Roberto Carlos começa o show já emocionando todo o público e todos já sabem de sua clássica entrada – ele entra e diz “que prazer rever vocês”, canta “Emoções”, enfileira sucessos, conecta suas músicas com falas (algumas já conhecidas) mas todo aquele momento parece ser único e feito exatamente para cada um sentado na plateia do show. Não é difícil chamar ele de Rei depois de assistir seu show, ele realmente tem esse poder. Com um atraso aproximadamente de uma hora por condições meteorológicas, essa demora não impacta em nada e só aumenta a empolgação da plateia.
Assistir ao show de Roberto Carlos é uma experiência única na vida. A introdução do show já vale a pena o ingresso, um breve vídeo emociona e mostra toda a trajetória do cantor que celebra nos palcos os 60 anos de trajetória artística, 140 milhões de discos vendidos e seus 78 anos de idade, completados no último mês de abril. É uma experiência inesquecível pela importância de suas canções, da emoção e da energia que existem na plateia. É virar para o lado e ver mulheres de todas as idades encantadas e acompanhando o olhar delas é fácil deduzir que muitas estão realizando um sonho de ver (ou rever) Roberto Carlos ao vivo.
Na primeira das datas no Espaço das Américas, o cantor era aplaudido durante todo o tempo, bastava olhar para o lado e ver o público extremamente emocionado. Falando em público, o Rei estava recebendo vários convidados especiais na plateia! Padre Fábio de Melo, Zezé Di Camargo, Ed Carlos e Geraldo Luís eram alguns dos ilustres nomes que foram prestigiar o show.
Com tantas músicas memoráveis, a escolha do repertório não peca em nenhum momento. Vale destacar “Lady Laura”, “Tolo”, “O Calhambeque”, “Como Vai Você” e claro, as que não precisam de apresentação “Esse Cara Sou Eu” e “Como é Grande o Meu Amor Por Você”. O show contou com a adição da canção “Amazônia” de surpresa, e cantando Roberto dá um jeito de comentar sobre a situação horrível que estamos vivendo.
“Terríveis sinais de alerta, desperta pra selva viver
Amazônia, insônia do mundo
Amazônia, insônia do mundo
Todos os gigantes tombados
Deram suas folhas ao vento”
No fim do show, o “fim” acaba sendo o menos importante quando “Jesus Cristo” começa a tocar e todas as mulheres vão lá para a frente tentar receber uma rosa de Roberto. Não se trata de um final porque depois de ver suas músicas ao vivo, é fácil levar o cantor no coração. Cada música dedicada à plateia tinha uma importância indescritível para os presentes, senhorinhas usando até faixa na testa como crianças que sabiam cantar todas as músicas. São lindas canções, uma orquestra maravilhosa e um carisma único alguns dos elementos da fórmula do fenômeno que marca diversas gerações.
Roberto Carlos ainda se apresenta nos dias 04, 06, 07, 11, 13, 14 e 22 de setembro de 2019 no Espaço das Américas em São Paulo. Para mais informações acesse www.robertocarlos.com
Por Balde de Pipoca