Patrocinada pelo Circuito Cultural Bradesco Seguros e Previdência e idealizada pela Dell´Arte Soluções Culturais, a Série Dell´Arte Concertos Internacionais 2008 chega a sua quinta atração do ano trazendo para os cariocas a mais importante orquestra da Bélgica e uma das mais premiadas e celebradas da Europa – a Orchestre Philharmonique de Liège, que se apresenta na cidade no dia 20 de agosto.
Vencedora de vários prêmios internacionais como o Diapason d’Or (2002), Victoires de la Musique Classique (2003), Grand Prix de l’Académie Charles Cros (2004) e o prêmio Caecilia (2004), além de várias distinções concedidas pelas principais publicações especializadas, a orquestra realiza cerca de noventa concertos por temporada, e é convidada habitual do Palais des Beaux-Arts de Bruxelas, Philharmonie de Luxemburgo, Auditorium du Nouveau Siècle de Lille, apresentando-se ainda na Grande Bélgica e em praticamente todas as cidades européias.
Em sua apresentação carioca, que terá como regente Pascal Rophé e como convidado o trompetista Sergei Nakariakov, ela irá apresentar um programa imperdível, com Cesar Frank (Le chasseur maudit), Johan Nepomuk Hummel (Concerto para trompete e orquestra em Mi bemol maior) e Claude Debussy (La mer – trois esquisses symphoniques).
A Orquestra
Fundada em 1960, a Orchestre Philharmonique de Liège é a mais importante formação sinfônica da Bélgica. Ela se beneficia do apoio do governo da comunidade, da cidade de Liège e da província de Liège. Integrada por noventa e sete músicos, teve como diretores musicais Fernand Quinet (1960-1964), Manuel Rosenthal (1964-1967), Paul Strauss (1967-1977), Pierre Bartholomée (1977-1999), Louis Langrée (2001 – 2005) e desde 2006, Pascal Rophé.
A OPL se orgulha de haver acolhido artistas como Armin Jordan, Günther Herbig, Theodor Guschlbauer, Paul Daniel, Petri Sakari; os regentes belgas Jean-Pierre Haeck e Patrick Davin e, entre os solistas, Vadim Repin, Martha Argerich, Augustin Dumay, Boris Belkin, Pieter Wispelwey, Emmanuel Pahud, Brigitte Engerer, Frank Braley. O conjunto também é reconhecido por sua política de promover a nova geração — Philippe Jordan, Stéphane Denève, Renaud e Gautier Capuçon, James Ehnes, Nicholas Angelich, Claire-Marie Le Guay, Tedi Papavrami, David Cohen e Sophie Karthäuser, entre outros.
Graças aos seus sucessivos regentes, a orquestra estabeleceu, em quase meio século, uma forte identidade com a música francesa, especialmente para a criação e o repertório contemporâneo de compositores como Messiaen, Boulez, Dutilleux, Pousseur, Lindberg, Escaich, Boesmans, Ledoux, Mernier e Fourgon. Isto sem jamais preterir os clássicos como Haydn, Mozart e Beethoven, que vem recebendo uma abordagem renovada desde o período em que esteve sob a direção de Louis Langrée.
A Orquestra possui uma abundante discografia, que reflete a reputação adquirida ao longo dos anos, interpretando, inclusive, raridades de Biarent, Jongen, Dupuis, Escaich, Tournemire, Boesmans e Lekeu, sem esquecer as obras-primas de Schumann, Liszt, Poulenc, Ravel, Franck e Chausson.
Ao lado da Opéra Royal de Wallonie (Liège), da Orchestre Royal de Chambre de Wallonie (Mons) e do Chœur symphonique de Namur, a OPL se insere no quadro das grandes instituições musicais da Bélgica, desempenhando seu papel de embaixadora cultural da comunidade nas grandes cidades européias, tarefa facilitada pelo apoio constante do Commissariat Général aux Relations Internationales (CGRI) da comunidade francesa Wallonie-Bruxelles.
Pascal Rophé, regente
Na temporada passada Pascal Rophé assumiu as funções de Diretor Musical da Orchestre Philharmonique de Liège. Natural de Paris, estudou no Conservatório Nacional Superior de Música e foi premiado no Concurso Internacional de Besançon para Jovens Maestros em 1988. A partir de 1992 começou a trabalhar com Pierre Boulez e David Robertson no Ensemble Intercontemporain, que dirigiu diversas vezes em temporadas sucessivas. Reconhecido como um dos especialistas do repertório do século XX, é constantemente solicitado para dirigir orquestras e conjuntos em importantes festivais europeus, sendo seu desempenho no repertório sinfônico tradicional largamente admirado.
Pascal Rophé dirige regularmente os principais conjuntos orquestrais franceses, aí incluídas a Orchestre National de Lyon, a Orchestre National de Montepellier, a Philharmonique de la Radio France e a Orchestre National de France. Fora do seu país trabalhou com a Philharmonique de Monte Carlo, a Filarmônica do Luxemburgo, a Filarmônica da Rádio Holandesa, as Orquestras Sinfônica e Filarmônica da BBC, a Sinfônica da Rádio de Frankfurt e a Orchestre de la Suisse Romande, bem como as orquestras da Ópera Cômica de Berlim, do Teatro La Fenice e da RAI de Turim. Na Temporada 2006-2007, estreou à frente da Filarmônica de Seul e da Sinfônica NHK de Tóquio.
No domínio lírico dirigiu O Navio Fantasma, com a Orchestre National de l’Île de France, Héloïse et Abélard, de Ahmed Essyad, no Théâtre du Châtelet, Le Dialogue des Carmélites, no Festival de Budapeste, e a estréia de Medée, de Michele Reverdy, na Ópera de Lyon. Em 2004 dirigiu uma nova produção de Le Fou, de Landowski, para o Châtelet. Estreou em Glyndebourne com Pélleas et Mélisande. Em junho de 2005 dirigiu pela primeira vez Thaïs, de Massenet, na Ópera de Roma. Em janeiro de 2006 dirigiu a estréia de Galilée, de Michael Jarrell, na Ópera de Genebra.
As gravações de Pascal Rophé receberam vários prêmios. Em 2002, um “Choc” da revista Le Monde de la Musique por Intrada, de Eric Tanguy, com a Orchestre National de France. No mesmo ano, o CD dedicado a obras de Thierry Escaich, com a Philharmonique de Liège, recebeu um 10 da Répertoire, um “Choc” de Le Monde de la Musique e um “Diapason d’Or” para música contemporânea. O disco dedicado a concertos de Pascal Dusapin recebeu iguais distinções. Gravações recentes incluem discos dedicados a Ivan Fedele e Dallapiccola, com a Orquestra da RAI de Turim, e obras de Michael Jarrell, com a Orchestre de la Suisse Romande. Durante muitos anos, Pascal Rophé orientou, paralelamente, cursos de aperfeiçoamento de direção de orquestra no Conservatório de Paris.
Sergei Nakariakov, trompete
Ainda muito jovem, o músico conseguiu romper uma série de fronteiras no mundo do trompete da música clássica. Ele não tinha mais do que 13 anos quando a imprensa finlandesa o cobriu de qualificativos como “o Paganini do trompete” e “Caruso do trompete”. Nakariakov conseguiu o prodígio de criar uma voz musical única, transformando-a em bem mais do que um veículo para o seu espantoso virtuosismo. Na busca constante de novos meios de expressão musical, seu repertório vai bem além da gama de literatura original para o instrumento, expandindo-se para territórios mais amplos, que incluem uma série de transcrições fascinantes. Paralelamente introduzia o “flügelhorn” na sala de concerto.
Natural de Gorki, Sergei foi introduzido ao mundo da música pelo piano. Mas um problema de coluna ocorrido quando tinha 9 anos forçou uma mudança de caminho. A opção foi então pelo trompete e o rapaz passou pelas mãos de vários professores, mas acabou por ficar sob a orientação de seu pai, o músico Mikhail Nakariakov, que, em intenção de seu filho, transcreveu uma série de concertos clássicos para o trompete. Ele é, desde 1995, o único orientador de Sergei.
Já a partir dos 10 anos o jovem começou a apresentar-se com orquestras nas principais salas de concerto da União Soviética. Em 1988, com apenas 11 anos, obteve um diploma em um concurso de metais para adultos. Em 1991 a família decidiu transferir-se para Israel. A partir de lá, Sergei Nakariakov começou a empreender uma série interminável de turnês que o levaram a apresentar-se em toda a Europa. Neste mesmo ano apresentou-se com grande sucesso no Festival Ivo Pogorelich em Bad Wörishofen e fez sua estréia com a Orquestra de Câmara da Lituânia no Festival de Salzburgo. 1992 o viu como convidado do Festival de Música de Schleswig-Holstein, onde conquistou o Prêmio Davidoff.
Desde então sua vida tem sido um constante entra-e-sai de aviões para concertos nos principais centros musicais do mundo, aí incluídos o Hollywood Bowl de Los Angeles, o Lincoln Center de Nova York, o Royal Festival Hall e o Royal Albert Hall de Londres, e assim por diante. Nakariakov participa também dos principais festivais de música europeus e empreende turnês anuais ao Japão. Em sua carregada agenda, um crescente número de compromissos nos Estados Unidos e no Canadá. Em 2002 recebeu o Prêmio ECHO Classic da Academia do Disco Alemã, como instrumentista do ano. Em 2006 foi membro do júri do concurso Jovens Músicos do Ano da BBC, realizado em Newcastle Gateshead, na Inglaterra.
Programa
César Franck
Le chasseur maudit
Johann Nepomuk Hummel
Concerto para trompete e orquestra em Mi bemol maior
Allegro con spirito
Andante
Rondo
Solista: Serguei Nakariakov, trompete
Intervalo
Claude Debussy
La mer – trois esquisses symphoniques
De l’aube à midi sur la mer
Jeux de vagues
Dialogue du vent et de la mer
Serviço
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Data: 20 de agosto de 2008
Horário: 20:30h
Preços:
Frisa e Camarote: R$ 1680
Balcão Nobre e Platéia: R$ 280
Balcão Simples: R$ 160
Galeria: R$ 60
Vendas: Theatro Municipal
Disque Dell`Arte: 3235-8545 / 2568-8742
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