A banda foi escolhida para encerrar a noite do quarto dia de festival, que só acaba no domingo. Em sua terceira passagem pelo país em três anos, o setlist do grupo era uma surpresa. Será que retornariam com os clássicos ou inovariam? Visto que nenhum álbum foi lançado desde então, qualquer sucesso teria minimamente três anos.

O grupo estava de luto, homenageando um amigo que morreu recentemente. Em sua homenagem, o Red Hot trouxe Just What I Need It, de Ric Ocasek. Outra inovação veio como pedido de aniversário de Josh Klinghoffer. Sikamikanico nunca havia sido performada ao vivo antes e foi bem aceita pelo público. No geral, as inovações não incomodaram, mas também não animaram. Por ser o último show da noite, foi acompanhado por uma plateia cansada de esperar o dia inteiro. O resultado foi a saída previa de muitos, que não foram cativados pelo setlist escolhido.

O show do Red Hot Chilli Peppers trouxe bons momentos. Clássicos como Californication, Aeroplane e Dani California levaram o público ao delírio. As músicas ecoaram em todo Rock in Rio. Quem esperou foi agraciado com o que tanto queria ouvir. Anthony Kiedis não decepcionou e entregou o tradicional ritmo da banda. Give It Away encerrou a noite e a energia se espalhou por todo o gramado. O quarto dia de Rock in Rio estava encerrado com mais uma participação do Red Hot.

A banda já esteve no Brasil outras nove vezes, sendo a primeira vez em 1993. Desde então, já se apresentou das mais diversas formas, nos mais diferentes lugares. De uns anos pra cá, porém, o Red Hot Chili Peppers parou de surpreender e alguns fãs até reclamaram da apresentação de 2001. O grupo se apresentou algumas vezes no Lollapalooza, onde foi ovacionado pelos rockeiros lá presentes.

Após a nona passagem, fica a dúvida: será que mais um ano de Red Hot em 2020 é mesmo necessário?

Fotos por I Hate Flash

O Balde de Pipoca está no Rock in Rio 2019 a convite da Heineken

Por Balde de Pipoca