Nossa querida e linda Rihanna é capa da revista Vanity Fair  de novembro! Com fotos feitas pelas ruas de Havana, capital de Cuba, Riri usou looks maravilhosos, fez fotos nua, falou sobre ser um símbolo da violência contra a mulher e abriu sua relação com Chris Brown. Em um papo aberto com a repórter Lysa Robinson, a cantora fala também abertamente sobre sexo casual, amor e relacionamentos.

A entrevista começa com uma declaração de Jay Z sobre Rihanna:

“O que faz a Rihanna ser especial – fora a sua música – é que ela é uma pessoa que é genuinamente ela mesma. As pessoas se conectam com ela. Você vê a versão autêntica de quem ela é. Você pode ver suas ciccatrizes e suas falhas… Ela já passou por coisas que todo mundo já passou — relacionamentos disfuncionais, coisas que não deram certo na frente dos olhos de todo mundo — e ela fez um excelente trabalho em manter a vida dela privada e apenas vivendo sua vida tão nova, sem culpa. Você precisa ter uma capa dura nesse negócio; você vai ouvir algumas coisas sobre você mesmo que você vai parar e pensar, ‘O quê??? Você está maluco?'”

Além disso, a cantora também comenta sobre sua fama de rebelde:

“Eu honestamente ando pensando o quão divertido seria viver minha reputação. As pessoas tem essa imagem de como eu sou rebelde e louca, e eu não sou tudo que pensam de mim. A realidade é que a fama e os rumores – essa foto significa isso, aquela significa aquilo -, isso realmente me enlouquece.”

Em uma sala privada do restaurante Giorgio Baldi, seu favorito em Los Angeles, a conversa de Riri com Lysa começa falando de sexo casual, que a deixa vazia. A diva do mundo pop afirma que aprendeu a se guardar e a se defender da maneira mais difícil:

“É por isso que eu não tenho feito sexo ou realmente saído com alguém. Porque eu não quero acordar no dia seguinte me sentindo culpada. Eu digo, eu fico com tesão, eu sou humana, eu sou uma mulher, eu quero fazer sexo. Mas o que eu vou fazer — apenas achar o primeiro cara aleatório que eu ache que será um grande encontro para a noite e aí eu acordo amanhã me sentindo vazia e oca? Ele tem uma grande história de vida e eu fico… o que estou fazendo? Eu não consigo fazer isso comigo. Eu não consigo. Tem muito pouco a ver com a fama e muito a ver com a mulher que eu sou. É o que me salva.”

Na entrevista à Vanity Fair, Rihanna conta que sua vida mudou em 7 de fevereiro de 2009, quando, ainda apaixonada por seu ex-namorado e primeiro amor, Chris Brown a agrediu dentro de seu Lamborghini e a deixou na rua machucada e sangrando. As imagens foram vazadas para o TMZ e rapidamente chegaram em todo o mundo. Perguntada pela revista se Rihanna seria para sempre um símbolo da violência doméstica, a cantora disse que não entende como isso aconteceu:

“Bem, eu nunca entendi isso. Como a vítima continua sendo punida de novo e de novo. Está no passado e eu não quero dizer ‘Supere isso’, porque é uma coisa muito séria que ainda é relevante, ainda é real. Muitas mulheres, muitas garotas novas, ainda estão passando por isso. Muitos garotos novos também. Não é um assunto para ser varrido para debaixo do tapete, então não posso simplesmente deixar para lá como se não fosse nada ou que eu não levo a sério. Mas, para mim e qualquer pessoa que tenha sido vítima de agressão doméstica, não é uma coisa que queremos lembrar. Ninguém nem sequer quer admitir que aconteceu. Então falar sobre isso e dizer uma vez, ainda mais 200 outras vezes, é como… Eu preciso ser punida por isso? Eu não me sentia bem com isso.”

Ainda sobre sua relação com Chris Brown, Riri explica porque voltou com ele mesmo após ter sido agredida:

“Eu era aquela garota que sente que, por mais dor que se sinta nesse relacionamento, talvez algumas pessoas sejam mais fortes que outras. Talvez eu seja uma daquelas pessoas feitas para aguentar esse tipo ‘merda’. Talvez eu deveria ser o anjo dessa pessoa, para estar lá quando eles não forem fortes o suficiente, quando eles não estiverem entendendo esse mundo, quando eles simplesmente precisam de alguém para encorajá-los de uma maneira positiva e dizer a coisa certa.”

Perguntada por Lysa se ela achou que poderia mudá-lo sua resposta foi assertiva:

“Cem por cento! Eu era muito protetora em relação a ele. Eu achava que as pessoas não o entendiam. Mesmo depois… Mas você sabe, você percebe depois de um tempo que naquela situação você é o inimigo. Você quer o melhor para eles, mas se você fica relembrando a eles sobre seus erros, ou se você lembra a eles seus momentos ruins na vida, ou ainda se você diz que está disposta a aguentar isso, eles pensam menos de você — porque eles sabem que você não merece aquilo que eles tem para dar. E se você aguenta isso, talvez você esteja concordando que você ‘merece’ isso, e foi aí que eu finalmente tive que dizer, ‘Uh-oh, eu sou estúpida por pensar que eu fui feita para isso’. Às vezes você simplesmente precisa se afastar. Eu não odeio ele. Eu vou me preocupar com ele até o dia que eu morrer. Nós não somos amigos, mas não é como se fôssemos inimigos. Nós não temos um relacionamento agora.”

Feliz e segura de si mesma, Rihanna se divide entre Nova York e Los Angeles e se mostra extremamente trabalhadora, nada da bad girl que diariamente tentam mostrar em diversas publicações. Também romântica, Riri encerra a entrevista garantindo que o homem de sua vida ainda vai aparecer:

“Eu estou bem comigo mesma. Eu realmente não quero deixar ninguém entrar. Eu tenho tanta coisa acontecendo, que eu nem estou me preocupando com isso.”

Lysa diz ainda que vai ser preciso uma pessoa muito especial para ela dividir a vida e Riri é mais vez categórica:

“Cem por cento! Um gentleman muito extraordinário, com muita paciência, vai aparecer quando eu menos esperar. E eu não quero isso agora. Eu realmente não posso ser tudo para alguém. Essa é a minha realidade agora”.

Perguntada se, então, algum dia alguém aparecerá em um cavalo branco, Rihanna responde rindo:

“Não. Não em um cavalo branco. Provavelmente em uma moto preta.”

Por Rebeca Guio e Isadora Ancora