Logo após o sucesso de “Me Chame Pelo Seu Nome”, outro romance entre dois homens está prestes a conquistar as telonas. O longa “Com Amor, Simon” estreia no Brasil no próximo dia 5 de abril. Baseado no livro de Becky Albertalli, o romance é protagonizado por Simon, um jovem gay, não assumido, que começa a viver um romance virtual com outro menino.
Inevitavelmente, o filme traz alguns clichês típicos de filmes adolescentes, mas também explora novas perspectivas dentro deles. Uma delas é um marco de representatividade e inclusão. “Com Amor, Simon” é o primeiro romance adolescente gay produzido por um grande estúdio. Provavelmente, muitos jovens LGBTs irão se identificar no personagem.
O roteiro retrata bem os momentos de angústia e solidão vividos pelo personagem enquanto tenta tomar coragem para se assumir, uma luta travada pela maioria dos LGBTs durante a adolescência. Ao mesmo tempo, Simon é construído como uma figura inspiradora, capaz de encorajar outros a seguir seus passos mesmo estando do lado de cá da tela. Sem dúvidas, o filme cumpre seu papel social, trazendo também lições sobre empatia e amizade.
I came out during love Simon. my friends were there, my parents were there, a full theatre was there. People were laughing an singing and crying and clapping throughout the whole movie. Ive never seen a movie bring people together this close. I made friends there. Teens need this
— love, j 🎡 (@endlesslyqueer) 18 de março de 2018
A atuação de Nick Robinson no papel principal é fundamental na construção do personagem e merece nota. Tecnicamente, o filme também não deixa a desejar. A combinação de montagem e fotografia transporta uma série de sensações aos espectadores, que sentem as próprias dores e alegrias no personagem. Basta ir com o coração aberto que você será tocado!
De modo geral, o filme consegue abordar questões delicadas de uma forma suave e clara. Além disso, tem tudo para ser um passatempo gostoso para públicos de diferentes idades. Não à toa, o filme estreou no Top 5 americano com US$ 11 milhões de bilheteria no primeiro fim de semana.
Por Matheus Wenna para Midiorama