Como a maioria pode pensar, um filme com Melissa e Tiffany poderia ser uma comédia, já que são mais conhecidas pelos seus papéis cômicos, mas já no trailer podemos perceber que neste filme, seus personagens vêm com uma proposta diferente. O longa é baseado nos quadrinhos da “Vertigo”, selo adulto da DC Comics. E se você se perguntou, porquê essas atrizes foram escaladas pra um filme gangster, a diretora Andrea Berloff, pretende acabar com as definições de que uma atriz comediante só funciona para filmes de comédia. Na verdade, elas só precisam de oportunidades.

O filme passa nos anos 70, em Hell’s Kitchen, um bairro de Nova Iorque. Kathy (Melissa McCarthy), Ruby (Tiffany Haddish) e Claire (Elisabeth Moss) são três mulheres com personalidades diferentes e que lidam com a vida de ser “dona de casa” e são subordinadas aos seus maridos mafiosos. Kathy vive para os filhos, o marido de Ruby faz dela sua serva, e Claire é vítima de agressão. Seus maridos irlandeses são presos pelo FBI e tudo complica, elas se veem obrigadas a liderar as operações que antes era comandada por eles já que quase não restou nada pra viverem. E elas provam estar preparadas para assumir negócios ilícitos e se livram de pessoas de uma maneira cruel.

Esse não é o filme que vai reforçar a imagem da mulher super sensível, na verdade ele nos mostra que mulheres podem conquistar o poder até de algo que não têm conhecimento inicial e assim conseguir derrotar o sistema.
Berloff, diretora do filme, também diz “Filmes feitos por mulheres não são só pra mulheres”. É preciso acabar com esse pensamento de que dar o protagonismo à mulheres faz com que as obras sejam destinadas apenas para um público. É necessário que o mundo comece a ver isso com a naturalidade que vemos a participação ativa de homens em qualquer cenário.

Voltando ao longa, Kathy é uma mulher inteligente e determinada, que ama a sua família (até mesmo seu marido que acha que ela deveria sair das operações porque não acredita na sua capacidade), mas que tem total noção do que a sociedade espera das mulheres, aquela que apenas vai procriar. Ruby tem uma força ancestral, não teme a ninguém. Mas tem que suportar o que o marido deixou, a sogra. Claire consegue tirar do seu sofrimento toda a força que precisa pra não deixar que mais ninguém abuse dela. E até consegue se apaixonar no meio de toda operação.

Esse trio em ação vai surpreender, principalmente com a volta de seus maridos da prisão. E como qualquer parceria, alguns desentendimentos e surpresas vão surgir. O que foge bastante do clichê “melhores amigas” se divertindo. Não espere um filme bobo ou de comédia. Estamos falando de um filme que retrata os anos 70 e sua frieza.

Por Kassia Cutrim


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